Governo anuncia associação a acordos de direitos e igualdade para as mulheres

Política
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O governo federal anunciou a associação ao Compromisso de Santiago e à Declaração do Panamá para fortalecer os direitos das mulheres e promover a igualdade de respostas sociais e econômicas. Em contrapartida ao anúncio, foi destacado o desligamento do País da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família com o objetivo de melhor promover e defender os mais altos padrões dos direitos humanos e liberdades fundamentais.

Em nota divulgada nesta terça-feira (17), o governo informa que o Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família contém "entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família e pode comprometer a plena implementação da legislação nacional sobre a matéria, incluídos os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)".

"O Governo reitera o firme compromisso de promover a garantia efetiva e abrangente da saúde da mulher, em linha com o que dispõem a legislação nacional e as políticas sanitárias em vigor sobre essa temática, bem como o pleno respeito às diferentes configurações familiares", diz a nota divulgada pelo governo federal.

A declaração foi assinada em outubro de 2020, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma iniciativa liderada pelo Brasil, Estados Unidos, Egito, Hungria, Indonésia e Uganda. Na época, 31 países, incluindo o Brasil, assinaram o documento no qual as nações defenderam a importância de garantir o acesso das mulheres aos avanços em termos de promoção da saúde e reforçar o papel da família como unidade fundamental da sociedade. Na carta, assinada, os países também se comprometem a proteger o direito à vida.

Santiago e Panamá

Paralelamente ao pedido de desligamento, o governo anunciou a associação ao Compromisso de Santiago e Declaração do Panamá. Ambos têm como objetivo fortalecer os direitos das mulheres e promover a igualdade de respostas sociais e econômicas.

Na nota, o governo relata entender que tais associações estão "plenamente alinhados com a legislação brasileira pertinente, em particular no que respeita à promoção da igualdade e da equidade de gênero em diferentes esferas, à participação política das mulheres, ao combate a todas as formas de violência e discriminação, bem como aos direitos sexuais e reprodutivos".

Segundo o governo, ao associar-se aos instrumentos, o Brasil passará a dispor de ferramentas valiosas para coordenação e promoção de políticas a fim de garantir os direitos das mulheres no âmbito regional e hemisférico. "Fortalecendo, desse modo, a interlocução técnica e o potencial para cooperação multilateral sobre os temas", concluiu.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".