Jordy presta depoimento no Rio, nega relação com 8/1 e diz que foi vítima de 'pesca probatória'

Política
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Alvo de mandados de busca e apreensão na 24ª fase da Operação Lesa Pátria, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 18. A Operação Lesa Pátria investiga os suspeitos de planejar, financiar e incitar os atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e janeiro de 2023. Segundo a PF, os fatos investigados na 24ª etapa constituem, em tese, supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.

Em entrevista à imprensa antes do início da oitiva, Jordy afirmou que não conhece "ninguém que esteve no 8 de janeiro" e que não há nada que possa incriminá-lo com relação aos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no ano passado. Segundo o parlamentar, a ação da PF "é uma pesca probatória". "Eles fazem uma diligência, uma busca e apreensão, buscando encontrar alguma outra coisa para nos acusar", afirmou.

"Eu tenho muita tranquilidade. A não ser que estejam fazendo alguma armação para mim. E tudo me leva a crer que é isso. É uma pesca probatória com viés político. Não conheço ninguém que esteve no 8 de Janeiro. Eu não tenho nada que possa me incriminar. Não existem essas mensagens. Isso, nós vamos provar", disse o deputado.

Pré-candidato à prefeitura de Niterói, Jordy afirmou ainda que "em momento algum" fez incitações aos ataques. "Nunca incitei, muito menos financiei, não tenho relação alguma com o 8 de janeiro e ninguém dessas pessoas que foram para os quartéis generais. Eles dizem que há mensagens minhas, que eu seria um articulador, mas é mentira", disse.

'Fui acordado com fuzil no rosto'

No início da manhã desta quinta-feira, o parlamentar classificou, pelas redes sociais, as buscas por ele sofridas como "medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal".

O deputado afirmou que foi acordado com um fuzil no rosto pela PF e criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que assinou o mandado de busca e apreensão na casa e no gabinete do parlamentar.

"Hoje eu sofri uma busca e apreensão da Polícia Federal. Fui acordado às seis da manhã. Estava dormindo com minha filha e com a minha esposa. Fui acordado com fuzil no rosto pela Polícia Federal. Os agentes foram até bem educados. Diziam que estavam fazendo trabalho deles. Mas eu não sabia o que era", disse em vídeo publicado no X (antigo Twitter).

A Polícia Federal disse, ao site Metrópoles, que a ação seguiu o protocolo da corporação, e não houve necessidade de uso da força para entrar na casa do parlamentar no Rio de Janeiro.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.

O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada nesta segunda-feira (3), lamentou a suspensão da entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza por Israel. "O governo brasileiro deplora a decisão israelense de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo em vigor", diz o texto do Itamaraty.

Israel interrompeu a entrada de todos os bens e suprimentos na Faixa de Gaza no domingo (2) e advertiu sobre "consequências adicionais" caso o Hamas não aceite uma nova proposta para estender o cessar-fogo.

O Itamaraty diz que o Brasil pede a "imediata reversão da medida", recordando que "Israel tem obrigação - conforme reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em suas medidas provisórias de 2024 - de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos". A nota afirma ainda que a obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário.

O governo brasileiro defende que as partes promovam o estrito cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo e o engajamento nas negociações "a fim de garantir cessação permanente das hostilidades, retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos robustos para ingresso de assistência humanitária desimpedida, previsível e na necessária escala."