Zema abre licitação de R$ 147 mi para contratar agências de publicidade em MG

Política
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O governo de Minas Gerais, comandado pelo governador Romeu Zema (Novo), abriu um processo de licitação para contratar cinco agências de publicidade por um ano pelo valor de R$ 147 milhões.

O edital foi publicado nesta sexta-feira, 22, e prevê a criação de peças publicitárias para o gabinete do governador e para secretarias estaduais. Entre outros objetivos, está previsto o de "fortalecer a imagem institucional do Governo".

Segundo o edital, as empresas concorrentes devem enviar um plano de comunicação publicitária elaborada a partir de briefing proposto pelo governo, com o tema focado na redução da pobreza e da extrema pobreza. Foram apresentados exemplos e citados mais de 120 programas do governo para mitigar o problema social.

O governo foi procurado pelo Estadão para comentar a licitação, mas não se pronunciou até a publicação deste texto.

No início do mês, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo federal pedirá uma extensão do prazo para pagamento da dívida do Estado de Minas Gerais até 31 de março de 2024. A dívida é de R$ 165 bilhões e tem causado trocas de farpas entre o governador mineiro e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem encabeçado discussões sobre o assunto junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O chefe do governo de Minas Gerais também esteve recentemente no noticiário nacional por conta do seu próprio salário. Ele sancionou aumento de quase 300% na própria remuneração, de forma escalonada, até 2025.

A Advocacia-Geral da União (AGU) considerou o aumento inconstitucional em manifestação em ação impetrada pela Confederação das Carreiras Típicas de Estado. No último dia 18, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e rejeitou a ação que questionava o aumento.

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Elon Musk chamou a agência de notícias Reuters de mentirosa por conta de uma informação de que os Estados Unidos estariam ameaçando cortar o acesso da Ucrânia à rede da Starlink, empresa de Musk, caso o país não aceitasse o acordo dos minerais.

A notícia foi publicada no X pelo portal The Kyiv Independent. O empresário e agora também chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, respondeu à postagem dizendo "isso é falso, a Reuters está mentindo, ela só fica atrás da AP (Associated Propaganda) (SIC) como jornalismo mentiroso", fazendo referência também à agência Associated Press (AP).

A família de Shiri Bibas confirmou neste sábado, 22, que o corpo da refém foi devolvido a Israel após um erro do grupo terrorista Hamas, que havia entregue restos mortais de outra pessoa como sendo da mulher.

A transferência de novos restos mortais humanos de Gaza para Israel foi anunciada pela Cruz Vermelha na noite de sexta-feira, 21, embora sem especificar a quem pertenciam. Horas depois, a família Bibas confirmou em comunicado que o corpo entregue desta vez era de Shiri.

"Após o processo de identificação no Instituto Médico Legal, recebemos esta manhã a notícia que mais temíamos. Nossa Shiri foi morta em cativeiro e agora voltou para casa para seus filhos, marido, irmã e toda a sua família para descansar", disse o comunicado da família.

Inicialmente, autoridades israelenses alegaram que nenhum dos quatro corpos entregues pelo grupo terrorista na semana passada correspondia ao da refém. O Hamas admitiu o erro mais tarde.

Shiri Bibas e seus filhos Ariel e Kfir, de 4 anos e de 9 meses, respectivamente, tornaram-se símbolos da causa dos reféns levados pelo Hamas durante seu ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra.

O marido de Shiri, Yarden, também foi sequestrado, mas libertado este mês, e seus pais, o argentino Yossi Silberman e sua mulher Margit, foram mortos no kibbutz de Nir Oz, onde todos moravam.

Chen Kugel, chefe do Instituto Nacional de Medicina Forense, disse que não encontrou evidências de que Bibas e seus filhos foram mortos em um bombardeio como sugeriu o Hamas, mas não deu uma causa. O grupo terrorista chegou a comunicar que a mãe e os filhos Bibas tinham morrido em um bombardeio israelense e seus restos mortais foram confundidos por estarem em meio aos escombros.

Israel, no entanto, disse que Shiri e seus filhos foram "brutalmente assassinados". O Hamas negou as alegações de que era responsável pelas mortes das crianças, chamando-as de mentiras destinadas a justificar ações militares israelenses em Gaza.

Mais tarde, a família disse em um novo comunicado que não havia recebido detalhes de fontes oficiais sobre as circunstâncias das mortes. "A família pede que não sejam adicionados mais detalhes ao fato de que Shiri e as crianças foram assassinados por seus sequestradores", disse a nota. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo de Israel adiou a libertação de 620 prisioneiros palestinos neste sábado, 22, após a libertação de seis reféns israelenses. Segundo Tel-Aviv, os sequestrados israelenses foram submetidos a "cerimônias humilhantes". O gabinete do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou que os palestinos só seriam libertados das prisões israelenses quando a "próxima libertação de reféns fosse assegurada, sem cerimônias humilhantes".

Veículos transportando prisioneiros palestinos já haviam saído das prisões quando Netanyahu ordenou a volta deles. O grupo terrorista Hamas apontou que o adiamento da libertação dos prisioneiros constituía uma violação do acordo de cessar-fogo.

Cinco dos seis reféns israelenses foram escoltados por terroristas armados e mascarados em frente a uma multidão. Além disso, o grupo terrorista Hamas divulgou um vídeo que mostra dois reféns israelenses que ainda não foram libertados, observando o retorno de outros sequestrados.

O grupo terrorista libertou os últimos seis reféns vivos esperados nesta primeira fase da trégua, faltando uma semana para o final da fase inicial. O anúncio de Israel colocou em xeque o futuro do cessar-fogo.

Cerimônia dos reféns

Omer Wenkert, Omer Shem Tov e Eliya Cohen foram libertados juntos. Shem Tov foi coagido a beijar a cabeça de dois terroristas do Hamas durante a cerimônia.

Em outro local de Gaza, Tal Shoham e Avera Mengistu foram entregues à Cruz Vermelha. Mengistu ficou na Faixa de Gaza por mais de dez anos. Ele cruzou a fronteira para o enclave palestino em 2014 e tem problemas de saúde mental.

Mais tarde, Hisham Al-Sayed, um israelense da comunidade beduína, foi libertado. Ele havia entrado sozinho em Gaza em 2015 e foi diagnosticado com esquizofrenia, segundo familiares.

Acordo de cessar-fogo

As discordâncias entre Israel e o grupo terrorista Hamas aumentam os receios de que a trégua seja encerrada na semana que vem. O Hamas afirmou que irá liberar quatro corpos de reféns na próxima semana. Depois disso, o acordo precisa ser negociado para chegar a uma segunda fase.

Pelo menos 62 reféns israelenses ainda estão na Faixa de Gaza. Metade dos sequestrados estão vivos, segundo o governo de Israel. As negociações para a segunda fase da trégua ainda não começaram, mas devem ser mais difíceis.

O Hamas disse que não libertará o resto dos sequestrados até que um cessar-fogo permanente seja atingido, com a saída total do Exército de Israel de Gaza. Netanyahu, com o apoio da administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirma estar empenhado em destruir as capacidades militares do Hamas.

Prisioneiros palestinos

Dos 620 prisioneiros palestinos que deveriam ser libertados neste sábado, 151 cumprem penas de prisão perpétua ou outras penas por ataques contra israelenses. Quase 100 deles seriam deportados.

Uma associação palestina pelos direitos dos prisioneiros disse que entre eles está Nael Barghouti, que passou mais de 45 anos na prisão por um ataque que matou um motorista de ônibus israelense.

Também deveriam ser libertados 445 homens, 23 adolescentes e uma mulher, todos capturados pelas tropas israelenses em Gaza sem acusação formal durante a guerra./com AP