Toffoli não vê 'abuso de poder' e mantém preso vereador ligado a grupo do PCC

Política
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli negou libertar o vereador de Ferraz de Vasconcelos Flávio Batista de Souza, o Inha, que foi alvo da Operação Muditia - investigação sobre um esquema de fraudes de mais de R$ 200 milhões em licitações de prefeituras e câmaras municipais de São Paulo sob influência do PCC.

Toffolli disse não ver 'teratologia (anormalidade), flagrante ilegalidade ou abuso de poder' para que ele concedesse a ordem, como solicitado pela defesa de Inha.

Os advogados do vereador questionam, no Supremo Tribunal Federal, uma decisão monocrática do Superior Tribunal de Justiça que negou converter a prisão preventiva de Inha em medida cautelar alternativa ou até mesmo colocá-lo em domiciliar.

O vereador de Ferraz foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo sob suspeita de receber propinas da quadrilha ligada ao PCC. Como mostrou o Estadão, mensagens interceptadas no celular do pagodeiro Latrell Britto, apontado como cabeça do esquema, mostram tratativas com Inha. Além disso, em uma das mensagens, o empresário diz a sua secretária: "Separa R$ 17 mil pro Inha", o que foi visto pela Promotoria como um indício claro de corrupção.

Toffolli assinalou que a jurisprudência do STF não permite a análise de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática do STJ. A medida só poderia ser deferida caso o ministro vislumbrasse alguma ilegalidade patente no caso, o que não ocorreu.

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O chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, publicou em sua conta no X uma enquete perguntando: "Todos os funcionários federais deveriam ser obrigados a enviar um e-mail curto com alguns pontos básicos sobre o que realizaram na semana passada?".

A enquete é uma referência ao e-mail enviado por Musk para os funcionários federais pedindo esclarecimentos sobre suas rotinas de trabalho na última semana.

Há pouco, a resposta sim tinha 84% dos votos, já o não tinha 16%. Ao todo, em 20 minutos a postagem recebeu mais 128 mil votos.

Elon Musk chamou a agência de notícias Reuters de mentirosa por conta de uma informação de que os Estados Unidos estariam ameaçando cortar o acesso da Ucrânia à rede da Starlink, empresa de Musk, caso o país não aceitasse o acordo dos minerais.

A notícia foi publicada no X pelo portal The Kyiv Independent. O empresário e agora também chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, respondeu à postagem dizendo "isso é falso, a Reuters está mentindo, ela só fica atrás da AP (Associated Propaganda) (SIC) como jornalismo mentiroso", fazendo referência também à agência Associated Press (AP).

A família de Shiri Bibas confirmou neste sábado, 22, que o corpo da refém foi devolvido a Israel após um erro do grupo terrorista Hamas, que havia entregue restos mortais de outra pessoa como sendo da mulher.

A transferência de novos restos mortais humanos de Gaza para Israel foi anunciada pela Cruz Vermelha na noite de sexta-feira, 21, embora sem especificar a quem pertenciam. Horas depois, a família Bibas confirmou em comunicado que o corpo entregue desta vez era de Shiri.

"Após o processo de identificação no Instituto Médico Legal, recebemos esta manhã a notícia que mais temíamos. Nossa Shiri foi morta em cativeiro e agora voltou para casa para seus filhos, marido, irmã e toda a sua família para descansar", disse o comunicado da família.

Inicialmente, autoridades israelenses alegaram que nenhum dos quatro corpos entregues pelo grupo terrorista na semana passada correspondia ao da refém. O Hamas admitiu o erro mais tarde.

Shiri Bibas e seus filhos Ariel e Kfir, de 4 anos e de 9 meses, respectivamente, tornaram-se símbolos da causa dos reféns levados pelo Hamas durante seu ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra.

O marido de Shiri, Yarden, também foi sequestrado, mas libertado este mês, e seus pais, o argentino Yossi Silberman e sua mulher Margit, foram mortos no kibbutz de Nir Oz, onde todos moravam.

Chen Kugel, chefe do Instituto Nacional de Medicina Forense, disse que não encontrou evidências de que Bibas e seus filhos foram mortos em um bombardeio como sugeriu o Hamas, mas não deu uma causa. O grupo terrorista chegou a comunicar que a mãe e os filhos Bibas tinham morrido em um bombardeio israelense e seus restos mortais foram confundidos por estarem em meio aos escombros.

Israel, no entanto, disse que Shiri e seus filhos foram "brutalmente assassinados". O Hamas negou as alegações de que era responsável pelas mortes das crianças, chamando-as de mentiras destinadas a justificar ações militares israelenses em Gaza.

Mais tarde, a família disse em um novo comunicado que não havia recebido detalhes de fontes oficiais sobre as circunstâncias das mortes. "A família pede que não sejam adicionados mais detalhes ao fato de que Shiri e as crianças foram assassinados por seus sequestradores", disse a nota. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.