"O discurso de ódio contra a mulher é muito cruel", diz Cármen Lúcia

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou nesta terça-feira, 23, considerar o discurso de ódio contra a mulher "muito cruel". Ela fez uma comparação entre os ataques sofridos por homens e mulheres para dar dimensão da situação.

"Contra o homem, 'é ladrão, é preguiçoso, é vagabundo'. Contra nós, [o discurso] é sexista, misógino e machista. E esse discurso não afeta só a mulher, mas toda a sua família. Aí muitas vezes a família, os filhos, acabam pedindo para que a mulher não continue na carreira política", disse a ministra, que esteve no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) nesta terça-feira, 23.

A ministra também afirmou ser necessário lembrar os eleitores brasileiros - diante da proximidade do pleito municipal em outubro próximo - de que o voto é sigiloso e que ninguém deve ser submetido a algum tipo de pressão. "Ninguém pode entrar com o celular na cabine de votação e ninguém pode saber em quem você votou. Isso precisa ficar claro para o eleitor", disse.

Presidente da Corte Eleitoral paulista, desembargador Silmar Fernandes, e o vice-presidente, desembargador José Antonio Encinas Manfré, entregaram para a ministra um levantamento que mostra que 63% do corpo funcional do tribunal paulista é formado por mulheres.

O percentual é maior do que a média nacional de servidoras no Poder Judiciário (56,2%), segundo pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com 68 Tribunais, considerando dados de 2009 a 2018. Dos 4.071 servidores que atuam no TRE-SP, incluindo os servidores próprios e os requisitados de outros órgãos, 2.501 são mulheres. A grande maioria das servidoras (77%) trabalha nos cartórios eleitorais.

Em outra categoria

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou nesta terça-feira, 11, retomar os combates na Faixa de Gaza, a menos que seus reféns em Gaza sejam libertados.

O cessar-fogo foi questionado, pois o Hamas alega que Israel violou as principais cláusulas, o que o levou a cancelar a libertação de mais três reféns no próximo sábado, dia 15.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encorajou o governo israelense a pedir a libertação dos reféns restantes, em vez dos três programados para serem libertados na próxima troca.

Um casal será reembolsado após comprar uma mansão de 32 milhões de libras (cerca de R$ 229 milhões) em Londres que estava infestada por traças. As informações são de reportagem do jornal britânico The Guardian.

Iya Patarkatsishvili e o Yevhen Hunyak compraram a Horbury Villa, uma casa vitoriana de sete quartos em Notting Hill em maio de 2019. A propriedade conta com piscina, spa, academia, adega, biblioteca e cinema.

Dias após se mudar, o casal notou sinais de uma infestação que acabou destruindo roupas e arruinando seus vinhos. Eles processaram o vendedor da casa na tentativa de reverter a compra. No auge da infestação, Hunyak alegou que matava cerca de 100 insetos por dia.

Antes de comprar a propriedade, o casal e sua equipe visitaram a casa pelo menos 11 vezes. Nesta segunda-feira, 10, a Justiça decidiu que o vendedor, corretor imobiliário de alto padrão, deu respostas "falsas" sobre o estado da propriedade no oeste de Londres e "não revelou honestamente" a "infestação grave".

O juiz reconheceu que o vendedor não tentou enganar deliberadamente os compradores, mas acrescentou que ele "simplesmente queria vender a casa e seguir em frente" e sabia que a revelação do problema faria a venda "desmoronar".

O juiz ordenou que a venda fosse anulada, com o vendedor sendo obrigado a reembolsar o valor da compra, descontando cerca de 6 milhões de libras pelo uso da propriedade pelo casal. O corretor também foi condenado a pagar ao casal um adicional de 4 milhões de libras em indenizações pela infestação, incluindo 15 mil libras por roupas arruinadas 3,7 milhões de libras pagos em imposto de transação imobiliária.

O advogado do vendedor disse que ele foi honesto ao responder sobre uma possível infestação anterior por "pragas", tendo dito que a propriedade já havia tido problemas com traças, mas que "traças não são pragas e, portanto, não eram relevantes para essa consulta".

Um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que a Ucrânia pode ou não se tornar parte da Rússia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta terça-feira, 11, que uma "parte significativa" dos ucranianos querem fazer parte do território russo.

Em entrevista à Fox News transmitida na segunda-feira, 10, Trump comentava as incertezas sobre um acordo de paz na guerra da Ucrânia quando se referiu à possibilidade de o país se juntar ao vizinho. "Eles ucranianos podem fazer um acordo ou podem não fazer. Eles podem se tornar russos algum dia ou podem não se tornar", declarou.

Em resposta, o porta-voz do Kremlin disse nesta terça que é "um fato" que parte da Ucrânia quer se tornar Rússia e citou referendos que mostraram apoio à anexação, conforme relatado na imprensa local. As votações, porém, não foram reconhecidas pela comunidade internacional nem por observadores independentes.