Jorginho Mello veta projeto que daria porte de arma a vigilantes fora do expediente

Política
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O governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL) vetou um projeto de lei que concede porte de arma a vigilantes da iniciativa privada. A proposta, aprovada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) no dia 3 de outubro, reconhecia a atividade como "de risco", o que justificaria a autorização para porte de arma de fogo dentro e fora do horário de trabalho.

O veto, que foi publicado em uma versão extra do Diário Oficial de Santa Catarina na última quinta-feira, 9, acolheu os pareceres da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e das Polícias Civil e Militar de Santa Catarina. Mello fundamentou o veto dizendo que a proposta é "inconstitucional e contrária ao interesse público".

O projeto de lei n. 129/2022 foi proposto por um correligionário de Mello, o deputado estadual Jessé Lopes (PL), e permitiria a posse de armamentos por vigilantes e seguranças privados inclusive em "folgas e períodos entre turnos". Na justificativa, o parlamentar afirma que "o porte de arma conferido aos profissionais de empresas privadas de segurança tem sido vilipendiado, de forma que esses agentes só têm gozado dessa prerrogativa quando em efetivo serviço".

Para o deputado que apresentou a proposta, o direito desses trabalhadores de portarem armas de fogo fora do horário de serviço é uma questão de "segurança jurídica". A reportagem procurou o deputado Jessé Lopes, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

Os pareceres que o governador acolheu para justificar o veto total à proposta dizem que ela viola a prerrogativa da União de legislar sobre o tema e mencionam precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF): em Tocantins, a mesma iniciativa foi alvo de uma ação direta de inconstitucionalidade. A Assembleia Legislativa do Tocantins aprovou uma legislação que também concedia porte de arma de fogo a seguranças por meio do reconhecimento do risco da atividade. O STF derrubou-a em março.

A iniciativa vai na contramão de outras medidas adotadas pelo governo de Mello, que é um aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Recentemente, a sua gestão encampou uma lista de livros que deveriam ser retirados de escolas públicas do Estado. A ordem para que os livros sejam "armazenados em local não acessível à comunidade escolar" inclui best-sellers, obras futuristas e que tratam de amor e sexo.

O governo de Santa Catarina negou que estivesse praticando censura e afirmou que as obras foram apenas removidas dos anos iniciais para serem redirecionadas a turmas de ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental.

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O plano proposto pelo Egito como alternativa à solução desejada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza visa reconstruir a região até 2030 mantendo a população local e a um custo de US$ 53 bilhões.

O documento de 112 páginas descreve um plano faseado, sendo a primeira etapa o início da remoção de munições não detonadas e a limpeza de mais de 50 milhões de toneladas de escombros deixados pelos bombardeios e ofensivas militares de Israel. Líderes do Oriente Médio estão reunidos no Cairo (Egito) para estabelecer o contraponto a Trump, que planeja a despovoação de Gaza para transformá-la em destino de praia.

Segundo o plano egípcio, centenas de milhares de unidades habitacionais temporárias seriam instaladas em Gaza e a população poderia viver enquanto a reconstrução acontece. Os escombros seriam reciclados e parte deles seria usada como preenchimento para criar terras expandidas na costa mediterrânea de Gaza.

Nos anos seguintes, o plano prevê a remodelação completa da faixa, construindo moradias e áreas urbanas "sustentáveis, verdes e caminháveis", com energia renovável. A ideia é renovar terras agrícolas, criar zonas industriais e, também, áreas amplas de parques.

Infraestrutura

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De fato, o acordo de paz de Oslo, da década de 1990, já exigia a abertura de um aeroporto e um porto comercial em Gaza. Esses projetos murcharam quando o processo de paz entrou em colapso.

A cúpula organizada pelo presidente egípcio, Abdel-Fattah El-Sissi, teria incluído líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, cujo apoio é essencial para qualquer plano pós-guerra. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, chefe da autoridade apoiada pelo Ocidente e oponente do Hamas, participou.

Comando

O Hamas cederia o poder a uma administração interina de políticos independentes até que uma Autoridade Palestina reformada pudesse assumir o controle.

De sua parte, Israel descartou qualquer atuação da Autoridade Palestina em Gaza e, junto com os Estados Unidos, exigiu o desarmamento do Hamas. O Hamas, que não aceita a existência de Israel, disse que está disposto a ceder o poder em Gaza a outros palestinos, mas não desistirá de suas armas até que haja um Estado Palestino. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.