Bolsonaro diz que 'não participou' de movimentos de acampamentos em quartéis

Política
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O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, 30, que "não participou" dos movimentos que acontecem desde o fim das eleições deste ano em frente a quartéis generais. "Me recolhi. Acredito que fiz a coisa certa para não tumultuar mais ainda. Houve pelo Brasil manifestação do povo, sem liderança, protesto pacífico, ordeiro, seguindo lei tem que ser respeitado, contra ou a favor de quem quer que seja."

E destacou: "Creio no patriotismo de vocês, sei o que vocês passaram nesses dois meses: sol, chuva. Isso não é uma coisa que vai ficar perdida. Esse povo, essa massa que foi para os quartéis foi falar 'socorro, queremos liberdade'. Qualquer medida de força, sempre há reação, tem que buscar diálogo."

Apesar disso, Bolsonaro falou para a militância em busca de reanimar seus apoiadores. "Não vamos achar que o mundo vai acabar em 1º de janeiro, não tem tudo ou nada. Brasil não vai se acabar em 1º de janeiro. Quando a situação é difícil temos que buscar apoio, trazer gente para o nosso lado."

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O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.

O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada nesta segunda-feira (3), lamentou a suspensão da entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza por Israel. "O governo brasileiro deplora a decisão israelense de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo em vigor", diz o texto do Itamaraty.

Israel interrompeu a entrada de todos os bens e suprimentos na Faixa de Gaza no domingo (2) e advertiu sobre "consequências adicionais" caso o Hamas não aceite uma nova proposta para estender o cessar-fogo.

O Itamaraty diz que o Brasil pede a "imediata reversão da medida", recordando que "Israel tem obrigação - conforme reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em suas medidas provisórias de 2024 - de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos". A nota afirma ainda que a obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário.

O governo brasileiro defende que as partes promovam o estrito cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo e o engajamento nas negociações "a fim de garantir cessação permanente das hostilidades, retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos robustos para ingresso de assistência humanitária desimpedida, previsível e na necessária escala."