Lula volta a Brasília para fechar montagem do governo

Política
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A seis dias da posse e com 16 ministros a anunciar, o presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta nesta segunda-feira, 26, a Brasília para finalizar a montagem de seu governo. A prioridade do petista será negociar o futuro da senadora Simone Tebet (MDB-MS) e definir o comando do Ministério do Planejamento, o único da área econômica ainda em aberto.

Após entregar o Desenvolvimento Social para o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), o plano de Lula era emplacar Simone Tebet no Ministério do Meio Ambiente e a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-AP) na Autoridade Climática, que poderia ter status de ministério. Ter Marina à frente do órgão foi a condição estabelecida por Simone para topar o acerto, que no meio petista era visto como encaminhado.

Em reunião na última sexta-feira, 23, Marina Silva, contudo, disse a Lula que a Autoridade Climática deveria ficar nas mãos de alguém técnico, não de um político. A argumentação obstruiu o acordo vislumbrado pelo presidente eleito, que, assim, decidiu convidá-la para o Ministério do Meio Ambiente, surpreendendo até mesmo aliados próximos.

Simone Tebet, agora, pode assumir o Ministério do Planejamento ou o Ministério das Cidades. Mas há empecilhos nos dois cargos. No primeiro caso, a própria senadora já sinalizou a Lula que tem diferenças com o PT na área econômica e poderia entrar em embates com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a futura ministra da Gestão, Esther Dweck.

Já na pasta das Cidades, a resistência se dá dentro do MDB, que gostaria de emplacar uma indicação da bancada da Câmara, como o deputado federal José Priante (PA) ou o deputado federal Isnaldo Bulhões (PA). Corre por fora, ainda, Jader Filho PA), filho do senador Jader Barbalho (MDB-PA) e do governador reeleito do Pará, Helder Barbalho. A possibilidade de Tebet ficar de fora do governo eleito não está descartada.

Além de Planejamento, Meio Ambiente e Cidades, Lula também precisa anunciar os ministros das seguintes pastas: Agricultura Familiar, Comunicações, Esportes, Gabinete de Segurança Institucional, Integração Nacional, Minas e Energia, Pesca, Povos Indígenas, Previdência, Secretaria de Comunicação Social e Transportes.

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O secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, disse nesta terça, 11, que a Ucrânia deu um passo positivo ao aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto pelos americanos e espera que os russos retribuam. "A bola agora está no campo da Rússia em relação à paz na Ucrânia".

Rubio declarou à jornalistas que o único jeito de sair da guerra é com uma negociação e que o cessar-fogo "é um início para as discussões de como acabar com a guerra de forma permanente".

Em coletivo junto ao secretário de Estado, o assessor de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, afirmou que irá falar com seu homólogo russo nos próximos dia.

Sobre prazos para assinatura de um acordo, Waltz e Rubio disseram que querem realizá-lo o mais cedo possível.

O Hamas anunciou nesta terça-feira, 11, o início das negociações com Israel e um representante dos Estados Unidos para a segunda fase de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. "Esperamos que esta rodada traga avanços significativos para o início da próxima fase das negociações, pavimentando o caminho para o fim da agressão, a retirada da ocupação de Gaza e a conclusão de um acordo de troca de prisioneiros", afirmou o grupo.

O Hamas também declarou que o governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, é responsável "politicamente, legalmente, humanitariamente e moralmente" pelo apoio irrestrito ao governo de ocupação extremista de Israel, que, segundo o grupo, comete crimes de assassinato e deslocamento forçado contra o povo palestino.

Em um comunicado, o movimento exigiu que a comunidade internacional, junto a organizações humanitárias e de direitos humanos, pressione Israel para interromper as "graves violações" que, segundo o Hamas, podem "ameaçar" a segurança e a estabilidade na região e no mundo.

O primeiro-ministro da província canadense de Ontário, Doug Ford, alertou nesta terça, 11, sobre uma possível "recessão Trump" e afirmou que não "hesitará" em interromper as exportações de energia elétrica para os Estados Unidos, caso o republicano continue a "prejudicar famílias canadenses".

Em entrevista à CNBC, Ford declarou: "Se entrarmos em uma recessão, ela será chamada de recessão Trump". Ao ser questionado sobre a possibilidade de paralisar as exportações de eletricidade, ele acrescentou: "Essa é a última coisa que eu quero fazer. Eu quero enviar mais eletricidade para os EUA, para nossos aliados mais próximos ou nossos melhores vizinhos do mundo. Quero enviar mais eletricidade."

No entanto, Ford destacou que a energia é uma "ferramenta em nosso arsenal" no contexto da guerra comercial promovida por Trump. "À medida que ele Trump continua prejudicando as famílias canadenses, as famílias de Ontário, eu não hesitarei em fazer isso. Essa é a última coisa que eu quero fazer", completou.

As declarações de Ford ocorreram após Trump anunciar uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e alumínio canadenses, elevando a taxa para 50%, em resposta à sobretaxa de 25% imposta por Ontário sobre a eletricidade exportada para os EUA.