Quem indicou Alexandre de Moraes ao STF? Relembre como foi o processo

Política
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou ao centro do debate público na noite desta terça-feira, 13, após a revelação de que seus auxiliares diretos solicitaram, por meio de canais informais, a produção de relatórios ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões judiciais na mais alta Corte do País, especialmente contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com dados do Google, o volume de buscas sobre o ministro do STF aumentou em mais de 1.000% nas últimas 24 horas, superando a marca de 200 mil buscas e se consolidando como a principal tendência no período. Entre os tópicos mais buscado está a indicação de Alexandre de Moraes ao STF, que foi realizada pelo então presidente Michel Temer em 2017. Na época, Moraes era ministro da Justiça de Temer. Ele assumiu a vaga aberta com a morte de Teori Zavascki.

Moraes tirou uma licença de 30 dias do Ministério da Justiça para passar pela sabatina do Senado e não misturar questões da Pasta com as da indicação. Na época, uma campanha pelo nome do então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba Sérgio Moro circulava pela internet e preocupava ministros sobre o futuro da Operação Lava Jato.

A nomeação de Moraes era criticada pela oposição, especialmente pelo PT do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, ele não encontrou grande resistência no Senado, tendo seu nome aprovado por 55 votos favoráveis e 13 contrários. Treze senadores não votaram na ocasião.

Conhecido por posições conservadoras e carreira na administração pública em gestões do PSDB em São Paulo, o ministro pediu desfiliação do partido para assumir a vaga. Atualmente relator do inquérito dos atos golpistas de 8 de Janeiro, teve papel importante relatando julgamentos relacionados à condução da pandemia de Covid-19. Além disso, acumula polêmicas geradas pelo inquérito das fake news, que aberto de ofício (sem pedido do Ministério Público).

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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira, 14, que a Rússia deve aceitar a proposta feita pelos EUA, e já aprovada pela Ucrânia, de um cessar-fogo de 30 dias.

"A agressão russa na Ucrânia deve acabar. Os abusos devem acabar. As declarações dilatórias também", escreveu Macron na rede social X.

O presidente francês afirmou que conversou hoje com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após o progresso alcançado na reunião entre os EUA e a Ucrânia em Jeddah, na Arábia Saudita, na terça-feira.

"Amanhã, continuaremos trabalhando para fortalecer o apoio à Ucrânia e por uma paz forte e duradoura", acrescentou Macron.

Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.