Haddad é um 'bajulador eterno' de Lula, diz Ciro

Política
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O ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência, usou o Twitter, na tarde desta terça-feira, 24, para rebater as críticas feitas pelo ex-prefeito Fernando Haddad, nome do PT para disputar a eleição ao governo de São Paulo, em 2022. Ciro afirmou que não deve nada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo livre para criticá-lo, ao contrário do ex-prefeito e ex-ministro da Educação que, na sua avaliação, "aceitou ser poste".

Para Ciro, Haddad é "bajulador eterno" de Lula, "sempre da turma do amém".

Em entrevista ao programa Encontro com Bial, da TV Globo, o petista afirmou que não responderia às críticas de Ciro para não se "rebaixar ao nível dele". Haddad também alegou que não respeitava políticos que "cospem no prato que comeram", em referência às críticas do pré-candidato do PDT a Lula.

"Tudo que Haddad tem na vida política deve a Lula", postou Ciro em suas redes sociais. "Já eu, a ele não devo nada. Por isso sou livre para criticá-lo (...). Haddad aceitou ser poste. Eu jamais aceitaria. Sua subserviência, incompetência e falta de amor ao país (sic), deu a presidência do Brasil ao Bolsonaro."

A crítica também foi estendida a Lula. O ex-presidente tem afirmado em entrevistas e discursos que não irá responder aos ataques de Ciro, o que tem deixado o pré-candidato insatisfeito. "Enquanto eu peço para debater os problemas do Brasil, eles seguem evitando. Não têm projeto, apenas paixão doentia pelo poder. Para obtê-lo pagam qualquer preço. São capazes de vender a própria honra e a honra do país", insistiu o pré-candidato do PDT.

Ciro disse, ainda, que seus adversários políticos "seguem abraçando bandidos" e "atacando quem os enfrenta de cabeça erguida". Afirmou que sua missão é livrar o País "de Bolsonaro e do lulopetismo corrompido".

A nova ofensiva do presidenciável do PDT ocorre um dia depois de Cid Gomes, irmão de Ciro, ter se reunido com Lula, em Fortaleza. No cardápio da conversa estava a criação de uma frente para enfrentar Bolsonaro e a montagem de palanques nos Estados com o PDT.

"Democracia no centro da discussão. Os democratas desse país têm a responsabilidade e o desafio de resgatar a civilidade na política brasileira pelo bem do Brasil", escreveu Lula após encontro, também em Fortaleza, com Tasso Jeireissati (PSDB-CE) no escritório político do senador.

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Nesta terça-feira, 25, a Casa Branca informou que Amy Gleason era a administradora interina do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês). Gleason é ex-funcionária do U.S. Digital Service, que Donald Trump rebatizou como Doge por meio de uma ordem executiva.

Todavia, o Congresso não criou o Doge e não confirmou alguém para dirigi-lo. Em vez disso, Trump disse na semana passada que assinou a ordem que o criou e colocou o bilionário Elon Musk no comando. A cláusula exige que os líderes dos órgãos federais sejam formalmente nomeados pelo presidente e confirmados pelo Senado.

Mais de 20 funcionários públicos se demitiram nesta terça-feira, 25, do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), do bilionário Elon Musk, dizendo que estavam se recusando a usar seus conhecimentos técnicos para "desmantelar serviços públicos essenciais".

"Juramos servir ao povo americano e defender nosso juramento à Constituição em todas as administrações presidenciais", escreveram os 21 funcionários em uma carta de demissão conjunta, cuja cópia foi obtida pela The Associated Press. "No entanto, ficou claro que não podemos mais honrar esses compromissos."

Os funcionários também alertaram que muitos dos que foram recrutados por Musk para ajudá-lo a reduzir o tamanho do governo federal sob a administração do presidente Donald Trump eram ideólogos políticos que não tinham as habilidades ou a experiência necessárias para a tarefa. Fonte: Associated Press

As autoridades de Israel estão cogitando buscar uma extensão da primeira fase do acordo de cessar-fogo conforme as negociações para a próxima etapa continuam estagnadas, segundo a imprensa israelense citada pelo jornal britânico The Guardian e pela Reuters. A primeira fase, que foi acordada em janeiro, termina no sábado, 1º de março, o que traria a retomada das hostilidades com o Hamas na Faixa de Gaza.

De acordo com as publicações, estariam ocorrendo conversas informais dentro do governo israelense para uma extensão de 42 dias na fase atual do acordo. O objetivo seria garantir o retorno dos mais de 60 reféns israelenses restantes em Gaza enquanto os diálogos sobre um cessar-fogo prolongado e a completa retirada de Israel do enclave não avançam.

A primeira fase tratava da devolução de 33 reféns israelenses pelo Hamas em troca de mil presos palestinos, além de uma retirada parcial das forças israelenses do enclave.

Na fase seguinte, em tese, haveria a libertação dos reféns restantes - acredita-se que ainda restam 62 reféns do ataque de 7 de outubro de 2023, sendo metade deles vivos -, a retirada completa de Israel e os termos de um cessar-fogo prolongado.

As duas partes, porém, falharam em avançar nas conversas destes termos.

As tensões aumentaram depois que Israel adiou a libertação de 600 palestinos que deveriam ocorrer no sábado, a maior libertação de palestinos em um único dia. O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu exigiu garantias de que os reféns restantes serão libertados e sem uma cerimônia de exposição como ocorreu nas últimas entregas.

Nas últimas três trocas, os reféns foram colocados em cima de um palco onde exibiram "certificados de libertação" enquanto eram rodeados por terroristas do Hamas portando armas. No último sábado, quando ocorreu a última libertação de israelenses, um dos reféns beijou a cabeça de um terrorista antes de ser entregue à Cruz Vermelha.

Netanyahu exigiu o fim dessas cenas, que foram também foram condenadas pela ONU e pela Cruz Vermelha.

O atraso na libertação dos 600 palestinos lança dúvidas sobre a entrega dos últimos quatro corpos de reféns previstos nesta primeira fase que deveriam ser entregues a Israel na quinta-feira, 27.

Israel prometeu libertar os prisioneiros se o Hamas entregar os corpos sem fazer uma cerimônia com os caixões, como ocorreu a entrega dos restos mortais da família Bibas na semana passada.

O Hamas afirmou que não avançaria com as negociações para a próxima fase sem a entrega dos 600 palestinos. Mas disse estar disposto a uma extensão da fase atual em nome das trocas.

Em um comunicado nesta terça-feira, 25, Bassem Naim, um alto oficial do Hamas, disse que o grupo havia "cumprido integralmente todas as disposições dos acordos" e que a demora de Israel "coloca o acordo em risco de colapso, podendo levar à retomada da guerra".

O Egito, um dos mediadores das conversas de cessar-fogo, também se recusou a discutir uma extensão da primeira fase sem antes avançar nos termos da segunda etapa.

O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, deveria visitar Israel esta semana, mas a viagem foi adiada devido às conversas sobre uma negociação de paz para a guerra na Ucrânia. Uma nova data ainda não foi definida, segundo os jornais israelenses./Com AP