CPI: Associação de lobistas diz que atividade não pode ser equiparada a crime

Política
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A polêmica na CPI da Covid em torno da atuação do empresário Marconny Albernaz de Faria junto ao Ministério da Saúde gerou uma reação da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), que em nota disse condenar "qualquer desinformação" que equipare a atividade de lobby à práticas criminosas, sem citar diretamente o episódio na comissão.

De acordo com a CPI, Marconny teria atuado em nome da Precisa Medicamentos para destravar a compra de milhares de kits de reagentes para teste de covid-19 pelo Ministério da Saúde. A cúpula da comissão exibiu durante o depoimento de Marconny nesta quarta-feira, 15, um passo a passo que teria como objetivo, na visão dos senadores, a burla ao processo licitatório de venda de testes.

Integrantes da comissão resgataram mensagens trocadas entre o empresário e o ex-funcionário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ricardo Santana, em que eles conversam sobre uma "arquitetura ideal" para o negócio no ministério prosseguir.

Na nota, a Abrig afirmou que "eventuais tentativas de corromper o processo de tomada de decisão política para ganhar benefícios escusos é crime, é corrupção". "Mais uma vez: isso não é lobby", disse a entidade.

"Considera inaceitável a confusão entre o trabalho transparente do profissional de RIG com a tentativa de pessoas sem qualificação influenciarem, de forma escusa, processos dentro do governo.Tratar ambas as situações como lobby é um erro grosseiro que desmerece o trabalho de profissionais sérios e dedicados, que lutam pela regulamentação da atividade. A Associação busca blindar a profissão de aproveitadores e dar transparência ao processo legítimo de auxiliar tomadas de decisão dos setores governamental e privado", afirmou.

A Abrig afirmou também que a entidade para regulamentar a profissão e "acabar com a incompreensão que existe sobre o lobby". "Entendemos que essa é a única maneira de evitar que pessoas se aproveitem da falta de regras claras para corromper e cometer crimes", disse.

A associação da atuação de Marconny a um trabalho de lobista foi feita pelo próprio relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). "Esse senhor que está diante desta Comissão Parlamentar de Inquérito, com todo o respeito, era um militante, uma liderança contra corrupção e, depois, se destacou no trabalho de bastidor, de lobby, de defesa de interesses escusos para várias empresas", afirmou Renan.

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As Forças de Defesa de Israel (IDF) e a Agência de Segurança Israelense (ISA) atingiram "dezenas de alvos terroristas" em toda a Faixa de Gaza, incluindo comandantes do Hamas, segundo informações divulgadas por Israel nesta quarta-feira, 19, via Telegram.

"Os ataques foram conduzidos para danificar as capacidades militares e governamentais das organizações terroristas e para remover ameaças ao Estado de Israel e seus cidadãos", menciona o comunicado.

De acordo com a mensagem, foram mortos o chefe do governo do Hamas, Essam Al-Da'alis, o chefe de segurança interna do grupo, Muhammad Al-Jamasi, o responsável por assuntos de interiores, Mahmoud Abu-Wutfa, o ministro da Justiça, Ahmed Alhata, o chefe das Forças de Segurança, Bahajat Abu-Sultan, e o responsável por assuntos de segurança, Yasser Mousa.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a ligação telefônica realizada na manhã desta quarta-feira, 19, com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky. "Concluí uma excelente ligação com Zelensky. A conversa durou cerca de uma hora", afirmou o republicano em seu perfil no Truth Social.

E destacou: "Grande parte da discussão foi baseada na ligação de ontem com o presidente Vladimir Putin, para alinhar as demandas e necessidades tanto da Rússia quanto da Ucrânia."

Trump acrescentou que está tudo "muito bem encaminhado" após a conversa com Zelensky.

O presidente norte-americano informou que "uma descrição precisa dos pontos discutidos" será compartilhada em breve pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e pelo conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) negaram nesta quarta-feira, 19, que Tel-Aviv tenha bombardeado um armazém da Organização das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza. O ministério da Saúde do enclave palestino, que é controlado pelo Hamas, acusou Israel de bombardear o local e alegou que um funcionário da ONU morreu em decorrência do bombardeio, que também teria deixado quatro feridos.

"Ao contrário dos relatos, as FDI não atacaram um complexo da ONU em Deir el Balah. O Exército pede que os meios de comunicação tenham cautela em relação a relatos não verificados", disse a Unidade de Porta-vozes das FDI em uma declaração. A ONU ainda não comentou o episódio.

Na noite de segunda-feira, 17, Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza após afirmar que o grupo terrorista Hamas não está disposto a seguir negociando a continuidade do cessar-fogo e a libertação de reféns. De acordo com o ministério da Saúde de Gaza, que não diferencia civis de terroristas, mais de 400 pessoas morreram por conta dos bombardeios.

'Apenas o começo'

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que o ataque foi "apenas o começo" e que Israel seguirá com a campanha militar.

O Hamas disse que pelo menos seis oficiais foram mortos nos ataques ao longo da terça-feira, 18. Entre os mortos estão o chefe do governo civil do Hamas, um funcionário do Ministério da Justiça e dois chefes de agências de segurança.

O Exército de Israel também ordenou o deslocamento da população que mora no leste de Gaza, indicando que Israel poderia iniciar novas incursões terrestres no território. O retorno aos bombardeios impulsionou Netanyahu politicamente, já que o partido de extrema direita liderado por Itamar Ben-Gvir retornou ao governo com a quebra da trégua.

Um alto funcionário do Hamas afirmou a Associated Press (AP) que o retorno de Israel a guerra equivale a uma "sentença de morte" para os reféns israelenses. 59 sequestrados permanecem no enclave palestino, sendo que o governo israelense acredita que apenas 24 estão vivos.

Por meio de relatos de reféns libertados, famílias de pelo menos 13 sequestrados receberam informações de que seus entes queridos estão vivos desde o inicio do cessar-fogo em janeiro. Alguns reféns apareceram em vídeos publicados pelo Hamas, como Evyatar David e Guy Gilboa-Dalal, que foram levados a "cerimônia" de libertação de outros sequestrados durante a primeira fase da trégua, em um sinal claro de tortura psicológica.

O grupo terrorista também publicou um vídeo de despedida dos irmãos argentinos Eitan e Yair Horn antes da libertação de Yair no dia 15 de fevereiro. O Estadão entrevistou o pai dos argentinos, Itzik Horn, para uma reportagem especial de um ano da guerra entre Israel e Hamas. (Com informações da Associated Press).