Oposição reúne as 27 assinaturas para abrir 'CPI da covid' no Senado

Política
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) conseguiu obter 30 assinaturas para a abertura da CPI da Covid-19, que deve apurar a atuação do Governo Federal à frente da crise da pandemia do novo coronavírus. O documento, que propõe a abertura do procedimento, afirma que a gestão de Jair Bolsonaro foi "omissa" em relação ao colapso da Saúde no Amazonas e destacou a ação do Poder Executivo para impedir que fossem adotadas as medidas de isolamento social nos Estados.

Rodrigues também ressalta no documento o posicionamento controverso do presidente da República em relação à campanha de vacinação. "Enquanto cientistas do Brasil e do mundo se dedicaram na busca por vacinas que nos ajudassem a superar a Covid-19 e a, finalmente, retomar a vida econômica e social, mais uma vez o Governo Federal optou por ser um obstáculo", escreveu. "Com o recrudescimento da Covid-19 em dezembro de 2020 e janeiro de 2021, as omissões e ações erráticas do Governo Federal não podem mais passar incólumes ao devido controle do Poder Legislativo", concluiu.

Para ser instaurada uma CPI no Senado são necessárias 27 assinaturas, o que corresponde a 1/3 do quórum da Casa. Após isso, o pedido é registrado na Secretaria-Geral da Mesa Diretora e os partidos podem fazer as indicações dos representantes que irão compor a comissão. Os trabalhos devem durar 90 dias e, caso os parlamentares reúnam provas de irregularidades ou ilícitos, o Ministério Público Federal pode ser acionado para que os acusados sejam responsabilizados civil ou criminalmente.

O documento já foi entregue à Secretaria-Geral da Mesa diretora do Senado nesta quinta-feira (4) e seguirá para a aprovação do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM).

Assinaram o documento, os senadores: Randolfe Rodrigues, Jean Paul Prates (PT), Jorge Kajuru (Cidadania), Fabiano Contarato (Rede), Alessandro Vieira (Rede), Rogério Carvalho (PT), Renan Calheiros (MDB), Eduardo Braga (MDB), Rodrigo Cunha (PSDB), Lasier Martins (Podemos), Zenaide Maia (PROS), Paulo Rocha (PT), Leila Barros (PSB), Styvenson Valentin (Podemos), Acir Gurgacz (PDT), Álvaro Dias (Podemos), Mara Gabrilli (PSDB), Plínio Valério (PSDB), José Reguffe (Podemos), Humberto Costa (PT), Cid Gomes (PDT), Eliziane Gama (Cidadania), Major Olímpio (PSL), Omar Aziz (PSD), Paulo Paim (PT), José Serra (PSDB), Tasso Jereissati (PSDB), Weverton (PDT), Simone Tebet (MDB), Rose de Freitas (MDB).

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que na quarta-feira impôs sanções ao petróleo do Irã e que, países que recebem a commodity iraniana, não podem fazer negócios com os americanos, em discurso no evento do Dia da Oração, na Casa Branca, nesta quinta-feira.

O republicano também aproveitou a oportunidade para dizer que está trabalhando para libertar os reféns do Hamas. "As coisas estão esquentando", acrescentou.

Uma das associações empresariais mais importantes do Canadá pediu ao primeiro-ministro do país, Mark Carney, que cogite adiar um prometido corte de impostos para a classe média, argumentando que isso enviaria um forte sinal sobre disciplina fiscal. O Conselho Empresarial do Canadá, que representa CEOs de grande empresas, afirma apoiar as promessas de Carney sobre gastos direcionados a determinadas áreas para melhorar o histórico ruim de produtividade do país e impulsionar o crescimento.

No entanto, dado o recente histórico de déficits fiscais maiores do país, de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), o conselho afirma que Carney deve adiar medidas que "não são essenciais para a resposta econômica imediata do Canadá". A entidade diz que os cortes de impostos propostos devem ser adiados até que o quadro fiscal permita.

Economistas alertaram que os déficits devem aumentar em relação ao PIB com as promessas fiscais do Partido Liberal, do primeiro-ministro, e a possibilidade de uma forte recessão em vista. Fonte: Dow Jones Newswires.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas da FactSet, que previam 225 mil solicitações no período.

O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil a 223 mil.

Já o número de pedidos contínuos teve alta de 83 mil na semana até 19 de abril, a 1,916 milhão, atingindo o maior nível desde 13 de novembro de 2021. Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.