Michelle usa Bolsonaro como modelo para vender produtos de beleza em rede social

Política
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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como modelo para propagandear um conjunto de produtos de beleza da linha de cosméticos dela. Em um vídeo publicado no Instagram nesta sexta-feira, 1º, ela utiliza itens da "MB" - acrônimos de Michelle Bolsonaro - no rosto do marido.

O vídeo é embalado por uma versão modificada da trilha sonora do clássico desenho animado "A Pantera Cor-de-Rosa", que fez sucesso entre as décadas de 1960 e 1980.

Na publicação, a ex-primeira-dama incentivou os seus seguidores a comprarem os itens, dizendo que os cosméticos deixam a pele dos compradores como a do "meu galego", em referência ao ex-presidente.

"Para ter a pele do meu galego, que fica lindo sem filtro em todas as fotos, é só clicar no link na minha bio", escreveu Michelle.

O conjunto de hidratante, sabonete de limpeza facial, máscara facial e sérum facial custa R$ 300, mas está sendo vendido por R$ 168.

A linha de produtos de beleza foi lançada em março do ano passado por Michelle e Agustin Fernandez, maquiador e influenciador uruguaio, amigo próximo da ex-primeira-dama.

Em agosto do ano passado, quando Fernandez e Michelle estavam em um restaurante em Brasília, o maquiador jogou um copo de água em uma mulher que provocou a ex-primeira-dama sobre o escândalo da venda ilegal de joias da Presidência da República, revelado pelo Estadão.

Naquele dia, a Polícia Federal (PF) havia deflagrado a Operação Lucas 12:2, que investiga aliados de Bolsonaro pela comercialização de joias e outros objetos de valor recebidos em viagens oficiais. A ex-primeira-dama é mencionada nas investigações. Em uma troca de mensagens para discutir a venda dos itens preciosos, auxiliares do ex-presidente disseram que Michelle havia "sumido" com uma joia recebida pelo então chefe do Executivo.

Recentemente, Bolsonaro foi alvo de outra operação da PF, que investiga o suposto planejamento de uma tentativa de golpe de Estado por ex-ministros, ex-assessores e militares de alta patente após as eleições de 2022. O ex-presidente convocou um ato na Avenida Paulista, que reuniu centenas de milhares de apoiadores no último domingo, 25, em sua defesa.

Durante a manifestação, Michelle fez um discurso com forte apelo religioso, com queixas sobre "ataques e injustiças" sofridos por ela e sua família. A presidente do PL Mulher se referiu ao público presente como o "exército de Deus nas ruas", formado por homens e mulheres "que não desistem da sua nação".

A ex-primeira-dama disse ainda que vive "um dia de cada vez" e que a família Bolsonaro somente está "de pé" por causa das orações dos apoiadores bolsonaristas. "Por um bom tempo fomos negligentes a ponto de falarmos que não poderia misturar política com religião, e o mal tomou o espaço. Chegou o momento da libertação", disse no trio elétrico na Paulista.

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Os Estados Unidos votaram junto com a Rússia, Coreia do Norte, Belarus e outros 14 países próximos a Moscou nesta segunda-feira, 24, contra uma resolução que condena a agressão russa na Ucrânia e pede a devolução do território ocupado. Apesar da rara aliança entre Washington e Moscou, o documento, apresentado pelos ucranianos, foi aprovado por ampla maioria na Assembleia-Geral da ONU.

A delegação americana tentou aprovar uma resolução alternativa, de autoria própria, que foi votada em separado e pedia o fim negociado para a guerra. Após países europeus incluírem emendas no texto, os próprios americanos desistiram de apoiá-lo e se abstiveram. Este texto, no entanto, foi aprovado pela maioria dos membros da Assembleia-Geral.

Ao contrário das resoluções aprovadas no Conselho de Segurança, as da Assembleia-Geral têm caráter simbólico e servem como termômetro do sentimento dos países-membros sobre determinado tema. A aproximação entre EUA e Rússia, no entanto, é rara, assim como o afastamento entre europeus e americanos.

Desde que chegou ao cargo, o presidente Donald Trump tem se aproximado de Vladimir Putin e indicado que pretende negociar um fim da Guerra na Ucrânia em termos que beneficiam Moscou. O alinhamento tem preocupado países da Europa Ocidental.

Uma autoridade do Departamento de Estado, falando sob condição de anonimato sobre as negociações, disse que os Estados Unidos apresentariam sua resolução em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, composto por 15 membros, na segunda-feira, e vetariam quaisquer emendas.

"Embora nossos parceiros no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral queiram debater toda a situação agora, estamos muito mais concentrados em levar as partes à mesa de negociações para que o próximo passo possa ser dado", disse o funcionário.

Richard Gowan, especialista em ONU do International Crisis Group, disse que a divisão entre os Estados Unidos e a Europa marcou "a maior divisão entre as potências ocidentais na ONU desde a Guerra do Iraque - e provavelmente ainda mais fundamental". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente da França, Emmanuel Macron, na Casa Branca, nesta segunda-feira, e disse que o país está "muito perto" de alcançar um acordo de paz para a guerra entre Ucrânia e Rússia. Na ocasião, o republicano afirmou que países europeus estarão envolvidos nas negociações para o conflito.

"Meu trabalho é fazer com que a guerra seja resolvida", defendeu Trump, que disse que a Europa garantirá a segurança dos ucranianos. "Ainda não sei quando encontrarei Putin, mas isso vai acontecer", ressaltou o líder americano ao falar sobre uma visita à Moscou "quando for apropriado".

Macron disse que os dois países têm o mesmo objetivo, que é alcançar a paz do conflito no Leste da Europa e que os ativos congelados da Rússia farão parte das negociações. "O envolvimento dos EUA através de um acordo sobre minerais críticos é algo positivo", disse ao mencionar que "tudo está na mesa".

Trump ressaltou que os Estados Unidos e a França possuem "uma relação especial" e indicou que pretende mantê-la. Ao ser questionado sobre tarifas recíprocas, ele disse que é como "uma troca". "Quem nos taxa, será taxado", explicou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda, 24, que as conversas sobre paz na Ucrânia "estão indo bem", em publicação na Truth Social, após o término da reunião do G7. O encontro marcou o aniversário de três anos da invasão da Rússia em território ucraniano.

"Todos expressaram o desejo de ver a guerra terminar e enfatizei a importância vital do acordo de minerais críticos e terras raras entre EUA e Ucrânia, que esperamos que seja assinado em breve!", escreveu o republicano. Segundo ele, o acordo garantirá que os EUA recuperem "bilhões de dólares e equipamento militar" enviado para a Ucrânia, enquanto também contribuí para o crescimento da economia ucraniana.

O presidente americano também comentou que está em "discussões sérias" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o término da guerra e sobre o desenvolvimento de "grandes transações econômicas" bilaterais com os Estados Unidos.

Trump participou da reunião do G7 ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, no Salão Oval da Casa Branca. Os líderes se reuniram novamente nesta tarde para uma reunião bilateral, que será seguida por coletiva de imprensa conjunta.

Reino Unido

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que o G7 deve estar pronto para "assumir mais riscos" na guerra entre Ucrânia e Rússia, o que sanções contra gigantes do petróleo da Rússia. Em discurso realizado nesta segunda-feira, ele ressaltou a importância de aumentar a pressão econômica, para que o presidente russo, Vladimir Putin, "faça concessões".

"Hoje estamos anunciando o maior pacote de sanções do Reino Unido desde os primeiros dias da guerra. Estamos indo atrás da frota fantasma da Rússia e das empresas na China e em outros lugares que estão enviando componentes militares", disse.

Starmer defendeu uma "força coletiva para o esforço de paz" e disse que é preciso "acertar os fundamentos" criados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Se quisermos que a paz dure, a Ucrânia deve ter um assento à mesa. Um apoio dos EUA será vital para impedir a Rússia de lançar outra invasão em apenas alguns anos", explicou.