Rodrigo Amorim é lançado pré-candidato no Rio, e irmão do deputado declara apoio a Ramagem

Política
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Logo após o União Brasil anunciar que o deputado estadual do Rio de Janeiro Rodrigo Amorim vai disputar a prefeitura do Rio pela legenda, o irmão dele, vereador Rogério Amorim (PL), fez uma publicação chamando o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato do Partido Liberal que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de "futuro prefeito".

O apoio ao ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi feito por Rogério em publicação no Instagram nesta quinta-feira, 25. Sem mencionar a pré-candidatura do irmão, o vereador compartilhou uma foto ao lado de Ramagem, do deputado estadual Anderson Moraes (PL-RJ), do também vereador Marcos Braz (PL-RJ) e do líder municipal do PL, Bruno Bonetti.

Na legenda, Rogério disse que o registro foi feito durante visita do "nosso pré-candidato e futuro prefeito do Rio, deputado Ramagem", a convite de Braz, e afirmou que, "sem sombra de dúvidas", estão "no caminho certo".

Rodrigo, também aliado e apoiador de Bolsonaro, disse que Ramagem é um "amigo" e que reconhece tudo o que o deputado federal "fez pelo Rio", em entrevista concedida ao site do jornalista Eduardo Tchao, nesta quinta. O pré-candidato pelo União ainda afirmou que os dois "estão do mesmo lado, contra Eduardo Paes", atual prefeito da cidade e pré-candidato à reeleição. Para o deputado, o chefe do Executivo municipal representa "um projeto da esquerda" por ter o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ainda de acordo com o pré-candidato do União Brasil, Paes tentou buscar o apoio da legenda, mas o partido foi "firme" e optou por disputar a prefeitura com um representante próprio. Rodrigo ainda disse que o objetivo é estabelecer uma "frente de centro-direita", composta também pelo deputado federal Marcelo Queiroz (RJ), pré-candidato pelo PP, contra o projeto "de esquerda" do atual prefeito.

Concordando com uma publicação no X (antigo Twitter) de uma usuária que afirma que o importante é afastar a prefeitura "das garras" de Paes, Rodrigo declarou que a esquerda "quer desunir" os pré-candidatos aliados do ex-presidente. "Não entrem em conversa de lobo em pele de cordeiro, a esquerda só quer nos desunir", escreveu o deputado estadual.

De acordo com pesquisa eleitoral AtlasIntel/CNN Brasil divulgada nesta quarta-feira, 24, Paes lidera a disputa pela prefeitura com 42,6% das intenções de voto, enquanto Ramagem aparece em segundo lugar com 31,2%.

Sobre o apoio do irmão a Ramagem, Rodrigo disse que é normal Rogério apoiar o candidato do próprio partido, mas reafirmou que o mais importante é "não caminhar com Eduardo Paes".

No último domingo, 21, os irmãos Amorim compareceram juntos ao ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em Copacabana. De acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP), a manifestação reuniu 32.750 pessoas. O evento no Rio foi marcado por elogios ao dono do X e da Tesla, Elon Musk, acusações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e críticas ao governo Lula e ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que gostaria que houvesse um acordo direto para o fim da guerra da Ucrânia, mas não descartou a possibilidade de haver um cessar-fogo no momento.

Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi recebido nesta segunda-feira na Casa Branca.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que um acordo sobre os minerais ucranianos pode ajudar a garantir a soberania da Ucrânia. "Avançamos em passos significativos em nosso encontro. Conversamos sobre desejo de paz duradoura", afirmou Macron, em entrevista coletiva ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o recebeu nesta segunda-feira, 24, na Casa Branca após o republicano abrir espaço em sua agenda para o encontro.

Reiterando que compartilha do desejo de paz duradoura, Macron ressalvou que a paz não pode significar a rendição da Ucrânia. "Ninguém quer viver em um mundo em que os fortes podem violar fronteiras".

"Precisamos garantir paz para a Ucrânia e toda a região", afirmou, Macron. "Europa está comprometida com a paz duradoura. Europeus estão dispostos a fazer mais e ir mais longe", completou.