Marina Helena conta com apoio de Paulo Guedes e Deltan Dallagnol se chegar à prefeitura de SP

Política
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A candidata à Prefeitura de São Paulo Marina Helena (Novo) defendeu nesta sexta-feira, 16, a privatização como solução para os problemas da administração da capital e criticou a quantidade de impostos arrecadados pela administração. Ela participou da sabatina promovida pela programa Balanço Geral, da Record TV, onde também disse ter aprendido com sua experiência em Brasília como integrante da equipe de Paulo Guedes no Ministério da Economia. Ela disse querer revisar os contratos existentes e também quer levar a privatização para os outros setores.

A economista também disse que pretende contar com o auxílio de nomes como Carlos da Costa, por sua experiência como secretário de produtividade no Ministério da Economia, no qual ajudou a implantar programas como o Marco do Saneamento, o Pronamp e a Lei da Liberdade Econômica; Paulo Guedes, tido como um mentor para Marina Helena; Deltan Dallagnol, por sua atuação na Operação Lava Jato, considerando as denúncias de corrupção na prefeitura.

Marina afirmou repetidas vezes que os serviços, escolas e hospitais públicos são de má qualidade e geram mais gastos em comparação aos particulares. "Isso mostra que a gente tem muito recurso que não está indo de volta para a população. Eu prefiro fazer uma limpa em todos esses contratos, dar os incentivos corretos e devolver para o cidadão aquele que ele está gastando em impostos", disse.

Centralização de dados

A economista apresentou como uma das suas principais propostas um programa que receberia o nome de "Chega de Filas". Segundo Marina, caso o tempo de espera para um exame ou consulta ultrapasse 30 dias, o paciente receberá um valor para realizar o procedimento em uma clínica privada, sem custos adicionais. Ela argumenta que, com a atual carga tributária, os recursos já alocados para a saúde são mais do que suficientes para cobrir esses custos e sugere uma reorganização na gestão dos recursos públicos.

A candidata falou ainda sobre uma possível extensão dos horários de atendimento, para atender principalmente as mulheres que não conseguem se ausentar do trabalho ou precisam lidar com jornadas duplas por conta dos cuidados com a família.

Marina fez críticas ao aplicativo para agendamento e acompanhamento de consultas da prefeitura e apresentou o que para ela seria a solução para falta de retornos no sistema. O "Médico na Mão", como foi denominado, seria uma forma de centralização de todo o histórico médico do paciente em um aplicativo móvel, disponível tanto para a população quanto para os profissionais de saúde.

Capacitação privatizada

Para o desenvolvimento econômico, a parceria com a iniciativa privada foi mais uma vez apresentada pela candidata. Marina falou sobre um programa de capacitação profissional inspirado no modelo adotado pelo Estado de Minas Gerais, sob a gestão do governador Romeu Zema. "A prefeitura paga o transporte, a alimentação e faz uma parceria com o setor privado, que dá o curso de formação", explicou.

A economista também propôs uma reforma tributária que ajuste a carga de impostos ao crescimento econômico da cidade, de modo a evitar a evasão de empresas e tornar São Paulo atrativa para investidores.

Indústria da miséria

Marina também disse ser favorável à internação compulsória de pessoas que estão na Cracolândia. Para ela, a intervenção é justificável, pois seis em cada 10 usuários já estariam no local há pelo menos dez anos. "Elas não respondem mais por si. Nesses casos, a gente tem que trazer a equipe médica, contratar muito mais psicólogos, muito mais pessoas para tratar esses dependentes químicos".

Marina Helena também propõe uma revisão profunda dos contratos com as organizações sociais (OS) responsáveis pela assistência social na cidade de São Paulo. Ela criticou a lógica operacional dessas organizações, que, segundo ela, são remuneradas com base no número de pessoas em situação de rua e incentiva uma "indústria da miséria". "Eu quero pagar para empresas que tirem as pessoas da rua", destacou.

Para a segurança pública, a candidata visa o fortalecimento da Guarda Metropolitana, por meio de reforço no armamento, treinamento e um aumento de servidores. Ela destacou a escolha de um vice que é policial militar e a nomeação de um secretário de segurança da guarda, como estratégias para facilitar essa integração. A candidata também criticou Guilherme Boulos (PSOL), alegando que o deputado tem propostas de desarmamento da Guarda.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".