Morre o advogado mais antigo do Brasil, aos 104 anos, após 80 anos de advocacia

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O advogado mais antigo do Brasil, Hermano de Villemor Amaral Filho, morreu na madrugada da última quarta-feira, 17, aos 104 anos. Ele exerceu a advocacia por quase 80 anos, e foi um dos primeiros juristas a fazer parte da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ).

Villemor completou seu 104° aniversário na quinta-feira passada, 11 de julho. Trabalhou no escritório familiar, o Villemor Amaral Advogados, até poucos momentos antes do falecimento. A firma centenária reúne, hoje, mais de 300 advogados, sendo 70% mulheres. A família e a empresa não divulgaram o motivo da morte.

O advogado era especialista em direito comercial e deu continuidade ao trabalho iniciado por seu pai, em 1909. Foi Conselheiro da OAB-RJ, em duas ocasiões, e também membro da Seção do Estado de São Paulo. Ainda no exercício da profissão, mantinha o hábito de ajudar os estagiários do escritório, apesar dos quase 90 anos de idade que os separava dos estudantes de Direito.

Seu registro na OAB era o n° 3.099. Entre os advogados, a extensão da numeração de registro da OAB é proporcional ao prestígio do profissional. Isto é - quanto menor a inscrição, mais tempo aquele bacharel tem de advocacia e, logo, mais crédito.

Os números de inscrição da Ordem são em ordem crescente, e não se repetem. O filho do falecido, Hermano de Villemor Amaral Neto, por exemplo, tem o registro n° 109.098. Para esta classe profissional, uma das piores sanções que se pode receber por infringir a ética de trabalho é perder o número de inscrição outrora recebido. Mesmo que se venha a recuperar a certidão da OAB, o novo registro terá uma numeração mais recente e, portanto, maior.

O número antigo, em si, nunca mais viria a ser reutilizado. Mas a nova numeração será maior e, portanto, denunciaria a mancha profissional. Em 2023, Villemor foi premiado

"Nosso eterno sócio fez história na advocacia do nosso país e impactou a vida de centenas de profissionais com quem pôde compartilhar os seus valores, princípios, conhecimentos e dedicação, que ajudaram a formar o Escritório centenário que temos hoje", dia a nota de pesar, publicada pelo escritório.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).