Saiba quem vai e quem avisou que não irá ao ato de Bolsonaro no dia 21 no Rio

Política
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Atendendo ao novo chamado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a família dele, governadores, parlamentares e outros aliados políticos confirmaram presença na manifestação marcada para domingo, 21, na praia de Copacabana, no Rio. Os bolsonaristas vão se reunir a partir das 10h, no cruzamento da Avenida Atlântica com a Rua Bolívar, trecho que já fica bloqueado para carros aos domingos e feriados.

É a segunda ocasião em que Bolsonaro convoca sua base de apoio para um ato de rua após virar alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga o suposto envolvimento dele e de aliados em tentativa de golpe de Estado. Em fevereiro, Bolsonaro reuniu milhares de apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, quando se defendeu das acusações, dizendo que é alvo de "perseguição", e pediu anistia aos envolvidos nos ataques golpistas do 8 de Janeiro.

Três dos quatro filhos políticos do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) estarão presentes, assim como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que em São Paulo falou ao público por 15 minutos.

Além da família, integrantes do "núcleo duro" bolsonarista, como os deputados federais Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato à prefeitura do Rio, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Marco Feliciano (PL-SP), Caroline de Toni (PL-SC) e Bia Kicis (PL-DF) também estarão no palanque, assim como Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro.

A lista de confirmados compilada pelos organizadores do evento soma nove senadores, incluindo Flávio, filho "01" do ex-presidente, e 42 deputados federais, contando com Eduardo Bolsonaro. Veja abaixo os nomes.

Também são esperados três governadores e uma vice: o anfitrião Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).

O clã Bolsonaro só não estará completo porque Jair Renan (PL-SC), pré-candidato a vereador em Balneário Camboriú, não deve ir ao ato. Ele virou réu em março, acusado pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Jorge Seif (PL-SC), senador para quem Jair Renan faz assessoria parlamentar, irá ao evento.

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), que já não esteve presente no ato da Paulista em fevereiro, confirmou ao Estadão que vai faltar novamente, o mesmo caso da senadora Tereza Cristina (PP-MS). O governador alegou que estará em trânsito para agenda segunda-feira, 22, em Brasília, enquanto a senadora disse que já tinha compromissos familiares marcados.

Outros dois governadores não devem comparecer. Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, confirmou nesta sexta-feira, 19, que estará ausente. Questionado, não explicou o motivo. O governador Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, participará de solenidade tradicional no Estado no feriado de Tiradentes, no mesmo dia da manifestação.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também deve desfalcar o ato. A parlamentar, que ficou no trio elétrico de apoio em São Paulo e não discursou, disse ao Estadão que rompeu o ligamento do tornozelo e, por isso, não vai ao Rio.

Veja quem confirmou presença:

- Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador;

- Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal;

- Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador do Rio;

- Michelle Bolsonaro (PL), presidente do PL Mulher e ex-primeira-dama;

- Cláudio Castro (PL), governador do Rio;

- Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina;

- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo;

- Carlos Portinho (PL-RJ), senador;

- Hiran Gonçalves (PP-RR), senador;

- Izalci Lucas (PL-DF), senador;

- Jorge Seif (PL-SC), senador;

- Magno Malta (PL-ES), senador;

- Marcos Rogério (PL-RO), senador;

-Rogério Marinho (PL-RN), senador e ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro;

- Wilder Moraes (PL-GO), senador;

- Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro;

- Abílio Brunini (PL-MT), deputado federal;

- Altineu Côrtes (PL-RJ), deputado federal;

- Amália Barros (PL-MT), deputada federal;

- André Fernandes (PL-CE), deputado federal;

- Bia Kicis (PL-DF), deputada federal;

- Cabo Gilberto Silva (PL-PB), deputado federal;

- Capitão Alberto Neto (PL-AM), deputado federal;

- Carlos Jordy (PL-RJ), deputado federal;

- Caroline de Toni (PL-SC), deputada federal;

- Chris Tonietto (PL-RJ), deputada federal;

- Coronel Chrisóstomo (PL-RO), deputado federal;

- Coronel Meira (PL-PE), deputado federal;

- Daniel Freitas (PL-SC), deputado federal;

- Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), deputado federal;

- Daniela Reinehr (PL-SC), deputada federal;

- Dr. Allan Garcês (PP-MA), deputado federal;

- Dr. Frederico (PRD-MG), deputado federal;

- Dr. Jaziel (PL-CE), deputado federal;

- Evair de Melo (PP-ES), deputado federal;

- Fernando Máximo (União-RO), deputado federal;

- General Pazuello (PL-RJ), deputado federal e ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro;

- Gustavo Gayer (PL-GO), deputado federal;

- Helio Lopes (PL-RJ), deputado federal;

- José Medeiros (PL-MT), deputado federal;

- Júlia Zanatta (PL-SC), deputada federal;

- Luciano Galego (PL-MA), deputado federal;

- Luiz Lima (PL-RJ), deputado federal;

- Marco Feliciano (PL-SP), deputado federal;

- Mariana Carvalho (Republicanos-MA), deputada federal fora de exercício;

- Mário Frias (PL-SP), deputado federal;

- Maurício do Vôlei (PL-MG), deputado federal;

- Messias Donato (Republicanos-ES), deputado federal;

- Nicoletti (União-RR), deputado federal;

- Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal;

- Sílvia Waiãpi (PL-AP), deputada federal;

- Silvio Antônio (PL-MA), deputado federal;

- Soraya Santos (PL-RJ), deputada federal;

- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deputado federal;

- Rosana Valle (PL-SP), deputada federal;

- Zucco (PL-RS), deputado federal;

- Silas Malafaia, pastor.

Veja quem afirmou que não comparecerá:

- Jair Renan (PL-SC), pré-candidato a vereador por Balneário Camboriú;

- Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais;

- Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás;

- Gladson Cameli (PP), governador do Acre;

- Tereza Cristina (PP-MS), senadora;

- Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal.

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Oficiais militares de mais de 30 países participarão das negociações em Paris sobre a criação de uma força internacional de segurança para a Ucrânia, informou um oficial militar francês. O objetivo dessa força será dissuadir a Rússia de lançar uma nova ofensiva após a implementação de um cessar-fogo na Ucrânia.

A lista de participantes nas reuniões da terça-feira, 11, ainda deve contar com países da Ásia e da Oceania, que participarão remotamente. A diversidade internacional da reunião reflete o alcance com que a França e o Reino Unido, que estão colaborando nos planos para a força, estão buscando formar uma coalizão de nações "capazes e dispostas", como descreveu o oficial francês, para ajudar a proteger a Ucrânia em caso de um cessar-fogo.

A força proposta pelos dois países poderia incluir armamentos pesados e estoques de armas que poderiam ser enviados rapidamente, em questão de horas ou dias, para reforçar a defesa da Ucrânia caso um ataque russo quebre qualquer trégua, explicou o oficial. O plano franco-britânico será apresentado aos oficiais militares de mais de 30 países na primeira parte das discussões de amanhã, acrescentou.

A segunda parte das negociações será dedicada a discussões "mais precisas e concretas", nas quais os participantes serão convidados a explicar se e como suas forças militares poderiam contribuir. "Não é, 'isso é o que precisamos'. É mais, 'o que você pode trazer para a mesa?'", afirmou o oficial. Ele também destacou que a decisão final sobre a participação dos países na força será tomada em nível político, pelos líderes dos governos.

Croácia e Montenegro, que foram convidados, não responderam e estarão ausentes. Os Estados Unidos não foram convidados, pois as nações europeias desejam demonstrar que podem assumir a responsabilidade por grande parte da estrutura de segurança pós-cessar-fogo para a Ucrânia. Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul acompanharão as negociações remotamente.

Os Verdes da Alemanha, cujo apoio é essencial para os planos do próximo governo de flexibilizar as regras fiscais para gastos com defesa e criar um fundo de infraestrutura, anunciaram que não apoiarão o pacote nas condições atuais.

O líder da União Democrática Cristã (CDU) e provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, está tentando formar uma coalizão com os Social-Democratas de centro-esquerda, liderados pelo chanceler Olaf Scholz, que deixa o cargo. Na semana passada, as duas partes anunciaram a intenção de isentar alguns gastos com defesa das restritas regras fiscais do país, uma medida cada vez mais urgente devido às dúvidas sobre o compromisso dos EUA com seus aliados europeus.

Além disso, o governo planeja criar um fundo de 500 bilhões de euros, financiado por empréstimos, para investir na infraestrutura deteriorada da Alemanha nos próximos 10 anos e impulsionar o crescimento econômico.

Porém, como a "freio da dívida" da Alemanha está ancorada na constituição, os planos exigem uma maioria de dois terços no parlamento. O governo tenta aprovar os projetos no parlamento atual, antes da nova composição, pois partidos que são contra as propostas têm mais de um terço das cadeiras na nova Câmara.

Como a União de Merz e os Social-Democratas não têm votos suficientes, dependem do apoio dos Verdes. A co-líder dos Verdes, Katharina Dröge, afirmou que o grupo rejeitará a proposta, destacando que o partido busca uma reforma do "freio da dívida" para permitir mais investimentos na economia e no combate às mudanças climáticas, algo que Merz havia descartado antes da eleição.

Dröge também criticou o fundo de infraestrutura, dizendo que ele serviria mais como um "cofre do tesouro" para cortes de impostos do que para investimentos úteis.

Em resposta, Carsten Linnemann, secretário-geral da União Democrata Cristã, afirmou que conversas com os Verdes serão realizadas, e "então veremos até onde conseguimos chegar". Seu partido também conversará com os liberais do Partido Democrático Livre, que têm se oposto ao aumento do endividamento.

A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) elegeu nesta segunda-feira, dia 10, por aclamação o chanceler do Suriname, Albert Ramdin, como próximo secretário-geral por cinco anos.

A delegação da Dominica sugeriu aclamação, pelo fato de existir apenas um candidato, e recebeu o apoio do Peru. Ramdin foi eleito imediatamente com uma salva de palmas.

Com isso, a OEA saiu da raia de um secretário-geral alinhado a Washington após dez anos. Ramdin vai substitui o uruguaio Luis Almagro.

Embora tenha sido chanceler do ex-presidente Pepe Mujica (Frente Ampla) e patrocinado por ele, Almagro passou ser visto pelos líderes de esquerda da região como um secretário enviesado e adversário de governos como Bolívia, Nicarágua e Venezuela e outros.

Os ditadores da Nicarágua, Daniel Ortega, e da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciaram nos últimos anos, respectivamente em 2022 e 2017 (durante a gestão de Almagro), que deixariam a OEA. Eles acusaram Almagro de interferência em assuntos internos após crises político-eleitorais.

A eleição ocorreu depois de um movimento em bloco de apoio a Ramdin, liderado pelo Brasil e países de governos de esquerda, que levou à renúncia do candidato trumpista, o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano.

Como mostrou o Estadão, a diplomacia brasileira anteviu o risco de que Trump pudesse instrumentalizar politicamente a OEA. A impressão era que o paraguaio havia se movimentado para receber o apoio formal dos Estados Unidos, com gestos pró-agenda Trump vindos de Assunção e fotos com o próprio Trump e o bilionário Elon Musk.

A ideia de que ele pudesse servir como uma correia de transmissão da agenda conservadora do republicano, além da política de tarifaço contra países aliados e vizinhos, como México e Canadá, e a deportação em massa de imigrantes azedaram o clima para Trump, fez com que se formasse uma espécie de cordão sanitário na OEA.

A eleição foi um primeiro embate hemisférico entre Trump e governos de esquerda da América Latina, que envolveu nos bastidores um jantar oferecido por Lula a presidentes de esquerda em um palácio da embaixada brasileira em Montevidéu e ainda telefonemas do presidente chileno Gabriel Boric para formar uma aliança.