Wellington se esquiva sobre Tebet: 'Lula sabe do papel que teve e tem a senadora'

Política
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O futuro ministro do Desenvolvimento Social, senador Wellington Dias (PT-PI), se esquivou de responder sobre o futuro da senadora Simone Tebet (MDB-MS) no governo Lula. Ele desbancou a emedebista na disputa pelo comando da pasta, que abriga o programa Bolsa Família e cifras bilionárias do Orçamento. Tebet terminou em terceiro lugar na corrida presidência e, no segundo turno, apoiou a candidatura petista contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

"O presidente Lula sabe do papel que teve e tem a senadora Simone Tebet, assim com outras lideranças importantes. Ele vai permanecer em Brasília, estará dialogando e tem até terça-feira (para finalizar a escalação dos ministros)", disse logo após ser nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "A decisão (de Simone ser ministra) é certamente desse diálogo e desse entendimento entre o presidente e a senadora. Temos que respeitar", completou.

O engajamento de Tebet na campanha de Lula fez a senadora despontar como favorita a ocupar um cargo chave na composição da Esplanada dos Ministérios. Ela, porém, sofreu resistência do PT, que vetou o seu nome para a pasta do Desenvolvimento Social sob o argumento de que a coordenação do Bolsa Família deveria ficar com um integrante do partido. Como mostrou o Estadão, a presidente petista Gleisi Hoffmann ofereceu à senadora o controle da Agricultura ou do Meio Ambiente, mas Tebet teria declinado.

Agora na pasta cobiçada por Tebet, Dias diz ser necessário reestruturar o programa Bolsa Família, que sofreu alterações no governo Bolsonaro, inclusive passando a se chamar Auxílio Brasil. O futuro ministro disse que a sua pasta será condutora de políticas interministeriais, que também devem dialogar com estados, municípios, setor privado e movimentos sociais.

"Durante esses últimos quatro anos tivemos nove mudanças (no Bolsa Família) e isso causou muita confusão, desarticulação e desestruturação das áreas. A gente quer trabalhar integrado com os estados, os municípios e a sociedade", afirmou.

Combate à fome

Wellington Dias afirmou que a prioridade do Ministério de Desenvolvimento Social será tirar o Brasil novamente do mapa da fome. O País tem ao menos 33 milhões de pessoas sem acesso às três refeições diárias, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Pessan).

"A missão é novamente tirar o Brasil do mapa da fome. Não é simples. Vamos ter que começar de um ponto (baixo). Temos quatro anos para este trabalho, mas também cuidar das pessoas, das famílias e de quem mais precisa com a transferência de renda", disse. O futuro ministro ainda agradeceu aos deputado e senadores por aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que ampliou o teto de gastos no ano que vem para custear, entre outras promessas de Lula, o pagamento de R$ 600 aos beneficiários do Bolsa Família.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.