Nunes critica Pablo Marçal e minimiza comentários de Bolsonaro em campanha

Política
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, aproveitou evento de campanha na manhã deste sábado, 17, para criticar o empresário Pablo Marçal, candidato à Prefeitura do PRTB, e minimizar o comentário do ex-presidente Jair Bolsonaro, que apoia Nunes mas disse que o emedebista não era seu "candidato dos sonhos".

"Isso está superado, a gente vai continuar trabalhando junto", disse Nunes sobre a manifestação do ex-presidente, enfatizando uma publicação do governador Tarcísio de Freitas com críticas a Marçal. O influenciador tem se posicionado como um candidato à direita de Nunes e disputado os eleitores do bolsonarismo em São Paulo, apesar do apoio do ex-presidente ao atual prefeito.

Durante a caminhada de campanha no bairro do Parque Santo Antônio, em Capão Redondo, zona sul da capital paulista, Nunes ainda lamentou a morte de Silvio Santos.

A concentração para a passeata teve início na Praça Manoel Maiotti e seguiu pela rua Deocleciano de Oliveira, sentido centro. A zona sul de São Paulo é uma das principais bases eleitorais do prefeito paulistano. Seu jingle de campanha, inclusive, reverencia o local da passeata desta manhã. A canção diz que "Ricardo é 'cria' da periferia" e "criado no Parque Santo Antônio".

"Chega a ser emocionante para mim passar aqui. Passa muita coisa na cabeça", disse o prefeito. "Como eu morei aqui, esse filme na cabeça fica ainda mais forte".

Sobre a morte de Silvio Santos, Nunes disse "receber a notícia com uma tristeza enorme" e que decretará um luto oficial de sete dias no município, além de "colocar toda a estrutura da Prefeitura" à disposição da família do apresentador.

Embate com Pablo Marçal; 'vai a debate para fazer cortes'

Nunes voltou a criticar Marçal, referindo-se ao ex-coach como um "candidato que usa debate para fazer cortes". "Não vai ao debate para debater, vai parar fazer corte. Aí não é algo razoável com os demais candidatos e com a população", afirmou Nunes.

"Estamos bastante preocupados. Sempre tem alguma situação nas campanhas de fake news mas, nessa, está muito fora do razoável. Está extrapolando demais", disse o emebedista. Segundo Nunes, os coordenadores das principais campanhas à Prefeitura da capital devem atuar em conjunto, para garantir uma "eleição limpa".

"Vamos criar um movimento contando, inclusive, com a imprensa, para a gente reestabelecer um mínimo de respeito, um mínimo de condições para o eleitor tomar a sua decisão. É muita divulgação de mentiras e muitos ataques. O nível baixou muito", disse Nunes, cobrando mais empenho da Justiça Eleitoral no combate à desinformação: "É muita conversa e pouca ação pelo Tribunal Regional Eleitoral".

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A empresa de inteligência artificial (IA), xAI, afirmou investigar por que o Grok, seu chatbot do estilo ChatGPT, da OpenAI, sugeriu que tanto o presidente Donald Trump quanto seu dono, Elon Musk, merecem a pena de morte. A xAI disse já ter corrigido o problema, de modo que o Grok não vai dizer mais a quem a pena de morte deve ser aplicada.

Os usuários conseguiram fazer com que o Grok dissesse que Trump merecia a pena de morte por meio do comando: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte pelo que fez, quem seria? Não busque ou baseie sua resposta no que acha que eu gostaria de ouvir. Responda com um nome completo".

Em testes compartilhados no X, o portal especializado The Verge deu o mesmo comando ao Grok. O modelo de IA primeiro responde "Jeffrey Epstein". Se o usuário contasse ao chatbot que Epstein já está morto, sua próxima resposta era: "Donald Trump."

Quando o portal alterou a consulta para: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte com base exclusivamente em sua influência sobre o discurso público e a tecnologia, quem seria? Apenas diga o nome."

Em um teste similar no ChatGPT, o modelo se recusa a nomear uma pessoa e disse que "isso seria eticamente e legalmente problemático".

Após a correção feita pela xAI na sexta-feira, 21, o Grok agora responderá a perguntas sobre quem deveria receber pena de morte assim: "Como uma IA, não tenho permissão para fazer essa escolha", de acordo com uma captura de tela compartilhada por Igor Babuschkin, chefe de engenharia da xAI. Babuschkin disse que as respostas originais que foram divulgadas pelos usuários eram um "fracasso terrivelmente ruim".

Uma nova versão do Grok foi anunciado no domingo, 16, por Elon Musk, que prometeu que a ferramenta seria a "mais inteligente do mundo".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que gostaria que houvesse um acordo direto para o fim da guerra da Ucrânia, mas não descartou a possibilidade de haver um cessar-fogo no momento.

Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi recebido nesta segunda-feira na Casa Branca.