Lula diz que fará um balanço das políticas do governo e entregará a todos os parlamentares

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo fará um balanço das ações feitas pela gestão federal até o momento e entregará aos deputados e senadores, sejam eles da base ou da oposição. De acordo com o petista, os congressistas podem continuar "acreditando no que quiserem", mas têm a obrigação de saber o que acontece no País.

"Mandei preparar tudo o que nós fizemos em 14 meses e vou distribuir para cada deputado na Câmara dos Deputados, e para cada senador. Todos eles vão receber. Quem é do governo, quem não é do governo, quem fala mal, quem fala bem, todos eles", declarou Lula em cerimônia de inauguração da planta de produção de insulina da Biomm nesta sexta-feira, 26, em Nova Lima (MG). "E eles congressistas têm que saber o seguinte: podem continuar acreditando no que quiserem, mas tem obrigação de saber o que está acontecendo no País deles."

Na avaliação de Lula, ser presidente da República "não é difícil, é só você fazer o óbvio". "Aquilo que você diz que sabe fazer antes da campanha, aquilo que você diz que vai fazer quando está em campanhas, tem que colocar em prática", pontuou. A declaração, porém, expõe contradição à avaliação do ex-presidente Jair Bolsonaro que, em diversas oportunidades, falou sobre as dificuldades do cargo.

No discurso, o chefe do Executivo teceu elogios ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dias após ter cobrado o ministro a conversar mais com o Congresso Nacional. Lula enalteceu o trabalho de Haddad na elaboração do programa Desenrola, de negociação de dívidas, e do programa Acredita, de crédito, lançado nesta semana pela gestão federal.

Segundo Lula, Haddad deverá ganhar dois prêmios Nobel de Economia para elaboração de ambos os programas. "Quem disputa o Prêmio Nobel de Economia já está devendo dois prêmios a você. Você não foi indicado ainda, mas quem sabe, eles indicam um dia", disse o presidente.

Em outra categoria

Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.