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Eduardo Bolsonaro fala em convocar ministra por ligação com milícia

Política
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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai protocolar um requerimento pedindo a convocação da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, na Câmara. Ele usou uma informação falsa para defender que o ministro da Justiça, Flávio Dino, também preste esclarecimento ao Congresso.

A ministra do Turismo, conhecida como Daniela do Waguinho, é alvo de desgaste após informações apontando ligações dela com milicianos no Rio. Durante as eleições, Daniela recebeu o apoio da a ex-vereadora Giane Prudêncio, mulher de Juracy Alves Prudêncio, o Jura - condenado e preso por chefiar uma milícia na Baixada Fluminense há pelo menos quatro anos.

O filho de Bolsonaro afirmou no Twitter que vai protocolar na Comissão de Segurança Pública da Câmara pedido de convocação da ministra do Turismo "devido ao que circula sobre seu envolvimento com milícias". O deputado é membro da comissão, mas o Congresso está em recesso legislativo até o dia 1º de fevereiro. Após esse período, as comissões terão que ser instaladas novamente para avaliar qualquer pedido de convocação.

No Twitter, Eduardo Bolsonaro publicou uma foto da ministra com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, órgão ligado à pasta do Turismo. Freixo ganhou notoriedade ao comandar uma investigação de milícias no Rio de Janeiro na Assembleia Legislativa do Estado quando era deputado estadual e por isso é criticado por ter aceitado o cargo subordinado à ministra.

A família Bolsonaro também já foi investigada por supostas ligações com milicianos do Rio. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Eduardo, empregou a mãe e a mulher do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega em seu gabinete na Assembleia do Rio. O ex-policial foi morto em fevereiro de 2020 e foi acusado de comandar uma das principais milícias do Estado, em Rio das Pedras, comunidade pobre na zona oeste.

Flávio Dino

Além de Daniela, Eduardo Bolsonaro afirmou que vai protocolar um pedido na Câmara para convocar o ministro da Justiça, Flávio Dino. A justificativa usada pelo deputado, no entanto, é falsa. "Também entrarei com requerimento para convocar o MJ devido à grave fala de acionar forças estrangeiras contra as policiais brasileiros", disse Eduardo.

O ministro, no entanto, fez outra afirmação. Em resposta a uma pergunta sobre o mandado de prisão do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que saiu do Brasil e está foragido, Flávio Dino afirmou que os mecanismos de cooperação internacional serão acionados para cumprir a ordem de prisão, determinada pelo Supremo Tribunal Federal, independente da "contaminação" do bolsonarismo na Polícia Federal. O governo quer acelerar o processo de extradição de Allan dos Santos e procurou a Interpol e os Estados Unidos para cumprir o mandado de prisão, expedido em 2021.

Em outra categoria

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, alertou nesta segunda-feira (31) que responderá a qualquer ataque dos Estados Unidos de maneira firme, após o presidente americano, Donald Trump, ameaçar novas sanções como parte da campanha de "pressão máxima" que impôs contra o país e sugerir ação militar.

"Eles ameaçam cometer atos de maldade, mas não temos certeza de que tais ações ocorrerão", disse o líder supremo. "Não consideramos muito provável que problemas venham de fora. No entanto, se vierem, eles sem dúvida enfrentarão um forte ataque retaliatório", ressaltou.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã convocou o encarregado de negócios suíço no Irã na segunda-feira para reclamar sobre os "males contínuos" de Israel e a ameaça de ação militar de Trump. O porta-voz ministerial, Esmail Baghaei, disse que as falas do presidente republicano são uma "afronta chocante à própria essência da paz e segurança". "A violência gera violência, a paz gera paz. Os EUA podem escolher o curso", escreveu em publicação no X. Fonte: Associated Press.

O advogado de Marine Le Pen, Rodolphe Bosselut, afirmou que vai recorrer da condenação e da inelegibilidade da líder da extrema-direita da França. "Nós vamos recorrer, esse é o primeiro ponto. A situação é totalmente inacreditável. Há um princípio de crise", ressaltou Bosselut.

O advogado de Le Pen acrescentou que "porém, não há recurso contra a execução provisória" da condenação.

Le Pen foi considerada culpada por desvios de recursos por um tribunal francês, deixando-a inelegível por cinco anos, com efeito imediato. Ela é considerada uma das principais rivais do atual presidente do país, Emmanuel Macron, que está em seu segundo e último mandato.

Os serviços de emergência e milhares de voluntários corriam contra o tempo neste domingo, 30, em busca de sobreviventes do terremoto de sexta-feira, 28, que deixou quase 1,7 mil mortos em Mianmar e 18 na vizinha Tailândia.

Na região de Mandalay, próxima do epicentro, uma réplica de magnitude 5,1 ocorreu no domingo de manhã, fazendo com que as pessoas saíssem correndo de hotéis e abrigos aos gritos em busca de segurança. Um tremor semelhante foi sentido na noite de sábado. Muitos dos 1,5 milhão de habitantes da cidade passaram a noite ao ar livre, sem abrigo ou com medo de que novos tremores derrubassem edifícios já fragilizados.

O cheiro de corpos em decomposição tomou as ruas dessa que é a segunda maior cidade de Mianmar, enquanto pessoas trabalhavam com as próprias mãos para remover escombros na esperança de encontrar alguém ainda vivo.

O tremor derrubou dezenas de prédios e danificou outras infraestruturas, incluindo o aeroporto da cidade. Os esforços de resgate foram dificultados por estradas rachadas, pontes destruídas e falhas nas comunicações.

Ao mesmo tempo, a janela de oportunidade para encontrar sobreviventes está se fechando rapidamente. A maioria dos resgates ocorre nas primeiras 24 horas após um desastre, e as chances de sobrevivência diminuem drasticamente a cada dia que passa.

SEM RECURSOS

Essa busca, porém, tem sido conduzida principalmente por moradores locais, sem a ajuda de equipamentos pesados, usando as mãos e pás para remover os escombros sob um calor de 41°C, com poucas escavadeiras disponíveis.

As equipes de resgate trabalham sob ordens de uma repressiva junta militar. Os esforços oficiais de socorro na capital, Naypyitaw, priorizaram prédios governamentais e moradias de funcionários, deixando moradores e grupos de ajuda humanitária para escavar os escombros sob o forte odor da morte no ar.

Os trabalhos estão concentrados principalmente em Mandalay e Naypyitaw, consideradas as áreas mais atingidas, mas muitas outras regiões foram afetadas e ainda havia poucas informações sobre os danos. "Recebemos relatos de centenas de pessoas presas em diferentes áreas", disse Cara Bragg, gerente da organização Catholic Relief Services em Mianmar.

GUERRA CIVIL

Além dos danos causados pelo terremoto, os resgates são dificultados pela violenta guerra civil que assola o país. Em 2021, os militares tomaram o poder do governo eleito de Aung San Suu Kyi, líder política e ganhadora do Nobel da Paz, desencadeando uma forte resistência armada.

As forças militares perderam o controle de grandes áreas do país, tornando muitas regiões perigosas ou inacessíveis para as equipes de resgate. De acordo com as Nações Unidas, mais de 3 milhões de pessoas já estavam deslocadas devido à guerra e quase 20 milhões necessitam de ajuda humanitária. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.