Paulo Pimenta diz que tem relação harmônica e de respeito com o governador e prefeitos do RS

Política
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O secretário extraordinário para a reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), disse que mantém uma relação respeitosa e harmônica com o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) e os prefeitos do Estado. E revelou que votou no governador gaúcho no 2º turno das eleições gerais de 2022.

"Minha relação é uma relação - e vocês podem perguntar para qualquer secretário do governo do Estado - fraterna, institucional e harmônica", disse Pimenta, criticando as especulações de que estaria buscando colher "dividendos políticos individuais" em cima da tragédia. "Então essa é a régua deles", emendou, em entrevista concedida nesta sexta-feira, 17, à CNN Brasil.

Ao ser questionado se havia alinhamento entre ele e Leite, Pimenta pontuou que votou no tucano no 2º turno. "Eu votei nele para governador. Eu era o presidente do PT no Rio Grande do Sul, na época, e foi exatamente o nosso apoio que deu uma vitória a ele no segundo turno", disse, destacando ainda que tem uma "relação muito tranquila" com o governador gaúcho.

As declarações de Pimenta ocorrem após o governo do Rio Grande do Sul receber com preocupação o seu nome como a autoridade federal que coordenará as ações de reconstrução dos municípios, conforme apurado pelo Broadcast Político. Na avaliação da gestão estadual, o presidente Lula estaria apostando na figura política de Pimenta para capitalizar o seu nome na disputa majoritária no Estado, nas eleições 2026.

Há uma preocupação sobre como será a articulação entre Pimenta e Leite, uma vez que, segundo relatos, ainda não foi detalhada quais as funções que o ex-ministro da Secom terá como autoridade federal no Estado. Na quarta-feira, 15, Leite afirmou à imprensa que não havia sido comunicado nem consultado sobre a decisão de Lula de nomear Pimenta.

A indicação de Pimenta pelo governo federal indica a divergência entre as gestões Lula e Leite, que está presente desde o início do terceiro mandato do petista. Apesar de estar sendo exigido um trabalho conjunto entre ambos diante da tragédia no Rio Grande do Sul, a avaliação do entorno dos dois é que isso não deverá representar uma aproximação entre os políticos. Com a indicação de Pimenta, tal alinhamento se tornou ainda mais improvável.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".