Suplicy tem reunião com Boulos, insiste em prévia no PT, mas reconhece falta de candidatos

Política
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O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) reafirmou o seu apoio à candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo em uma postagem no X (antigo Twitter) depois de reunir-se com o pré-candidato no sábado, 13. No entanto, manteve a defesa de que o PT precisa realizar prévias internas para escolher quem indicará como vice na chapa do deputado federal.

Boulos se encontrou com Marta Suplicy no sábado e selou a aliança que vinha sendo costurada com ela. Com o aval do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-prefeita deixou a equipe de secretários do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para retornar ao PT e ser a vice na chapa do deputado do PSOL.

Após o encontro com Marta, Boulos foi até a casa de Suplicy para conversar sobre a articulação envolvendo a ex-prefeita, que foi casada com o deputado estadual até 2001.

O pré-candidato disse que Eduardo Suplicy é uma referência política e que quer debater a inclusão da renda básica - bandeira histórica do petista - em seu programa de governo para a capital paulista.

Apesar de defender um debate entre pré-candidatos no PT seguido de uma prévia no partido, o próprio Suplicy reconhece que não há candidatos para disputar a indicação com Marta.

"Considero que será positivo que possa então haver um debate e prévia entre a Marta e alguma pré-candidata do PT. Dentre outras, destacam-se no PT presentemente a deputada federal Juliana Cardoso e a vereadora Luna Zaratini aqui em São Paulo. É possível que ambas considerem disputar mas cada uma, em princípio, está considerando prosseguir em seus mandatos atuais", escreveu o deputado estadual.

O deputado federal Rui Falcão (PT-SP), um dos articuladores da aliança Boulos-Marta, tem dito que não há tradição do PT em realizar prévias para candidatos a vice e que isso ocorre somente para a disputa de vereadores ou na escolha de quem será o cabeça de chapa.

Ele argumenta ainda que, no caso em questão, não há candidatos para disputar a indicação com Marta. Citada por Eduardo Suplicy como possível interessada, Luna Zarattini utilizou as redes sociais para dizer que pretende disputar a reeleição para a Câmara Municipal.

Os detalhes da filiação de Marta serão definidos em uma reunião do diretório municipal do PT na terça-feira, 16.

A previsão é que seja realizado um evento com a presença de Lula e da presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR). Falcão sugeriu que a filiação ocorra antes do Carnaval e citou o dia 3 de fevereiro como possibilidade.

Como mostrado pelo Estadão, uma ala minoritária do PT ainda demonstra resistência à volta de Marta à legenda pela forma com que ela deixou o partido em 2015. Na ocasião, no auge da Operação Lava Jato, ela criticou casos de corrupção e, um ano depois, foi favorável ao impeachment da então presidente da República Dilma Rousseff (PT).

Um dos argumentos utilizados por petistas, como Gleisi, para rebater a ideia que Marta traiu o partido é de que é preciso formar uma frente ampla para derrotar o bolsonarismo também em São Paulo após Lula vencer o ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022.

"Vencer a eleição da Prefeitura de São Paulo é importantíssimo em nossa luta contra a extrema-direita e o bolsonarismo", escreveu a presidente do partido no X.

A referência ao bolsonarismo é uma alusão a Nunes, que busca o apoio de Bolsonaro para se reeleger. "Estamos somando forças em defesa da democracia e do projeto de transformação do Brasil. Bem-vinda Marta Suplicy", diz Gleisi na publicação.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, deve assinar uma ordem executiva nesta sexta-feira, 28, designando o inglês como o idioma oficial do país, de acordo com a Casa Branca.

A ordem permitirá que as agências e organizações governamentais que recebem financiamento federal escolham se querem continuar a oferecer documentos e serviços em outro idioma que não o inglês, de acordo com um informativo sobre a ordem iminente.

A ordem executiva rescindirá um mandato do ex-presidente Bill Clinton que exigia que o governo e as organizações que recebiam financiamento federal fornecessem assistência linguística a pessoas que não falavam inglês.

Designar o inglês como idioma nacional "promove a unidade, estabelece eficiência nas operações do governo e cria um caminho para o engajamento cívico", disse a Casa Branca.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou um comunicado em suas redes sociais no qual disse que o ucraniano Volodmir Zelenski não está pronto para uma paz que envolva a participação americana. O pronunciamento veio logo após uma discussão entre o americano e o ucraniano no Salão Oval da Casa Branca, onde seria assinado um acordo sobre minerais entre os dois países.

"Tivemos uma reunião muito significativa na Casa Branca hoje. Aprendemos muito que jamais poderia ser entendido sem uma conversa sob tanto fogo e pressão", escreveu o presidente em sua plataforma de mídia social, o Truth Social.

"É incrível o que se revela por meio da emoção, e determinei que o presidente Zelenski não está pronto para a paz se os Estados Unidos estiverem envolvidos, porque ele acha que nosso envolvimento lhe dá uma grande vantagem nas negociações. Não quero vantagem, quero PAZ. Ele desrespeitou os Estados Unidos da América em seu estimado Salão Oval. Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz."

Zelenski viajou para Washington nesta sexta-feira, 28, na intenção de assinar um acordo que permitiria que os Estados Unidos tivessem acesso a minerais raros ucranianos, como exigiu Trump, em compensação pela ajuda militar e financeira desembolsada pelo seu país nos últimos três anos.

Mas, durante encontro entre os dois presidentes no Salão Oval, Trump chamou Volodmir Zelenski de "desrespeitoso" e disse que ele deveria ser "mais grato" na frente da imprensa. Depois da discussão, a visita de Zelenski à Casa Branca foi encurtada e entrevista coletiva que estava prevista para esta tarde, cancelada. A assinatura do acordo também foi cancelada.

O SUV blindado de Zelenski parou abruptamente na porta da Ala Oeste momentos depois da postagem de Trump.

O presidente ucraniano viajou para Washington para assinar a resolução sobre extração de minerais na Ucrânia, mas o encontro com Trump terminou em bate-boca.

Tanto o presidente quanto o seu vice, J.D. Vance, esperavam ouvir palavras de agradecimento de Zelenski. "Você já disse 'obrigado' alguma vez?" Vance perguntou a Zelenski. Na plataforma X, o ucraniano expressou gratidão ao povo americano, mas não abordou diretamente seu encontro com Trump e Vance.

"Obrigado, América, obrigado pelo seu apoio, obrigado por esta visita. Obrigado presidente, Congresso e povo americano", escreveu Zelenski. "A Ucrânia precisa de uma paz justa e duradoura, e estamos trabalhando exatamente para isso."

A discussão começou depois de Zelenski ter dito a Trump que não se pode confiar nas promessas de paz de Vladimir Putin, observando o histórico de promessas não cumpridas do líder russo. Trump se irritou e disse que Putin não quebrou acordos com ele.

Em meio à discussão Trump ameaçou Zelenski: "Ou você fecha o acordo ou estamos fora. O seu país está em apuros. Você não está vencendo", disse Trump ao que Zelenski respondeu: "Eu sei". "Você tem uma boa chance de sair bem por nossa causa", interrompeu Trump.

"Nós (os Estados Unidos) demos a você, através do presidente idiota, US$ 350 bilhões", disse referindo-se a Joe Biden e inflando o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia que, na verdade, foi de US$ 114 bilhões. "Nós demos a você equipamento militar... Se você não tivesse nosso equipamento militar, essa guerra teria acabado em duas semanas." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, discutiu ao vivo com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, lideranças da União Europeia e o provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, foram às redes sociais para dizer que apoiam a Ucrânia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, disseram que a dignidade de Zelensky "honra a bravura do povo ucraniano". A mesma mensagem foi publicada por ambos na plataforma X. "Seja forte, seja corajoso, seja destemido. Você nunca está só, caro presidente Zelensky. Continuaremos trabalhando com você por uma paz justa e duradoura", acrescentaram.

Friedrich Merz, por sua vez, disse que "nós apoiamos a Ucrânia tanto nos momentos bons quanto nos momentos difíceis". Ele prosseguiu: "Jamais devemos confundir o agressor e a vítima nesta terrível guerra."

Nesta tarde, Trump, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, e Zelensky estavam reunidos no Salão Oval da Casa Branca. Durante a transmissão ao vivo do encontro, eles começaram a discutir e o presidente americano chegou a acusar o líder ucraniano de estar "brincando com a terceira guerra mundial". Após isso, Zelensky deixou o local e um acordo para a exploração de recursos minerais da Ucrânia pelos EUA não foi assinado.