Lula: Bancada só precisa aprender a defender mais a gente das porradas no Congresso

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a sua base no Congresso Nacional precisa "aprender a defender mais" o governo e pediu que os deputados federais usem mais os microfones da Câmara.

As declarações ocorreram em uma solenidade de anúncios do governo no município de Feira de Santana, na Bahia, nesta segunda-feira, 1º.

"Não é pouca coisa ter a bancada de deputados federais ajudando a gente, votando nas coisas. A bancada só precisa aprender a defender mais a gente das porradas que a gente toma", disse.

Lula acrescentou: "Nós, muitas vezes, não gostamos de enfrentar o debate, e aquele microfone é feito para a gente debater. Não há nada que a gente não tenha que dar resposta".

O presidente também pediu que os parlamentares não levem "desaforo para casa".

"A gente não tem que levar desaforo para casa, porque os que nos criticam não valem uma titica de cachorro", afirmou. "Por muito menos que a gente faça, a gente já faz muito mais do que eles."

Rui Costa na Casa Civil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "não é fácil manter uma relação civilizada e democrática" com os seus ministros e parlamentares da base e elogiou a atuação do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A declaração ocorreu em uma cerimônia no município de Feira de Santana, na Bahia, para anúncios do Minha Casa Minha Vida e de expansão rodoviária.

"Graças a Deus, a Bahia me deu o Rui Costa para trabalhar na Casa Civil, porque o Rui Costa trabalhou com o Jaques Wagner, o Rui Costa foi governador, e ele trabalha junto com equipe", disse Lula.

Na sequência, o presidente citou a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e disse que ela e Rui Costa formam uma "dupla imbatível".

"Eles não deixam nada escapar. Nenhum ministro conta uma mentira para mim que o Rui e que a Miriam não desmintam", afirmou. "É por isso que, muitas vezes, vocês ouvem que há divergência entre o Rui e os outros ministros."

Lula prosseguiu: "Isso é muito importante, porque a presença do Rui Costa na Casa Civil e a equipe que ele montou é a certeza de que posso dormir toda noite tranquilo, que ninguém vai tentar me dar uma rasteira".

Na ocasião, Lula também lembrou a atuação de Dilma Rousseff como ministra e disse que situação similar ocorria naquele tempo.

O presidente fez a solenidade ao lado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e de demais ministros, senadores e deputados. Após Feira de Santana, o petista segue para Salvador.

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O Ministério das Relações Exteriores afirmou, na noite de ontem, que o governo brasileiro tomou conhecimento, com pesar, do ataque ocorrido ontem contra o mercado de Natal em Magdeburg, capital do estado alemão de Saxônia-Anhalt.

"Ao reiterar seu firme repúdio a qualquer ato de violência, cometido sob qualquer pretexto, o governo brasileiro expressa sua solidariedade às famílias das vítimas, bem como ao povo e ao governo alemães", diz em nota o ministério.

Ontem, um carro avançou e atropelou pessoas em um mercado de Natal na cidade que fica no leste da Alemanha. Segundo as autoridades locais, duas pessoas morreram e mais de 60 pessoas ficaram feridas.

Um motorista em um carro avançou e atropelou um grande grupo de pessoas nesta sexta-feira, 20, em um mercado de Natal na cidade de Magdeburg, no leste da Alemanha. Segundo a imprensa local, 2 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas, incluindo muitas em estado grave. O motorista foi preso. Polícia e autoridades que investigam o caso não descartaram a possibilidade de um atentado terrorista.

A cidade de Magdeburg, que fica a oeste de Berlim, é capital do Estado de Saxônia-Anhalt e tem cerca de 240 mil habitantes. "Este é um evento terrível, particularmente agora nos dias que antecedem o Natal", disse o governador do Estado, Reiner Haseloff.

No fim da noite, o governador confirmou que o motorista foi preso. Ele foi identificado como um médico saudita de 50 anos, que chegou à Alemanha em 2006. O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse ontem que a pessoa detida agiu sozinha.

O porta-voz da prefeitura de Magdeburg, Michael Reif, disse que suspeitava que o atropelamento tivesse sido um ato deliberado, acrescentando que havia "muitos feridos" e as "imagens eram terríveis". "Minhas informações são de que um carro atingiu os visitantes do mercado de Natal, mas ainda não posso dizer de que direção e a que distância", afirmou.

O mercado foi fechado enquanto serviços de emergência trabalhavam no local. Fotos e vídeos nas redes sociais mostraram cenas caóticas em Magdeburg. Imagens de uma parte isolada do mercado mostraram destroços espalhados pelo chão.

Repetição

O atropelamento ocorreu um dia após o oitavo aniversário de um ataque semelhante a um mercado de Natal em Berlim. Em 19 de dezembro de 2016, um extremista islâmico atropelou uma multidão de frequentadores com um caminhão, deixando 13 mortos e ferindo dezenas de pessoas. O homem fugiu, mas foi morto dias depois em uma troca de tiros na Itália.

A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, disse no fim do mês passado que não havia indícios concretos de perigo para os mercados de Natal este ano, mas era sensato ficar vigilante.

O chanceler alemão afirmou na rede X que "as notícias de Magdeburg sugeriam o pior". "Meus pensamentos estão com as vítimas e seus entes queridos. Estamos ao lado delas e de todos os moradores de Magdeburg. Meus agradecimentos a todos os serviços de emergência nessas horas difíceis", escreveu Scholz, que também agradeceu os socorristas que trabalhavam no local.

Friedrich Merz, o candidato a chanceler pelo partido conservador União Democrata-Cristã (CDU), favorito para substituir Scholz depois de um voto de desconfiança, na semana passada, disse estar triste com as notícias de Magdeburg. "Meus pensamentos estão com as vítimas e suas famílias. Gostaria de agradecer a todos os serviços de emergência que cuidaram dos feridos no local", disse.

Pânico

Logo após o atropelamento em Magdeburg, a emissora alemã MDR informou que outro mercado de Natal na cidade de Erfurt, na região central da Alemanha, teve de ser esvaziado às pressas. Eles informam que a decisão havia sido uma medida de precaução e não haveria ainda "nenhuma evidência concreta de qualquer perigo" aos frequentadores. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pouco mais de duas semanas de sua posse para mais um mandato presidencial na Venezuela, o ditador Nicolás Maduro anunciou nesta sexta-feira, 20, uma reforma constitucional para "consolidar a soberania popular". A decisão mostra a direção que o chavismo pretende tomar pelo menos pelos próximos seis anos.

"Formei uma equipe com grandes analistas internacionais e nacionais para pensar, junto com o nosso povo, em uma grande reforma constitucional que democratize ainda mais a sociedade venezuelana", afirmou Maduro, em uma mensagem transmitida pela TV.

O ditador venezuelano não detalhou a proposta, mas suas ações parecem centradas em garantir sua perpetuação no poder. Não é a primeira vez que ele recorre a esse tipo de medida em meio a uma crise de popularidade.

Reincidência

Em 2017, Maduro convocou uma Assembleia Constituinte para "pacificar" o país, então tomado por protestos que exigiam sua saída e denunciavam o cerco às forças opositoras na Assembleia Nacional.

Em 2025, deverão ser realizadas eleições parlamentares e regionais, mas o chavismo está enfrentando seu pior momento político. Denúncias de fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho colocaram Maduro no centro de uma crise de legitimidade, mesmo com seus esforços para se manter no poder.

Maduro indicou que as próximas eleições devem ser realizadas rapidamente, entre fevereiro e março do próximo ano. O Parlamento dominado pelo chavismo aprovou, em novembro, uma reforma da lei das comunas.

O regime mudou também as leis eleitorais e impôs severas restrições às ONGs e à dissidência, aprovando leis como a Simón Bolívar, que prevê inabilitações políticas de até 60 anos, prisão e confisco de bens de venezuelanos que apoiem as sanções dos EUA.

Asilo

Enquanto o chavismo apertou o cerco aos opositores na Venezuela, a Espanha anunciou ontem que concedeu asilo político ao ex-diplomata González Urrutia, candidato da oposição que enfrentou Maduro nas últimas eleições presidenciais. A oficialização do asilo foi informada pelo chanceler espanhol, José Manuel Albares.

A concessão era tida como certa desde que o opositor chegou a Madri em um avião militar espanhol, em 8 de setembro, depois de se refugiar na Embaixada da Holanda em Caracas e denunciar perseguição política após a votação de 28 de julho, que ele diz ter sido fraudada. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.