Presidente da CCJ promete dar 'celeridade' a PECs que limitam STF após suspenção de emendas

Política
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A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Caroline de Toni (PL-SC), declarou que dará "a máxima celeridade" às duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que limitam o poder do Supremo Tribunal Federal (STF). As PECs foram enviadas à CCJ pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após a Corte manter a decisão de Flávio Dino que suspendeu as emendas parlamentares ao Orçamento na última sexta-feira, 16.

Sem mencionar a discussão a respeito das emendas, a deputada desse que as PECs são importantes para combater o que ela chamou de "ativismo judicial" e "reestabelecer os poderes da República". A decisão de Dino exige a suspensão dos pagamentos de emendas até que o Congresso determine regras que garantam transparência na execução dos recursos.

Uma das PECs tem como objetivo limitar as decisões monocráticas de ministros do STF. Ela chegou a ser aprovada no Senado ainda ano passado e ficou na gaveta de Lira desde dezembro. Segundo a assessoria do presidente da Câmara, ele assinou o despacho na quarta-feira, 14, mas só nesta sexta-feira, 16, ele foi registrado no sistema. Naquele dia, Dino havia assinado decisão suspendendo as chamadas emendas impositivas, aquelas em que o governo federal é obrigado a enviar os recursos para cidades e estados indicados pelos parlamentares.

A outra PEC permite que o Legislativo suspenda decisões da Corte caso haja rejeição por parte de dois terços da Câmara e do Senado. Esta, segundo Carol, tem o objetivo de barrar o que ela chamou de "ativismo judicial", impedindo que os magistrados do STF "extrapolem na competência e inovem no ordenamento jurídico, legislando no lugar do Congresso Nacional". A deputada informou ainda que os deputados indicarão os relatores nos próximos dias e colocarão em pauta na Casa para votação.

Retaliações do Congresso ao STF

Antes mesmo do bloqueio das emendas impositivas, o ministro Flávio Dino havia bloqueado as emendas Pix - que permitem possibilitam o envio de recursos a Estados e municípios sem rastreio. A decisão, no entanto, gerou a primeira retaliação por parte da Comissão Mista de Orçamento, que rejeitou a Medida Provisória (MP) que buscava recompor o orçamento de R$ 1,3 bilhão ao Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Deputados ainda levantaram a pauta de um possível impeachment de ministros do STF, especialmente de Alexandre de Moraes, após as revelações de que o gabinete do ministro deu ordens de forma não oficial para a produção de relatórios por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) usados no inquérito das fake news e das milícias digitais.

De acordo com o apurado pela Coluna do Estadão, os movimentos do Congresso não abalaram a Suprema Corte. Segundo interlocurotes dos magistrados, a PEC que permitiria ao Congresso cassar decisões da Corte pode ser considerada inconstitucional, enquanto a outra é tida como um mal menor diante da possibilidade de ministros se unirem para entendimentos colegiados.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).