Quem é Antônia de Jesus, vice de Pablo Marçal à Prefeitura de SP?

Política
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No debate desta quarta-feira, 14, entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Pablo Marçal, que concorre ao cargo de prefeito pelo PRTB, fez questão de ressaltar que a vice na chapa dele, a policial militar Antônia de Jesus Barbosa Fernandes (PRTB), é a única mulher negra no posto nestas eleições.

"Antônia é a minha vice, é negra, da periferia, de Pirituba. Ela é mulher, é mãe. Entrou nesse cenário para trazermos essa igualdade entre as raças. Não tem nenhum vice negro aqui, a não ser na minha candidatura", disse o influenciador durante um dos embates com a candidata do PSB, Tabata Amaral.

A vice do influenciador foi anunciada em uma espécie de "chá revelação" durante a convenção do partido, que ocorreu no começo deste mês. O ex-coach já havia expressado o desejo de ter uma mulher como vice, afirmando que elas são mais "inteligentes e sensíveis". Marçal também ressaltou, ao apresentá-la no evento partidário, que ela "conhece a periferia da cidade".

Católica, ela destacou sua posição contrária ao aborto e sugeriu que a prática estaria associada a jovens que passavam muito tempo "à toa", durante discurso no evento. "Resolvi entrar na política porque me cansei dos discursos que fazem para mulher, negros e pobres. Mas só prometem, não cumprem nada", disse a baiana, de 45 anos.

"Foi a percepção da necessidade das pessoas, principalmente as de baixa renda, que me fez entrar na política. Quero ser uma voz para os que não têm voz", afirmou ao Estadão. "Meus objetivos são representar o povo e atuar de forma efetiva para melhorar a vida dos mais necessitados. Quero ser uma liderança que inspire confiança e trabalhe para o bem-estar de todos."

Antônia atua na Polícia Militar de São Paulo desde 2001, servindo no 49º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, no mesmo distrito onde mora. Conhecida na corporação como cabo Barbosa, ela revelou em entrevistas recentes que, desde criança, sonhava em ser policial.

"Foi a admiração e o desejo de servir o próximo e proteger os vulneráveis que me motivou a seguir a carreira policial", completou ao Estadão. De acordo com integrantes do partido, o papel dela na campanha do influenciador deve ser focado em temas relacionados à segurança pública.

Antes de trabalhar no batalhão atual, Antônia integrou as equipes do 4º Batalhão, também em Pirituba, e do 18º Batalhão, na região de Taipas. Nascida em Ubatã, uma pequena cidade ao sul de Salvador (BA), a policial e mãe de dois filhos se mudou para São Paulo em 1996, há 28 anos, e vive em Pirituba, na zona norte da cidade, há 22 anos.

As redes sociais da vice na chapa do PRTB são, inclusive, dedicadas a seu trabalho no serviço público. Em 2017, ela teve destaque em sua carreira policial quando atendeu a uma ocorrência em que um bebê de dois meses estava prestes a ser jogado pela mãe em um córrego também em Pirituba. "Aquela cena mexeu muito comigo e é algo que levo comigo até hoje", disse, ao Estadão, no início deste mês.

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Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.