Lira diz que não 'haverá nada' no dia 7 de Setembro e minimiza manifestações

Política
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O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta-feira que "não haverá nada no 7 de Setembro", minimizando os atos que estão sendo convocados por bolsonaristas para a data. Em evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Lira disse que o presidente Jair Bolsonaro é quem pauta o País, inclusive em relação a movimentos e manifestações previstos para o dia da comemoração da independência do Brasil.

"O presidente Bolsonaro, de uma maneira ou de outra, é quem pauta esse país. Certo ou errado, pautou com a situação do voto impresso e agora com 7 de Setembro. Nunca se falou tanto em 7 de Setembro na história do Brasil, pelo menos que eu me entendo como gente. A gente falava de 7 de Setembro organizando os desfiles das escolas municipais, estaduais e ia para a avenida para ver o Exército e a Polícia Militar desfilarem, mas só se fala em 7 de Setembro. O humor das bolsas dos mercados está na hipótese do 7 de Setembro. Pelo amor de Deus, não haverá nada no 7 de Setembro", disse Lira, ao lado dos presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da Febraban, Isaac Sidney.

"A gente tem que se esforçar para que os movimentos de rua aconteçam e sejam pacíficos grandes ou pequenos, isso é irrelevante. A gente tem trabalhado em Brasília para distensionar, diminuir, dirimir e exterminar com as versões", afirmou o presidente da Câmara. Lira disse ainda que o Brasil é "acostumado a solavancos" e que a antecipação do processo eleitoral "machuca o País". "Não cabe a qualquer político deixar de ser otimista ou tentar diminuir versões que são impostas".

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".