Lula se reúne com Nísia Trindade após cobrança de Lira sobre emendas da Saúde

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá, nesta terça-feira, 20, a primeira reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, depois da cobrança pública assinada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e outros deputados sobre o pagamento de emendas pela pasta. De acordo com apuração do Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Lula e a ministra devem tratar sobre a liberação de emendas.

No início do mês, o presidente da Câmara e líderes partidários decidiram pedir à ministra da Saúde esclarecimentos sobre a liberação de emendas feitas no ano passado. As assinaturas foram recolhidas em 6 de fevereiro, durante reunião na Residência Oficial da Câmara.

As reclamações sobre as liberações de emendas e a falta de cumprimento de acordo por parte do governo aumentaram a tensão entre Lira e o Palácio do Planalto. As reclamações do alagoano recaem, principalmente, sobre a condução do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Na segunda-feira, 19, o Broadcast Político revelou que o assessor especial para assuntos parlamentares da Secretaria das Relações Institucionais (SRI), o ex-deputado Gilmar Machado (PT-MG), intermediou o envio de R$ 611 mil do Fundo Nacional de Saúde (FNS), com recursos remanescentes do antigo orçamento secreto, para o município de Capinópolis (MG), que tem cerca de 14 mil habitantes. A liberação do valor foi capitalizada por uma aliada de Machado, Carol Bernadeli, filiada ao PV e pré-candidata à prefeitura da cidade, o que alimentou um embate político local.

Além de tratar de emenda, a expectativa é que Lula e a ministra debatam sobre a ida do presidente a Niterói, no Rio de Janeiro, prevista para sexta-feira, 23. De acordo com previsão da semana divulgada pelo Palácio do Planalto, Lula deve participar de conclusão da obra da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense.

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O Exército dos EUA confirmou nesta sexta-feira, 2, que haverá um desfile militar no aniversário do presidente Donald Trump em junho, como parte das comemorações do 250º aniversário do serviço.

Os planos para o desfile, conforme detalhado pela primeira vez pela The Associated Press na quinta-feira, preveem que cerca de 6.600 soldados marchem de Arlington, Virgínia, até o National Mall, juntamente com 150 veículos e 50 helicópteros. Até recentemente, os planos do festival de aniversário do Exército não incluíam um desfile maciço, que, segundo as autoridades, custará dezenas de milhões de dólares.

Trump há muito tempo deseja um desfile militar, e as discussões com o Pentágono sobre sua realização - em conjunto com o aniversário presidencial - começaram há menos de dois meses.

O desfile ocorre no momento em que o republicano e seu Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), dirigido por Elon Musk, cortaram departamentos, pessoal e programas do governo federal para economizar custos.

Na tarde de hoje, as autoridades do Exército comentaram que prosseguirão com o desfile, mas que ainda não há uma estimativa de custo.

Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.