Senadora diz que Ciro Gomes 'vai responder na Justiça' por ofensas: 'Misoginia e machismo'

Política
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A senadora Janaína Farias (PT-CE), suplente do ministro da Educação, Camilo Santana, disse que vai processar o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). O pedetista disse em entrevista que a parlamentar prestou serviços de "harém" ao ministro, rival político dele no Estado. Para Janaína, fala é "lamentável" e Ciro vai "responder por mais esse absurdo na Justiça". Procurado pelo Estadão, Ciro Gomes não havia se manifestado até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Janaína afirmou ao jornal O Globo que ficou "extremamente indignada" com a entrevista do ex-presidenciável à rede A Notícia do Ceará. Para ela, a punição é necessária para impedir que outros homens se sintam "confortáveis para continuar fazendo esse tipo de ataque às mulheres". A ação na Justiça foi confirmada pela equipe da parlamentar ao Estadão.

A parlamentar disse que "misoginia, machismo e violência política de gênero parecem ser o único aprendizado que ele teve ao longo do tempo", mencionando a carreira política de Ciro. Para ela, a ofensa "violenta" do ex-governador é resultado das "mágoas e derrotas que ele acumula".

No Senado, Janaína teve apoio da bancada feminina, que apresentou um pedido de voto de repúdio a Ciro Gomes. As parlamentares, tanto da esquerda quanto da direita, classificaram a fala como um "desrespeito" e "discriminação de gênero".

O requerimento diz que "casos como este somente reforçam a importância de se trabalhar incansavelmente pela equidade de gênero e pelo respeito mútuo no âmbito político e em todos os setores da sociedade".

A fala do ex-governador em questão se deu no mesmo dia em que Janaína foi empossada após a primeira suplente de Camilo Santana, Augusta Brito (PT-CE), também se afastar do cargo. Ciro afirmou que "até aquele momento, ela só fez serviços particulares para o Camilo. Isso é o 'harém', os eunucos, as meninas do entorno".

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O plano proposto pelo Egito como alternativa à solução desejada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza visa reconstruir a região até 2030 mantendo a população local e a um custo de US$ 53 bilhões.

O documento de 112 páginas descreve um plano faseado, sendo a primeira etapa o início da remoção de munições não detonadas e a limpeza de mais de 50 milhões de toneladas de escombros deixados pelos bombardeios e ofensivas militares de Israel. Líderes do Oriente Médio estão reunidos no Cairo (Egito) para estabelecer o contraponto a Trump, que planeja a despovoação de Gaza para transformá-la em destino de praia.

Segundo o plano egípcio, centenas de milhares de unidades habitacionais temporárias seriam instaladas em Gaza e a população poderia viver enquanto a reconstrução acontece. Os escombros seriam reciclados e parte deles seria usada como preenchimento para criar terras expandidas na costa mediterrânea de Gaza.

Nos anos seguintes, o plano prevê a remodelação completa da faixa, construindo moradias e áreas urbanas "sustentáveis, verdes e caminháveis", com energia renovável. A ideia é renovar terras agrícolas, criar zonas industriais e, também, áreas amplas de parques.

Infraestrutura

O plano também prevê a abertura de um aeroporto, um porto de pesca, e um porto comercial.

De fato, o acordo de paz de Oslo, da década de 1990, já exigia a abertura de um aeroporto e um porto comercial em Gaza. Esses projetos murcharam quando o processo de paz entrou em colapso.

A cúpula organizada pelo presidente egípcio, Abdel-Fattah El-Sissi, teria incluído líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, cujo apoio é essencial para qualquer plano pós-guerra. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, chefe da autoridade apoiada pelo Ocidente e oponente do Hamas, participou.

Comando

O Hamas cederia o poder a uma administração interina de políticos independentes até que uma Autoridade Palestina reformada pudesse assumir o controle.

De sua parte, Israel descartou qualquer atuação da Autoridade Palestina em Gaza e, junto com os Estados Unidos, exigiu o desarmamento do Hamas. O Hamas, que não aceita a existência de Israel, disse que está disposto a ceder o poder em Gaza a outros palestinos, mas não desistirá de suas armas até que haja um Estado Palestino. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.