Hacker da Lava Jato não teve intenção de dar calote em compra de alianças, diz defesa

Política
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Em alegações finais apresentadas à Justiça em Ribeirão Preto (SP), a defesa de Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da Lava Jato, afirmou que ele não teve dolo ao comprar pela internet alianças no valor de R$ 2,3 mil em sete vezes no cartão de crédito, buscar o produto e contestar a compra para obter o estorno. O caso ocorreu em 2010. Ele foi denunciado por estelionato.

Na peça assinada pelo advogado Ariovaldo Moreira, há citação de que Delgatti Neto não justificou formalmente a contestação da compra realizada em Ribeirão. "Portanto, não há prova de que o denunciado tenha efetivamente contestado a compra sob alegação de não a ter realizado", disse o defensor. "O denunciado foi interrogado sobre os fatos em sede policial e esclareceu que o cartão de crédito em que a compra das joias foi realizada foi furtado, e então, efetuou o cancelamento de algumas compras, mas que, possivelmente acabou cancelando equivocadamente a compra das joias."

Moreira segue ao dizer que o Ministério Público não conseguiu encaminhar provas suficientes para a condenação do réu. "Enfim, a acusação não demonstrou de forma suficiente que o réu agiu de forma criminosa, assim, temos que os fatos narrados não correspondem com a tipificação contida na denúncia, impondo-se a absolvição do denunciado", afirmou.

Como o Estadão mostrou, a promotora de Justiça Ethel Cipele pediu a condenação de Delgatti Neto por estelionato. A representante do Ministério Público (MP) afirmou que a pena deve ser mínima de um ano de detenção no regime aberto. Isso porque há 14 anos Delgatti Neto não apresentava antecedentes criminais.

Após registro de contestação, a loja de Ribeirão Preto registrou ocorrência contra Delgatti Neto depois de tentar encontrá-lo para solucionar o caso. "O réu, interrogado, assumiu a compra e retirada das alianças, e apresentou justificativa não comprovada de que o cancelamento teria feito de forma equivocada pela empresa do cartão de crédito, não se desincumbindo, portanto, do ônus da prova dos fatos alegados em sua defesa", afirmou a promotora.

Delgatti Neto está preso em Araraquara (SP) em decorrência dos desdobramentos de uma investigação que apura suposto plano para invadir sistema do Poder Judiciário. No dia 23 de abril, ele foi denunciado, junto a deputada federal Carla Zambelli, pela invasão no sistema do CNJ, no qual incluíram um mandado de prisão de Alexandre de Moraes, assinado pelo próprio magistrado.

Em 2019, Delgatti Neto assumiu ter invadido celulares de procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e do então juiz Sergio Moro, todos da Operação Lava Jato.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que teve discussões "muito boas e produtivas" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em publicação na Truth Social, nesta sexta-feira, 14. Segundo ele, há uma "grande chance" de que a guerra entre russos e ucranianos chegue ao fim. O republicano, no entanto, mencionou que milhares de tropas da Ucrânia estão cercadas por militares russos e em uma posição "muito ruim e desfavorável". "Eu pedi fortemente ao presidente Putin que suas vidas sejam poupadas", escreveu o presidente dos EUA.

China, Rússia e Irã pediram nesta sexta-feira, 14, o fim das sanções dos EUA contra Teerã e a retomada das negociações nucleares. A reunião ocorre após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter enviado uma carta ao líder supremo iraniano na tentativa de reabrir o diálogo, enquanto impunha novas sanções ao país.

Os três países defenderam o fim das sanções "unilaterais ilegais", segundo o vice-ministro chinês Ma Zhaoxu, que leu uma declaração conjunta ao lado de representantes da Rússia e do Irã. "As três nações reiteraram que o envolvimento político e diplomático e o diálogo, baseados no princípio do respeito mútuo, continuam sendo a única opção viável e prática neste contexto", acrescentou Ma. O chanceler chinês Wang Yi também deve se reunir com os representantes.

Apesar de o Irã afirmar que não negociará sob pressão, suas autoridades enviam sinais contraditórios. O aiatolá Ali Khamenei já ironizou Trump, chamando seu governo de "opressor", mas o país enfrenta dificuldades econômicas devido às sanções e instabilidade política causada por protestos.

China e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, participaram do acordo nuclear de 2015 ao lado de França, Reino Unido, Alemanha e União Europeia. Os EUA saíram do pacto em 2018, intensificando as tensões no Oriente Médio.

O Irã alega que seu programa nuclear tem fins pacíficos, mas enriquece urânio a 60%, nível próximo ao grau militar, bem acima do limite de 3,67% do acordo de 2015. Seu estoque também ultrapassa 8 mil kg, muito acima do permitido.

Pequim e Moscou mantêm relações estreitas com Teerã, sobretudo em acordos energéticos. O Irã também fornece drones à Rússia para a guerra na Ucrânia. Além disso, os três países compartilham o interesse em enfraquecer a influência dos EUA e das democracias liberais no cenário global. Fonte: Associated Press.

Dois juízes federais dos Estados Unidos proferiram decisões na quinta-feira, 13, exigindo que a administração do presidente Donald Trump recontrate milhares de trabalhadores do governo que haviam sido desligados após processos de demissões em massa. A avaliação dos juízes é que as demissões de funcionários que estavam em período probatório desrespeitaram a legislação.

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A alegação do juiz distrital William Alsup, de São Francisco (Califórnia), é que as demissões realizadas em seis agências federais foram coordenadas pelo Escritório de Gestão de Pessoal e por um diretor interino do órgão que não tinha autoridade para atuar nesse caso. Já em Baltimore, o juiz distrital James Bredar constatou que o governo não seguiu as condições para demissões em grande escala, como o aviso prévio de 60 dias.

Pelo menos 24 mil funcionários em estágio probatório foram demitidos desde que Trump assumiu o cargo, no dia 20 de janeiro, de acordo com a decisão de Bredar. O governo não confirma o número de dispensas.

A Casa Branca argumenta que os Estados não têm o direito de tentar influenciar a relação do governo federal com os próprios trabalhadores. Os advogados do Departamento de Justiça argumentaram que as dispensas foram por questões de desempenho, e não demissões em larga escala sujeitas a regulamentos específicos.

A Casa Branca não retornou um pedido de comentário sobre o assunto. Fonte: Associated Press.