Dino liga para Tarcísio e pede ajuda para monitorar atos bolsonaristas em SP

Política
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Depois de bolsonaristas bloquearem um trecho da Avenida 23 de Maio, nas imediações do Aeroporto de Congonhas, e realizarem atos nas regiões das Avenidas Paulista e Angélica na sexta-feira, 6, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, buscou contato com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro, para monitorar eventual escalada dos protestos na capital.

O ministro pediu ao governador uma atenção especial aos atos, que vêm sendo monitorados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Segundo apuração do Estadão, o diálogo foi "muito tranquilo" e Dino agradeceu Tarcísio pela cooperação. O governador informou que, por enquanto, a SSP não identificou qualquer tipo de bloqueio nas vias públicas.

Na sexta, aproximadamente 150 automóveis e 15 motocicletas reuniram-se durante ato em frente ao Comando Militar do Sudeste, segundo a pasta. "Os veículos realizaram uma carreata pelas ruas de São Paulo, passando pela Praça Charles Miller, Avenida Paulista, Avenida 23 de Maio e por fim, Avenida Washington Luís. O ato se encerrou, por volta das 22h", informou a secretaria.

No sábado, 7, o ministro postou em suas redes sociais que houve "absurdas agressões" em atos políticos em São Paulo e em outras cidades, e declarou que "liberdade de expressão não abrange agressões físicas, sabotagens violentas, golpismo político etc". O ministro se referiu a agressões registradas em São Paulo e Belo Horizonte.

Na capital paulista, por exemplo, uma mulher foi agredida por participantes da carreata bolsonarista perto da Avenida Angélica, área central da cidade. Moradora da região, ela tentava defender uma senhora que andava pelas ruas carregando uma bandeira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e estava sendo hostilizada.

Já na capital mineira, acampados em frente ao QG do Exército agrediram e roubaram equipes de imprensa que acompanhavam o ato de desmonte do local.

Brasília

Com a retomada de protestos contra o governo Lula programados para este domingo em Brasília, Dino afirmou que espera que a polícia não precise atuar e destacou que a "tomada de poder" só poderá ocorrer em 2026, com uma nova eleição presidencial. Manifestantes que vieram a capital federal neste fim de semana pregam intervenção militar, medida que viola a Constituição.

"Queremos que a lei prevaleça e não haja crimes. Estou em Brasília, espero que não ocorram atos violentos e que a polícia não precise atuar. 'Tomada do Poder' pode ocorrer só em 2026, em nova eleição", disse o ministro, em sua página oficial no Twitter. O ministro da Justiça afirmou que as ações de repressão contra abusos serão direcionadas não só a quem cometer atos de vandalismo, mas também contra quem está financiando as ações.

Neste sábado, 7, o ministro informou que além de todas as forças federais disponíveis em Brasilia, e da atuação constitucional do governo do Distrito Federal, o combate aos atos bolsonaristas contará também com o auxílio da Força Nacional. Dino chegou a dizer que há em ação uma suposta "guerra" planejada impatriotas na capital federal.

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.