Post engana ao resgatar vídeo antigo de Lula acenando a funcionários de aeroporto

Política
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Conteúdo investigado: Vídeo mostra o presidente Lula caminhando em uma pista de aeroporto, em direção a um carro, acenando, após desembarcar de um jatinho. Ao lado dele, estão pelo menos outras três pessoas. Todas usam máscara de proteção, incluindo Lula. De costas para o autor do vídeo, estão três funcionários do terminal em pé, olhando para frente. A legenda traz a seguinte frase: "Lula acena para os funcionários do aeroporto que ignoram".

Onde foi publicado: X (antigo Twitter), Telegram e YouTube.

Conclusão do Comprova: É antigo o vídeo que mostra o presidente Lula em uma pista de aeroporto, acenando, enquanto alguns funcionários do local o observam, sem reagir. A gravação foi feita no dia 2 de agosto de 2022 durante o desembarque do petista no aeroporto de Campina Grande (PB). Naquela época, o vídeo circulou já com a legenda sugerindo que Lula não teria apoio popular, por causa da postura dos funcionários do terminal, que não acenam de volta. Agora, o mesmo conteúdo voltou a ser distribuído nas redes sociais, desta vez sugerindo que o presidente não tem apoio popular atualmente.

A gravação foi replicada em outros momentos por diversos sites que afirmavam se tratar de uma visita de Lula a Teresina (PI), também em agosto de 2022. O uniforme dos funcionários do aeroporto, no entanto, traz o logomarca da concessionária Aena, que administra o terminal de Campina Grande, e não o de Teresina.

Ao Comprova, a concessionária Aena informou que a área de desembarque é restrita e que o pouso não foi divulgado no dia da viagem. Por essa razão, segundo a empresa, não havia público no local. A concessionária diz, ainda, que não há imagens que possam mostrar se outras pessoas acenaram ou não para Lula. A mesma informação foi confirmada pelo ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, que recebeu o presidente no aeroporto. Segundo ele, o acesso ao terminal foi restringido e os carros da comitiva entraram na pista para não atrasar a programação de Lula.

O Comprova não conseguiu verificar para quem Lula acena, nem afirmar que o atual presidente foi ignorado por funcionários de um aeroporto, como sugerem os vídeos investigados. Naquela viagem, o então candidato à presidência da República foi recebido pelo ex-governador da Paraíba e pelo à época candidato ao governo do estado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB), atualmente senador, para atos de campanha na cidade ao longo do dia.

Os posts no X e no Telegram que deram origem a esta verificação foram excluídos pelo autor nas duas redes sociais depois do contato feito pelo Comprova.

Enganoso, para o Comprova, é todo conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. O vídeo aqui investigado teve mais de 38 mil visualizações no X e 13,5 mil no Telegram até o dia 1 de fevereiro, quando foram apagados. Em um shorts do YouTube, as visualizações chegam a 2,4 mil.

Como verificamos: Fizemos uma primeira busca por outros vídeos que indicassem a qual aeroporto o post se referia. Encontramos informações antagônicas sobre o desembarque de Lula em duas possíveis cidades: Campina Grande e Teresina. Os dois municípios fizeram parte de uma mesma agenda de campanha, nos dias 2 e 3 de agosto de 2022.

Analisando os uniformes dos funcionários, identificamos que se tratava realmente de um aeroporto administrado pela empresa Aena, o que descartava a capital piauiense, onde o terminal é gerido pela CCR Aeroportos. Na sequência, entramos em contato com a concessionária responsável pelo terminal para checar a veracidade do vídeo.

Depois, fizemos buscas por vídeos que pudessem ter outro ângulo do desembarque de Lula na pista para confirmar a resposta ao aceno. Encontramos posts feitos Ricardo Coutinho e Veneziano Vital do Rêgo comentando a chegada de Lula na cidade, na data pesquisada.

Vídeo não foi gravado em Teresina

O vídeo circulou mais de uma vez por redes sociais e portais de notícias locais, mas com a informação falsa de que se tratava de uma viagem de Lula a Teresina. Naquela semana, o então candidato realizou uma caravana pelo Nordeste para participar de atos públicos. Lula esteve, de fato, na capital do Piauí, mas no dia 3 de agosto, portanto, um dia depois da gravação aqui investigada.

Além disso, o uniforme usado pelos funcionários do terminal, na cor verde neon, traz o logo da concessionária Aena, que administra o terminal João Suassuna, em Campina Grande. A CCR, empresa responsável pela gestão do aeroporto de Teresina, que utiliza as cores laranja e vermelha na marca, confirmou que as imagens não correspondiam a aeroportos administrados pelo grupo.

Na Paraíba, Lula se reuniu pela manhã com lideranças religiosas em um hotel da cidade. Depois, à tarde, participou de um ato público no Parque do Povo, ao lado das autoridades que o recepcionaram no aeroporto. A agenda do então candidato aconteceria na capital paraibana, mas foi alterada depois que Lula recebeu o diagnóstico de covid-19. Ela ocorreu uma semana depois, em Campina Grande e não em João Pessoa.

Lula venceu a eleição em Campina Grande

Ao contrário do que sugere o vídeo aqui checado, utilizado para questionar a popularidade de Lula, o presidente venceu a eleição em Campina Grande na disputa de 2022. O petista recebeu 49,2% dos votos, contra 42,4% de Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições.

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A Suprema Corte dos EUA rejeitou nesta quarta-feira, 5, o pedido de Donald Trump para congelar US$ 2 bilhões em ajuda externa, parte dos esforços do governo para cortar gastos. Foi a primeira grande decisão do tribunal contra a Casa Branca desde a volta do presidente ao poder. Isso ocorreu apesar de Trump ter indicado três dos nove juízes, formando uma maioria conservadora de 6 a 3.

Ontem, o recurso de Trump foi negado por 5 votos a 4 - os conservadores John Roberts e Amy Coney Barrett se juntaram às três magistradas progressistas para manter a decisão de uma instância inferior exigindo que o governo fizesse pagamentos em contratos que já foram concluídos, invalidando o decreto assinado em 20 de janeiro, que suspendia a ajuda internacional por 90 dias.

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"Um único juiz de um tribunal distrital, que provavelmente não tem jurisdição, tem o poder irrestrito de obrigar o governo dos EUA a pagar (e provavelmente perder para sempre) US$ 2 bilhões dos contribuintes?", argumentou o conservador Samuel Alito, na declaração dissidente, assinada pela minoria. "A resposta a essa pergunta deveria ser um enfático 'não', mas a maioria deste tribunal, aparentemente, pensa o contrário. Estou chocado."

Cortes de gastos

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Os grupos que contestaram o governo argumentaram que os fundos congelados causariam uma série de crises, ameaçando cuidados médicos essenciais ao redor do mundo, deixando alimentos apodrecendo em armazéns, arruinando negócios, colocando em risco a propagação de doenças e causando instabilidade política.

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A Casa Branca alegou que tinha o direito de analisar caso a caso as doações e contratos de ajuda e interromper ou aprovar os gastos. Em uma decisão de 25 de fevereiro, o juiz Ali ordenou que o governo pagasse US$ 1,5 bilhão em trabalhos de ajuda já concluídos. Ele estabeleceu um prazo até meia-noite do dia seguinte. Em resposta, o Departamento de Justiça entrou com um recurso de emergência na Suprema Corte, alegando que o juiz havia excedido sua autoridade - argumento rejeitado ontem.

Campanha

O presidente está decidido a cortar gastos do governo federal com a ajuda do homem mais rico do mundo e maior doador de sua campanha, Elon Musk. Um dos seus objetivos é cortar a ajuda da Usaid, que tem programas de saúde e emergência em cerca de 120 países e é responsável por mais de 40% da ajuda humanitária mundial.

Em decreto assinado em 20 de janeiro, Trump suspendeu temporariamente milhares de programas para avaliar se eles estão "totalmente alinhados com a política externa do presidente dos EUA". No passado, ele já disse que a Usaid é "administrada por lunáticos radicais", enquanto Musk descreveu a agência como uma "organização criminosa". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (6) que está trabalhando com o Partido Republicano da Câmara em uma resolução contínua para financiar o governo até setembro e dar o "tempo necessário" para trabalhar a agenda do governo.

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