Eleição no Rio tem prefeito como líder nas pesquisas e alianças em construção; veja os nomes

Política
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Nove pré-candidatos se colocam na disputa para o comando da prefeitura do Rio de Janeiro a seis meses das eleições municipais deste ano. O atual prefeito Eduardo Paes (PSD) lidera as mais recentes pesquisas de intenção de voto sobre a corrida eleitoral e tem recebido acenos públicos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Do outro lado, com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência(Abin).

Sem nomes competitivos, alianças partidárias ainda em construção e um candidato à reeleição em busca do quarto mandato na cadeira do Palácio da Cidade, a corrida pelo comando do Executivo municipal em 2024 ainda terá novos desdobramentos até o dia 15 de agosto, quanto termina o prazo de registro de candidaturas na Justiça Eleitoral.

O diretório do PSOL no Rio definiu que o partido vai apresentar candidatura própria nas eleições para a prefeitura em 2024. O deputado federal Tarcísio Motta é o escolhido do partido e aparece em terceiro lugar nas pesquisas mais recentes.

O atual prefeito conta com o apoio do presidente Lula e de uma base consolidada de partidos no Rio. "Eu avisei que o homem gostava e faria de tudo para ajudar o Rio! Tá aí! Valeu, Lula", escreveu o prefeito, após a capital fluminense ser anunciada como a sede da cúpula do G-20 em 2024.

O embarque do PT no governo municipal foi aprovado pelos diretórios municipal e estadual da legenda. O prefeito fortalece a aliança com o presidente ao se associar ao petista em anúncios de investimentos federais na cidade e em inaugurações de obras.

Deputado federal eleito pelo PL em 2022, Ramagem é ex-delegado da Polícia Federal (PF), função que desempenhou até o começo do mandato de Bolsonaro, em 2019. O vínculo com a família do ex-chefe do Executivo se firmou ainda na campanha de 2018, quando Ramagem foi designado para chefiar a segurança pessoal de Bolsonaro depois da facada que ele levou em Juiz de Fora (MG). No começo de 2019, Ramagem foi nomeado superintendente da PF do Ceará, mas abandonou a carreira policial para ingressar na política. Ele passou um breve período como assessor da Presidência e foi escolhido para chefiar a Abin em junho daquele ano.

O nome de Ramagem ganhou força após o general da reserva Walter Braga Netto, a aposta do ex-presidente para agradar seu eleitorado tradicional na cidade, naufragar, já que ele ficou inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O PSOL definiu que o deputado federal Tarcísio Motta como pré-candidato do partido à prefeitura do Rio. Foi candidato ao governo do Estado em 2014 e 2018, e vereador da capital por dois mandatos, entre 2017 e 2022. Em 2014, alcançou a quinta posição na eleição para o Palácio da Guanabara, com quase 9% dos votos no primeiro turno.

O deputado federal Otoni de Paula (MDB) foi oficializado como pré-candidato à prefeitura do Rio após um encontro entre a cúpula do partido com a presença do presidente nacional, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), e do presidente estadual, Washington Reis.

Apesar das pretensões do deputado, os caciques estaduais da sigla trabalham para que o partido apoie Alexandre Ramagem, o pré-candidato bolsonarista.

O vereador Pedro Duarte (Novo) foi confirmado como pré-candidato do partido à prefeitura. De acordo com o parlamentar, ele e Ramagem disputam uma parte comum do eleitorado de direita no Rio, mas que há uma parcela do apoio de ambas as candidaturas que não é "transferível".

"As discussões sobre a minha candidatura continuam. Estamos debatendo uma alternativa de projeto para a cidade. Há espaço para as candidaturas do campo (da direita)", disse. Questionado se vê uma busca comum de eleitores conservadores entre ele e Ramagem, Duarte confirma, mas pontua uma diferença entre as duas pré-candidaturas: "Há também eleitores que votariam em Ramagem que não votariam em mim, assim como pessoas que nos apoiariam que não votariam nele".

O deputado federal Marcelo Queiroz é o pré-candidato do Progressistas para a disputa da prefeitura do Rio. Ele afirma que tem o apoio do presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (PP-PI). O partido lançou o próprio nome na corrida eleitoral ao mesmo tempo que é cobiçado pelas duas principais campanhas, de Paes e Ramagem.

A deputada estadual Dani Balbi é pré-candidata a prefeitura do Rio pelo PCdoB. Eleita para a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em 2022, com 65.815 votos, é a primeira mulher trans a compor o plenário da Casa. É professora e doutora em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Pré-candidato pelo PSTU, Cyro Garcia é ex-bancário e professor. Ele começou a sua militância na década de 1970. Em 2022, se candidatou ao governo do Rio, e obteve 12.627 votos. Garcia já tentou se eleger outras nove vezes para diferentes cargos, inclusive para prefeito.

Já o Unidade Popular (UP) lançou a pré-candidatura de Juliete Pantoja Alves, militante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Em 2022, ela também foi candidata ao governo do Rio e obteve 27.344 votos.

Confira a lista dos pré-candidatos à prefeitura do Rio

*Alexandre Ramagem (PL), deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

*Cyro Garcia (PSTU), ex-bancário e professor;

*Dani Balbi (PCdoB), deputada estadual;

*Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, candidato à reeleição;

*Juliete Pantoja (UP), militante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB);

*Marcelo Queiroz (PP), deputado federal;

*Otoni de Paula (MDB), deputado federal;

*Pedro Duarte (Novo), vereador do Rio de Janeiro;

*Tarcísio Motta (PSOL), deputado federal.

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O futuro chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, chegou a um acordo para que os Verdes retirem o veto à proposta de flexibilizar as rígidas regras contra o endividamento e aumentar os gastos com defesa. O anúncio ocorre no momento em que o compromisso dos Estados Unidos com a segurança dos aliados europeus é cada vez mais incerto, dada a aproximação entre Donald Trump e Vladimir Putin.

O debate sobre o acordo, que uniu conservadores, sociais democratas e verdes, destacou a urgência de expandir os gastos em defesa. A proposta deve ser levada à votação na Câmara Baixa do Parlamento alemão na próxima terça-feira.

Ignorando décadas de ortodoxia orçamentária, a União Democrata-Cristã, de Friedrich Merz, e o Partido Social Democrata, prováveis aliados no próximo governo propõem flexibilizar o chamado "freio da dívida", que só permite novos empréstimos equivalentes a 0,35% do PIB. O plano é aumentar os gastos com defesa e criar um fundo especial de 500 bilhões de euros (R$ 3,1 trilhão) para renovar a infraestrutura alemã nos próximos 12 anos.

Como concessão aos Verdes, o acordo inclui ainda 100 bilhões de euros (R$ 624 bilhões) do fundo de investimentos para gastos relacionados ao clima - o dobro dos 50 bilhões que estavam previstos. Essenciais para aprovação, eles resistiram ao plano e aumentaram suas demandas nos últimos dias.

Durante o debate parlamentar, na quinta-feira, a bancada criticou Merz por rejeitar repetidamente suas recomendações anteriores de reformar a "freio da dívida" para facilitar investimentos na economia e no combate às mudanças climáticas.

As negociações envolveram a expansão do escopo dos gastos em defesa e a inclusão de dispositivos para garantir que o fundo especial seja usado para novos investimentos e não apenas para financiar projetos já aprovados - preocupação expressada pelos Verdes.

Agora, com aval da bancada ambientalista, Friedrich Merz pode contar com a maioria de dois terços necessária para aprovar as mudanças constitucionais que permitirão o programa de gastos sem precedentes.

O acordo de defesa, declarou Merz , foi "uma mensagem clara para nossos parceiros e amigos, mas também para nossos oponentes, os inimigos da nossa liberdade, de que somos capazes de nos defender e estamos totalmente preparados para isso". E acrescentou: "Não faltarão recursos financeiros para defender a liberdade e a paz em nosso continente".

Vencedor das eleições, Merz negocia a formação do novo governo com o Partido Social Democrata, do chanceler, Olaf Scholz. Mesmo antes de assumir como chefe do governo alemão, o conservador está pressionado a aprovar o plano de defesa no Parlamento atual.

Isso porque os partidos de extrema direita e extrema esquerda terão uma minoria de veto quando a próxima legislatura assumir, em 25 de março.

Os opositores ao aumento do "freio da dívida" para gastos com defesa, como o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha, que emergiu como a segunda maior força da Bundestag nas últimas eleições, afirmam que o debate deveria ocorrer após a posse do novo Parlamento.

A ideia de flexibilizar as regras fiscais para expandir os gastos em defesa foi apresentada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em cúpula convocada às pressas em meio aos sinais de aproximação entre EUA e Rússia. A proposta, aprovada pelos 27 líderes do bloco, prevê a liberação de 800 bilhões de euros para rearmar a Europa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou que o cenário geopolítico atual "pode facilmente levar à Terceira Guerra Mundial", mas garantiu que "estamos em uma boa posição para evitar" a "provável" eclosão do conflito. Para o republicano, uma nova grande guerra seria "como nenhuma outra", devido ao possível uso de armas nucleares.

Em discurso no Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês), Trump destacou as dificuldades para negociar um cessar-fogo na Ucrânia. "Não é fácil" dialogar com a Rússia, afirmou, mas garantiu que "estamos fazendo um bom trabalho com os russos". "Tive ótimas conversas com a Rússia e a Ucrânia hoje. Vamos conversar com Vladimir Putin para fecharmos um acordo de cessar-fogo de uma vez", acrescentou.

O presidente também assegurou que os EUA irão recuperar os recursos enviados à Ucrânia para financiamento militar por meio de futuros acordos, incluindo o de exploração de minerais. Apesar do apoio militar americano, "que fazem os melhores equipamentos militares do mundo", Trump ressaltou que "muitos soldados ucranianos ainda estão em perigo".

O republicano também prometeu manter as tarifas contra México, Canadá e China até que "a entrada de drogas nos EUA seja interrompida". "Não vamos descansar até combater a entrada de fentanil nos EUA", afirmou.

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O Senado norte-americano aprovou definitivamente um projeto de lei que pode aumentar as penalidades para traficantes de fentanil, com 84 votos a favor e 16 contra, todos esses últimos de democratas. A proposta teve forte apoio dos democratas na Câmara, onde muitos estão determinados a combater a distribuição de fentanil após uma eleição em que o presidente dos EUA, Donald Trump, destacou o problema.

Em 2023, quando os republicanos da Câmara aprovaram um projeto de lei semelhante, ele ficou parado no Senado, que era controlado pelos democratas.

Críticos apontam que a proposta repete os erros da "guerra às drogas", que resultou na prisão de milhões de pessoas viciadas, especialmente afro-americanos. Fonte: Dow Jones Newswires.