PL do MA ignora Bolsonaro e se coliga ao candidato apoiado pelo PT em São Luís

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Apesar da proibição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que gravou um vídeo exigindo a dissolução de alianças com partidos de esquerda, o PT e o PL vão estar juntos em São Luís (MA). As duas siglas integram a coligação do deputado federal Duarte Júnior (PSB), que teve a candidatura registrada nesta quinta-feira, 1, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O direção do PL alega que o apoio formal não está sacramentado, mas o registro da coligação que apoia o candidato do PSB já inclui o partido de Bolsonaro.

O ex-presidente gravou um vídeo ao lado do deputado federal Zucco (PL-RS) condenando as alianças formadas pelo PL e legendas de esquerda. Segundo Bolsonaro, essas coligações contrariam os princípios do grupo político e precisam "deixar de existir".

"O meu acordo, tudo o que eu acertei lá atrás com o presidente do partido, o Valdemar (Costa Neto, dirigente nacional do PL), está sendo cumprido. Agora, o que acontece? Nós vamos ter mais de 2 mil candidatos a prefeito pelo Brasil e também centenas de candidatos a vereador. Em alguns municípios estão aparecendo agora, como se estivessem incubadas, o PL se coligando com partidos como o PT, PCdoB e PSOL", disse o ex-presidente.

Duarte Júnior terá como companheira de chapa a petista Isabelle Passinho. Segundo fontes ligadas ao PL, circula em grupos da legenda uma proibição para apoios de candidaturas onde os postulantes a prefeito ou os vices são da sigla de Lula.

Além do PT e do PL, a candidatura de Duarte é apoiada por outros sete partidos, são eles: PSDB, Cidadania, Avante, PRD, Podemos, PP e União Brasil. No registro enviado ao TSE, o deputado declarou ter R$ 641.602,45 em bens.

Duarte é aliado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que governou o Maranhão entre 2015 e 2022. Quando era ministro da Justiça do governo Lula, entre janeiro de 2023 e janeiro deste ano, Dino protagonizou embates com parlamentares bolsonaristas.

Ao Estadão, o presidente do PL do Maranhão, ex-deputado estadual Hélio Soares, afirmou que o apoio a Duarte ainda não está concretizado. Segundo ele, está previsto uma reunião com Valdemar Costa Neto na próxima quinta-feira, 15, em Brasília, para discutir a coligação com os petistas.

"Nós estamos avaliando. Vamos conversar primeiro com Valdemar direitinho para vermos as circunstâncias. Nós não queremos, de maneira nenhuma, tumultuar o processo da direita, principalmente no nosso Estado", afirmou o presidente do PL maranhense.

Aliança é fruto de articulação criada pelo governador

De acordo com interlocutores do PL e do PT no Maranhão, a união de partidos para a candidatura de Duarte é fruto de uma articulação política criada pelo governador Carlos Brandão (PSB). Antes das eleições de 2022, onde foi reeleito, Brandão uniu siglas de diferentes ideologias e formalizou um pragmatismo político no Estado que vai além das disputas ideológicas travadas em Brasília.

A aproximação do PL à candidatura de Duarte também ocorre pela ausência de diálogo do atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), com a sigla de Bolsonaro. O chefe do Executivo de São Luís é apoiado pelo MDB e pelo Republicanos.

Em outra categoria

O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato do Partido Republicano, Donald Trump, afirmou que não falaria se conversou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, desde que deixou a Casa Branca, após ser questionado se teve contato com o mandatário russo.

Em entrevista à Bloomberg News TV realizada no Clube de Economia de Chicago nesta terça-feira, 15, o candidato republicano comentou ainda que o dólar está sob ameaça, mas declarou que ainda é seguro como moeda reserva.

O candidato do Partido Republicano também comentou sobre o Google, afirmando que a companhia tem muito poder e que sempre o tratou "muito mal". O republicano sinalizou que pode apoiar uma divisão da empresa de buscas.

O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos considerou uma possível divisão da Alphabet, controladora do Google, como um "remédio" para o monopólio de buscas.

Quando era presidente dos EUA, Donald Trump criticava regularmente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, primeiro por aumentar as taxas e depois por não reduzi-las o suficiente.

Questionado nesta terça, 15, no Clube Econômico de Chicago se manteria Powell por mais um mandato, Trump não respondeu diretamente à pergunta, mas deixou claro que continuaria tentando influenciar o Fed, que toma suas decisões independentemente da Casa Branca.

"Olha, acho que é o melhor trabalho do governo. Você aparece no escritório uma vez por mês e diz: 'Vamos ver, cara ou coroa', e todo mundo fala sobre você como se você fosse um deus?"

Ele acrescentou: "Acho que sou melhor do que ele seria. Acho que sou melhor do que a maioria das pessoas seria nessa posição. Acho que tenho o direito de dizer que acho que ele deveria aumentar ou diminuir as taxas um pouco. Não acho que eu deveria ter permissão para ordenar isso, mas acho que tenho o direito de fazer comentários sobre se as taxas de juros devem aumentar ou diminuir", afirmou.

Um comício do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato presidencial republicano, Donald Trump, virou um concerto de música após duas pessoas na plateia precisarem de atendimento médico. Trump respondia questões sobre como ajudaria pequenos negócios em Oaks, na Pensilvânia, quando a interrupção fez com que ele decidisse usar a sua playlist para agitar a plateia.

"Não vamos fazer mais perguntas. Vamos apenas ouvir música. Vamos transformar isso em música. Quem diabos quer ouvir perguntas, certo?", apontou Trump. Por 39 minutos o republicano ergueu os braços, dançou e apontou para pessoas na plateia.

Nove músicas da playlist de Trump foram tocadas Alguns na multidão começaram a sair. Outros ficaram e filmaram o concerto. Os apoiadores de Trump muitas vezes esperam horas para ver seus comícios, e pode haver longas filas para obter comida, água e também nos banheiros. Em vários eventos ao ar livre, os participantes precisaram de atenção médica devido ao calor.

Trilha sonora

A trilha sonora contou com Village People, James Brown, Andrea Bocelli, Elvis Presley e a versão de Rufus Wainwright de "Aleluia". Durante a música "November Rain" do Guns N' Roses, Trump saiu do palco.

Durante todo o comício, o republicano esteve ao lado da governadora da Dakota do Sul, Kristi Noem.

A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, criticou Trump e questionou o seu estado mental após o episódio. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)