Filho do governador de MT é dono de empresa que ganhou licitação de RS 45,7 mi

Política
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Um grupo empresarial que tem consórcios com uma empresa do filho do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), ganhou uma licitação de R$ 45,7 milhões do governo estadual neste ano. Em junho, a Zopone Engenharia e Construção foi contratada para a pavimentação de 44 quilômetros da rodovia MT-140, ao mesmo tempo em que mantém duas sociedades com o empresário Luis Antonio Taveira Mendes, segundo filho do governador.

Ex-presidente da Federação de Indústrias de Mato Grosso e prefeito de Cuiabá de 2013 a 2017, Mauro Mendes foi eleito para seu primeiro mandato como governador nas últimas eleições estaduais. A informação sobre os consórcios entre a empreiteira e seu filho foi noticiada pelo site Isso É Notícia, e confirmada pelo Estadão.

A Zopone Engenharia é sócia da Sollo Participações, da qual Luis Antonio é dono, em um consórcio de construção civil e uma distribuidora de energia. As duas sociedades foram firmadas em 2020, o segundo ano de mandato de Mauro Mendes no governo.

A empresa de engenharia concorreu em junho a cinco lotes da licitação para pavimentar a rodovia estadual, que liga os municípios de Planalto da Serra e Nova Ubiratã, na região central de Mato Grosso. A Zopone venceu o lote 2 e, nos outros quatro lotes em que concorreu, acabou perdendo as disputas.

Os donos da empreiteira, Cláudio Zopone e Claudenor Zopone Junior, têm sido contratados pelo governo estadual por meio de duas companhias desde 2019. Além da própria Zopone Engenharia, eles também são donos da empresa Rodovia Terraplanagem e Pavimentação. Desde a abertura do primeiro consórcio entre o grupo e o filho do governador, a Rodovia Terraplanagem teve ao menos R$ 3,3 milhões empenhados em contratos com o governo estadual para obras e serviços de engenharia, segundo o portal de transparência. Neste ano, essa empresa recebeu ao menos R$ 797,4 mil do governo de Mato Grosso.

A Rodovia Terraplanagem já mantinha contratos com o governo matogrossense em gestões anteriores. A empresa aparece como fornecedora em contratos públicos no sistema desde 2008.

A Zopone e a Sollo Participações, de Luis Antonio, são sócias desde janeiro do ano passado na Transmissora Acre SPE. O consórcio foi formado após a Zopone ganhar uma licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para construir e operar duas linhas de transmissão e uma subestação de energia, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Em maio, elas também formaram o Consórcio Zopone Sollo. O cadastro informa que esta firma atua no setor de construção.

COM A PALAVRA, O GOVERNO DE MATO GROSSO

O Governo de Mato Grosso esclarece que:

1. Os recebimentos dos recursos pela empresa Zopone Engenharia e Comércio refere-se a serviços realizados na MT-020, cuja licitação ocorreu no ano de 2016, sendo vencedora a empresa Rodovia. A Ordem de serviço foi dada no dia 26 de janeiro de 2017. A empresa Zopone adquiriu a empresa Rodovia e deu sequência ao contrato executando todos os serviços e recebendo por eles;

2. A Sinfra publicou em junho de 2021 processo licitatório para contratação de pavimentação da MT-140, cujos resultados estão em anexo. Portanto, a empresa Zopone Engenharia participou de 5 lotes, perdeu 4 e venceu apenas um, por menor preço. Ela concorreu com 14 empresas, com desconto de 14,93%, em relação ao preço de referência. Assim, NÃO EXISTE nenhuma irregularidade ou ilegalidade no referido processo;

3. Apesar de serem empresas privadas que não têm nenhuma relação com o Governo de Mato Grosso, esclarecemos que o consórcio entre Sollo e Zopone ocorreu após vencerem leilão público da Aneel 02/2019, Lote II, na Bovespa, com 52,9% de desconto, o que é de conhecimento público, para obra em outra unidade federativa;

4. Pelos fatos acima expostos, fica de forma clara e evidente que todos os atos da administração pública do Governo de Mato Grosso são praticados com respeito à legalidade e à transparência.

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Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, 1, que nomeará o secretário de Estado, Marco Rubio, como conselheiro interino de Segurança Nacional para substituir Mike Waltz, que foi indicado para ser embaixador dos EUA na ONU.

Trump anunciou as medidas logo após a divulgação da notícia de que Waltz e seu vice, Alex Wong, deixariam o governo.

"Tenho o prazer de anunciar que nomearei Mike Waltz como o próximo Embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas. Desde seu tempo de uniforme no campo de batalha, no Congresso e como meu Conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz tem se dedicado a colocar os interesses da nossa nação em primeiro lugar", escreveu Trump nas redes sociais.

"Enquanto isso, o Secretário de Estado Marco Rubio atuará como Conselheiro de Segurança Nacional, mantendo sua forte liderança no Departamento de Estado. Juntos, continuaremos a lutar incansavelmente para Tornar a América, e o mundo, seguros novamente."

Existe um precedente para o Secretário de Estado servir simultaneamente como Conselheiro de Segurança Nacional. Henry Kissinger ocupou ambos os cargos de 1973 a 1975.

Signalgate

Ex-deputado republicano da Flórida, Waltz ganhou atenção internacional em março após incluir por engano o editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, em um grupo na plataforma Signal que reunia várias autoridades do país e onde foram discutidos ataques militares de Washington contra os Houthis, no Iêmen.

Depois do papel no 'Signalgate', o conselheiro agora é acusado de deixar a conta no aplicativo Venmo aberta.

O aplicativo tem função de pagamento online, semelhante ao Paywall, mas com funções de redes sociais que permitem que os usuários curtam e compartilhem postagens. Ele está disponível somente nos Estados Unidos.

Decisão

Aliados do núcleo mais extremista de Trump, como Laura Loomer, já criticavam Waltz desde antes do Signalgate. Segundo Loomer, Waltz faz parte de uma ala do Partido Republicano que não está em sintonia com a agenda do presidente americano.

Trump tentou evitar a demissão de Waltz e apoiou o seu conselheiro depois do Signalgate, mas a pressão do núcleo duro do presidente fez a diferença.

Em seu primeiro mandato, Trump teve quatro conselheiros de Segurança Nacional, quatro chefes de gabinete da Casa Branca e dois secretários de Estado.

A mudança de Waltz de conselheiro de Segurança Nacional para indicado a embaixador na ONU significa que ele agora terá que enfrentar o processo de confirmação do Senado, que conseguiu evitar em janeiro.

O processo, que se mostrou difícil para várias das escolhas de Trump para o gabinete, dará aos congressistas, especialmente os democratas, a primeira chance de questionar Waltz sobre sua decisão de compartilhar informações sobre um iminente ataque aéreo americano no Signal./Com Associated Press

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ, na sigla em inglês) apresentou nesta quinta-feira uma ação com base na Lei de Falsas Alegações contra três das maiores seguradoras de saúde do país - Aetna Inc. e afiliadas, Elevance Health Inc. (anteriormente conhecida como Anthem) e Humana Inc. - e contra três corretoras de seguros - eHealth, Inc. e uma afiliada, GoHealth, Inc., e SelectQuote Inc. Em nota, o DoJ alega que as seguradoras pagaram milhões de dólares em propinas ilegais às corretoras em troca da inscrição de beneficiários em seus planos do Medicare Advantage, de 2016 até pelo menos 2021.

Após o anúncio, as ações das seguradoras de saúde mencionadas operavam em forte queda em Nova York.

No programa, os beneficiários do Medicare podem optar por se inscrever em planos de saúde oferecidos por seguradoras privadas, como Aetna, Anthem e Humana. "Em vez de atuarem como consultores imparciais, os corretores réus teriam direcionado os beneficiários para os planos das seguradoras que pagavam os maiores subornos, independentemente da adequação desses planos aos beneficiários", explicou o DoJ no comunicado.

Além disso, o Departamento alega que a Aetna e a Humana conspiraram com os corretores para discriminar beneficiários do Medicare com deficiência, vistos como menos lucrativos. "Supostamente, essas seguradoras ameaçaram reter pagamentos para pressionar os corretores a inscrever menos beneficiários com deficiência em seus planos", segundo o DoJ. Em resposta a esses incentivos financeiros, os corretores ou seus agentes teriam rejeitado encaminhamentos de pessoas com deficiência e as direcionado estrategicamente para fora dos planos da Aetna e da Humana, acrescentou.

"É, no mínimo, preocupante que beneficiários do Medicare tenham sido supostamente levados a escolher planos que não eram necessariamente os melhores para eles - mas sim para as seguradoras", disse no comunicado a procuradora federal Leah B. Foley, do Distrito de Massachusetts. "As alegações de que beneficiários foram afastados intencionalmente devido às suas deficiências, por serem considerados menos lucrativos, são ainda mais repulsivas", afirmou.