Uma das linhas de programa de imóveis tem provisão habitacional para atender MCMV, diz ministra

Política
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A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, apresentou as quatro linhas prioritárias do Programa de Democratização dos Imóveis da União, divulgado nesta segunda-feira, 26, pelo governo federal. Entre elas estão a provisão habitacional e regularização fundiária e urbanização. Segundo Dweck, o programa "está de pé" e já passou por todos os crivos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a ministra, o governo anterior utilizava uma lógica de venda sem se preocupar com a destinação correta dos terrenos, prédios e lojas desocupados ou inutilizados. A intenção da gestão Lula 3, segundo Dweck, é mudar essa lógica. Em sua avaliação, há outras formas de valorizar o patrimônio da União sem ser pela venda.

Função social

Conforme apresentação da ministra, o objetivo do programa é "destinar imóveis da União para as políticas públicas prioritárias, considerando sua função social e ambiental, a partir de diálogo federativo e com a sociedade, em benefício da população".

A primeira linha prioritária é a provisão habitacional, que contempla o programa Minha Casa, Minha Vida. A ideia é que os empreendimentos sejam para locação social e contemplem empreendimentos com orçamento dos próprios entes federativos ou parceiros. A segunda linha é a regularização fundiária e urbanização, que irá contemplar a titulação de ocupantes em áreas com infraestrutura e urbanização de assentamentos precários.

A terceira linha diz respeito às políticas públicas e programas estratégicos. Nesta, está incluso o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Por fim, a quarta linha contempla empreendimentos de múltiplos usos em grandes áreas. De acordo com o governo federal, participam desta categoria desenhos inovadores de destinação, com projetos coordenados por agências e órgãos federais, Parceria Público-Privada (PPP) e permuta de imóveis da União por obras.

Áreas urbanas vazias, prédios vazios e ocupados por movimentos sociais estão entre os imóveis foco de programa, além de núcleos urbanos informais com infraestrutura que precisam ser regularizadas. "O foco do nosso programa é dar assistência a famílias em situação de vulnerabilidade", disse a ministra. "Se existe terreno da União que pode baratear o programa de habitação, temos de usá-lo."

Cessões e doações

Esther Dweck, afirmou que o Programa de Democratização dos Imóveis da União utilizará cessões, doações com encargos e permuta como instrumentos de destinação patrimonial.

De acordo com o governo federal, as cessões podem se dar de forma gratuita, onerosa ou em condições especiais. As doações com encargos podem ser por provisão habitacional, regularização fundiária ou empreendimentos sociais permanentes.

No programa, há a modalidade de entrega, que fará o fornecimento de imóveis para órgãos federais dos Três Poderes. Por último, há também o instrumento de alienação com permuta, que trata sobre a troca de imóveis da União por outro imóvel ou por nova construção. "Nossa lógica de alienação será prioritariamente uma alienação por construção, não pelo dinheiro em si", afirmou a ministra.

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Autoridades de Israel e do Hamas disseram nesta terça-feira, 25, que chegaram a um acordo para trocar os corpos de reféns israelenses mortos pela libertação de centenas de prisioneiros palestinos, mantendo o frágil cessar-fogo intacto por pelo menos mais alguns dias.

Israel havia adiado a libertação de 600 prisioneiros palestinos desde sábado para protestar contra o que diz ser o tratamento cruel dos reféns durante sua libertação pelo Hamas. O grupo militante afirmou que o atraso é uma "grave violação" do cessar-fogo e que as negociações sobre uma segunda fase não seriam possíveis até que eles fossem libertados.

O enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse que deseja que as partes iniciem negociações sobre a segunda fase, durante a qual todos os reféns restantes mantidos pelo Hamas deverão ser libertados e um fim para a guerra deverá ser negociado.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou, nesta terça-feira, 25, que também pretende comprar minerais de territórios da Rússia.

O comentário do republicano, em entrevista aos jornalistas no Salão Oval, ocorreu após ele afirmar que se o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, quiser vir à Washington para tratar do acordo com os EUA, seria bem recebido. "O acordo é sobretudo sobre minerais raros."

O presidente americano assinou ainda nesta terça-feira uma ordem executiva que restabelece a exigência de publicação online por hospitais de custos de serviços médicos.

A juíza do Tribunal Distrital dos EUA, Loren AliKhan, bloqueou na terça-feira, 25, indefinidamente a administração do presidente Donald Trump de congelar o financiamento federal anteriormente concedido.

A decisão afeta organizações sem fins lucrativos, grandes e pequenas, nos EUA, que financiam desde a mitigação de inundações até cuidados a idosos e pré-escolas.

A decisão do tribunal federal de Washington foi em resposta a um pedido de liminar contra o governo, solicitado pela organização sem fins lucrativos Democracy Forward em nome de várias outras organizações sem fins lucrativos e proprietários de pequenas empresas.

As organizações sem fins lucrativos procuraram uma ação mais enérgica por parte dos tribunais depois de a Casa Branca ter indicado que ainda planejava prosseguir com um congelamento do financiamento, mesmo depois de o Escritório de Gestão e Orçamento (OMB, na sigla em inglês) ter revogado um memorando que originalmente bloqueava os recursos e à medida que aumentavam as provas de que agências como a Fundação Nacional de Ciência, a Agência de Proteção Ambiental e a Agência Federal de Gestão de Emergências não tinham retomado totalmente o financiamento, de acordo com o processo judicial do Democracy Forward.

Depois que o memorando do OMB foi revogado no final de janeiro, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse nas redes sociais que a ação "NÃO era uma rescisão do congelamento do financiamento federal. É simplesmente uma rescisão do memorando do OMB".

A Casa Branca não respondeu aos pedidos de comentários na terça-feira.