Padilha nega crise com Lira: Dificuldades estão 'absolutamente superadas'

Política
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Depois de entrar em conflito direto com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, nega haver crise e que a dificuldade de relação e diálogo está "absolutamente superada".

Em tom conciliatório, Padilha diz que haverá uma dupla entre governo federal e Congresso Nacional este ano e que ele está aberto a conversar com parlamentares da base ou da oposição.

"Não tem crise. Qualquer dificuldade de relação, diálogo, está absolutamente superada", diz Padilha, em entrevista à GloboNews.

Há duas semanas, Lira chamou Padilha de "desafeto pessoal" e "incompetente". O ministro disse que não se rebaixaria para responder. Nas redes sociais, Padilha publicou um vídeo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiando o trabalho.

Agora, Padilha mostra-se aberto para conversar com lideranças do Congresso. "Meu gabinete está aberto, minha disposição, aberta, meu celular funciona 24 horas por dia. Estou sempre à disposição de qualquer diálogo, conversa, seja com líderes da base ou da oposição", afirma.

Como mostrou o Estadão, Lula fez uma reunião de emergência com ministros e líderes do governo nesta sexta-feira, 19, e afirmou que fará encontros separadamente, com Lira e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

À GloboNews, Padilha reforça o interesse do governo em manter proximidade ao Congresso, que assegurou, entre outros momentos, a aprovação da reforma tributária, pauta principal do governo Lula no ano passado. "Vamos repetir neste ano o sucesso da dupla governo federal e Congresso Nacional, que trouxe tantos ganhos para o País", diz.

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O Exército dos EUA confirmou nesta sexta-feira, 2, que haverá um desfile militar no aniversário do presidente Donald Trump em junho, como parte das comemorações do 250º aniversário do serviço.

Os planos para o desfile, conforme detalhado pela primeira vez pela The Associated Press na quinta-feira, preveem que cerca de 6.600 soldados marchem de Arlington, Virgínia, até o National Mall, juntamente com 150 veículos e 50 helicópteros. Até recentemente, os planos do festival de aniversário do Exército não incluíam um desfile maciço, que, segundo as autoridades, custará dezenas de milhões de dólares.

Trump há muito tempo deseja um desfile militar, e as discussões com o Pentágono sobre sua realização - em conjunto com o aniversário presidencial - começaram há menos de dois meses.

O desfile ocorre no momento em que o republicano e seu Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), dirigido por Elon Musk, cortaram departamentos, pessoal e programas do governo federal para economizar custos.

Na tarde de hoje, as autoridades do Exército comentaram que prosseguirão com o desfile, mas que ainda não há uma estimativa de custo.

Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.