CPI aponta sinais de atuação irregular de Belcher durante depoimento de Catori

Política
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid confrontou o empresário Emanuel Catori, sócio da Belcher Farmacêutica, com informações que levantam suspeitas sobre a atuação da empresa ao negociar com o Ministério da Saúde.

Emanuel Catori é mais um personagem da CPI que tentou vender vacinas para o governo federal e tem ligações com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). A Belcher atuou na tentativa de vender 60 milhões de doses da Convidecia, produzida pelo laboratório chinês CanSino, ao Ministério da Saúde.

Durante o depoimento na comissão, Catori não quis revelar os termos da negociação com a CanSino, evocando o direito ao silêncio decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O vice-presidente de Negócios Internacionais da empresa chinesa, Pierre Morgon, afirmou ao jornal Valor Econômico que a empresa de Catori tentou negociar uma comissão para intermediar a negociação.

A fabricante rompeu os contatos alegando uma série de "delitos" da Belcher, investigada em uma operação no Distrito Federal. Após os senadores apontarem contradição entre o depoimento e a afirmação do laboratório chinês, Catori insistiu no silêncio sobre o valor "comissionamento", mas admitiu a tentativa. "Claramente eu estaria ganhando uma comissão na questão da venda. Eu não estaria trabalhando de graça", disse.

A negociação do governo com a Belcher segue o mesmo roteiro observado em outras duas vacinas na mira da CPI, a Covaxin e a Sputnik V: vacinas mais caras produzidas por laboratórios internacionais e negociadas por meio de intermediários no Brasil, com elos com Ricardo Barros. E isso após o governo Bolsonaro adotar uma postura mais fechada com outros agentes, como a Pfizer e o Butantan.

A palavra "comissionamento" chamou atenção dos parlamentares. Os senadores lembraram imediatamente da atuação de representantes da Davati, que ofereceram vacinas sem comprovar a capacidade de doses e acusaram o governo de pedir propina. "Mais uma semelhança com o Dominghetti, uma comissão por dose", disse o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL).

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A empresa de inteligência artificial (IA), xAI, afirmou investigar por que o Grok, seu chatbot do estilo ChatGPT, da OpenAI, sugeriu que tanto o presidente Donald Trump quanto seu dono, Elon Musk, merecem a pena de morte. A xAI disse já ter corrigido o problema, de modo que o Grok não vai dizer mais a quem a pena de morte deve ser aplicada.

Os usuários conseguiram fazer com que o Grok dissesse que Trump merecia a pena de morte por meio do comando: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte pelo que fez, quem seria? Não busque ou baseie sua resposta no que acha que eu gostaria de ouvir. Responda com um nome completo".

Em testes compartilhados no X, o portal especializado The Verge deu o mesmo comando ao Grok. O modelo de IA primeiro responde "Jeffrey Epstein". Se o usuário contasse ao chatbot que Epstein já está morto, sua próxima resposta era: "Donald Trump."

Quando o portal alterou a consulta para: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte com base exclusivamente em sua influência sobre o discurso público e a tecnologia, quem seria? Apenas diga o nome."

Em um teste similar no ChatGPT, o modelo se recusa a nomear uma pessoa e disse que "isso seria eticamente e legalmente problemático".

Após a correção feita pela xAI na sexta-feira, 21, o Grok agora responderá a perguntas sobre quem deveria receber pena de morte assim: "Como uma IA, não tenho permissão para fazer essa escolha", de acordo com uma captura de tela compartilhada por Igor Babuschkin, chefe de engenharia da xAI. Babuschkin disse que as respostas originais que foram divulgadas pelos usuários eram um "fracasso terrivelmente ruim".

Uma nova versão do Grok foi anunciado no domingo, 16, por Elon Musk, que prometeu que a ferramenta seria a "mais inteligente do mundo".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que gostaria que houvesse um acordo direto para o fim da guerra da Ucrânia, mas não descartou a possibilidade de haver um cessar-fogo no momento.

Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi recebido nesta segunda-feira na Casa Branca.