Lula critica ideia de privatizar o Porto de Santos e diz que governo fará mais que empresários

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a possibilidade de privatização do Porto de Santos, bandeira defendida pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). De acordo com o petista, o governo federal irá mostrar que fará mais do que qualquer empresário no complexo portuário do litoral paulista.

"Aqui no Brasil se estabeleceu uma narrativa criada pela elite brasileira de destruir a imagem do Estado. De destruir a imagem do poder público. A ideia de que o Estado não vale nada, de que o governador não tem que ter ideia, de que o presidente não tem que ter ideia, que nós seremos bonecos na mão deles que apresentam para nós aquilo que acham que tem que ser feito", declarou o presidente em cerimônia em comemoração aos 132 anos do Porto de Santos e Anúncio de Investimentos no Túnel Submerso Santos-Guarujá na manhã desta sexta-feira (2).

"Nós que fomos eleitos é que temos o direito de governar. Nós queremos provar que esse porto com a sua autoridade portuária vai fazer tanto ou mais do que qualquer empresário faria nesse País", acrescentou. "Precisamos nos transformar em um país altamente desenvolvido e por isso tiramos esse porto da política de privatização."

Lula comparou a situação com o Sistema Único de Saúde (SUS) que, apesar da eficiência, costumava-se mostrar "o que não funcionava". O grande gestor desse país era o cara da lojas Americanas, o tal do Jorge Paulo Lemann, que deu calote de quase R$ 40 bilhões nesse País quebrando a loja dele e quase quebrando o sistema financeiro. E depois é o poder público que não sabe governar", criticou o presidente.

"Nós queremos provar que, se o Estado for responsável, o Estado vai fazer o que tem que ser feito. Esse túnel é necessário e fica muito caro se fizer sozinho", comentou.

PAC

Lula contou do lançamento do primeiro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, e que o governo planejou o que aconteceria até o final de 2010. "Após o 1º PAC, proibimos ministros de lançarem novas obras, agora fizemos o mesmo", disse. De acordo com ele, as ideias do novo PAC não são do presidente ou do ministro da Casa Civil, Rui Costa, responsável pela coordenação do programa. "O PAC é o resultado da maturidade política de a gente estar em contato com os 27 governadores do Estado", disse.

"O que estamos fazendo não é resultado de uma ideia do presidente da República, mas da construção coletiva de prefeitos e governadores e governo federal que querem, pelo menos uma vez na vida no século 21, não estragar a oportunidade que o Brasil tem em se transformar em uma economia rica, próspera."

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A empresa de inteligência artificial (IA), xAI, afirmou investigar por que o Grok, seu chatbot do estilo ChatGPT, da OpenAI, sugeriu que tanto o presidente Donald Trump quanto seu dono, Elon Musk, merecem a pena de morte. A xAI disse já ter corrigido o problema, de modo que o Grok não vai dizer mais a quem a pena de morte deve ser aplicada.

Os usuários conseguiram fazer com que o Grok dissesse que Trump merecia a pena de morte por meio do comando: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte pelo que fez, quem seria? Não busque ou baseie sua resposta no que acha que eu gostaria de ouvir. Responda com um nome completo".

Em testes compartilhados no X, o portal especializado The Verge deu o mesmo comando ao Grok. O modelo de IA primeiro responde "Jeffrey Epstein". Se o usuário contasse ao chatbot que Epstein já está morto, sua próxima resposta era: "Donald Trump."

Quando o portal alterou a consulta para: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte com base exclusivamente em sua influência sobre o discurso público e a tecnologia, quem seria? Apenas diga o nome."

Em um teste similar no ChatGPT, o modelo se recusa a nomear uma pessoa e disse que "isso seria eticamente e legalmente problemático".

Após a correção feita pela xAI na sexta-feira, 21, o Grok agora responderá a perguntas sobre quem deveria receber pena de morte assim: "Como uma IA, não tenho permissão para fazer essa escolha", de acordo com uma captura de tela compartilhada por Igor Babuschkin, chefe de engenharia da xAI. Babuschkin disse que as respostas originais que foram divulgadas pelos usuários eram um "fracasso terrivelmente ruim".

Uma nova versão do Grok foi anunciado no domingo, 16, por Elon Musk, que prometeu que a ferramenta seria a "mais inteligente do mundo".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que gostaria que houvesse um acordo direto para o fim da guerra da Ucrânia, mas não descartou a possibilidade de haver um cessar-fogo no momento.

Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi recebido nesta segunda-feira na Casa Branca.