Dino: Armas devem existir nas mãos certas, e não liberou geral

Política
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Um dia após a edição do decreto que restringe o acesso a armas no Brasil, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que armas "devem existir nas mãos certas, e não 'liberou geral'".

O novo ministro disse que o objetivo do decreto é implantar um regime de transição entre "liberou geral" e o "estabelecimento de um regime sério de controle de armas no Brasil" e mapear "o que temos de armas registradas no Brasil e onde elas se encontram". De acordo com o ministro, ainda será editado um decreto definitivo para tratar da questão.

Dino ainda classificou as tentativas de terrorismo em Brasília como "crimes políticos gravíssimos, inafiançáveis e imprescritíveis" e disse que orientou o diretor-geral da PF, Andrei Augusto Passos Rodrigues, a conduzir investigações sobre os envolvidos. O ministro tem enfatizado que não haverá perseguição, mas que os crimes não serão esquecidos.

A fala do ministro reforçou o compromisso do combate aos crimes ambientais e digitais. Em relação ao combate ao desmatamento, Dino afirmou que trata-se de uma diretriz que "diz respeito também às nossas políticas externas". Os crimes digitais, por sua vez, foram tratados pelo ex-governador do Maranhão como um óbice à democracia. "A internet não é uma ágora sem lei. Temos que imaginá-la como um terreno regulado democraticamente."

O discurso foi encerrado com um aceno às forças de segurança. "Queremos que todas e todos policiais considerem esse ministério como seu, não importa o voto de ontem e nem o de amanhã", disse o novo ministro. As últimas palavras de Dino no discurso de posse foram de disposição em favor do povo: "ninguém pode exercer função pública sem errar, mas erra menos quem ouve mais. Não somos poder, somos serviço".

'Ministério da paz'

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, destacou em seu discurso de posse a busca pela pacificação da sociedade e pelo diálogo. "Este será o ministério da paz, da pacificação nacional e justiça para todos", afirmou.

Dino também destacou que o MJ vai agir no "combate às desigualdades" e trabalhará ao lado "dos que lutam por uma justiça antirracista, contra o feminicídio, dos que são contra toda forma de preconceito e violência". Ele disse ainda que esse é o primeiro dos três eixos que guiarão sua conduta à frente da pasta.

Retornando ao assunto com que abriu seu discurso, o novo ministro reforçou o compromisso com a "independência das instituições" como segundo eixo da sua gestão, dizendo que "ficaram no passado as tentativas de intimidação do Poder Judiciário, substituídas pela harmonia e o diálogo".

"Os democratas sabem que as diferenças são necessárias, imprescindíveis, porque só assim a sociedade se engrandece. O extremismo não deve ter lugar no nosso País, ponderação é caminho." Com essas palavras, Dino afirmou que o terceiro eixo de sua gestão será o compromisso com a democracia.

O novo ministro finalizou a apresentação dos três eixos afirmando que a postura ponderada defendida "não significa omissão e leniência, não significa fechar os olhos sobre o que aconteceu. Significa não ter medo e ter voz firme quando necessário, sobretudo em ações firmes para defender o nosso País".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).