Juiz penhora restituição de IR dos pais de adolescentes que associaram Moraes ao PCC

Política
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A Justiça de São Paulo penhorou a restituição do Imposto de Renda dos pais de dois adolescentes que associaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O dinheiro será usado para pagar parte da condenação de cerca de R$ 46 mil por difamação.

O processo está na fase de execução. Não há mais possibilidade de recurso, ou seja, a sentença é definitiva. O juiz Tom Alexandre Brandão, da 2.ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, mandou notificar a Secretaria da Fazenda de São Paulo e a Receita Federal para que assegurem o confisco do dinheiro.

Segundo a ação, os adolescentes estão por trás de um site que publicou fake news sobre o ministro. Na época, Alexandre de Moraes ainda era secretário da Segurança Pública de São Paulo. As publicações afirmam que ele advogou para o PCC.

A condenação é de 2019. Na primeira instância, a indenização foi definida em R$ 5 mil. Alexandre de Moraes recorreu e o Tribunal de Justiça de São Paulo aumentou o valor para R$ 15 mil. O total atualizado, com juros, correção monetária e multa, chega a R$ 46 mil.

De acordo com a sentença, a publicação é "sensacionalista" e "inverídica" e "maculou, perante o público em geral, a credibilidade" do ministro.

"Repita-se à exaustão: possível e assimilável qualquer crítica às pregressas atividades profissionais do autor. O que não é admissível é a inversão deliberada de fatos, chamando-se a atenção para uma situação que não existiu", diz um trecho da decisão na primeira instância.

Como, na época, os jovens eram menores de idade, os pais passaram a responder ao processo. A defesa de Alexandre de Moraes alegou que eles "negligenciaram seus deveres parentais".

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O Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul, a agência de espionagem do país, afirma que a Coreia do Norte enviou 1,5 mil membros das suas forças de operação para ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. A instituição informa que os soldados norte-coreanos, que atualmente estão na cidade portuária russa de Vladivostok, receberam uniformes militares russos, armas e documentos de identificação falsos.

O NIS publicou fotos de satélite que mostram os movimentos de navios da Marinha da Rússia, que teriam sido responsáveis pelo transporte dos soldados de 8 a 13 de outubro. Segundo o órgão, é esperado que mais tropas sejam enviadas para território russo, em breve. Se as informações forem confirmadas, o movimento coloca um terceiro país na guerra e intensifica o impasse entre a Coreia do Norte e o Ocidente.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse que não poderia confirmar os relatos, ao ser questionado sobre o assunto. O secretário de imprensa do Pentágono americano, Pat Ryder, também não corroborou as informações. O porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, disse que as alegações são falsas.

Kamala Harris e Donald Trump buscaram apoio de eleitores árabes americanos nesta sexta-feira em eventos de campanha em Michigan, um dos estados chave para a eleição presidencial nos EUA.

O candidato republicano está tentando utilizar a frustração desses eleitores com Harris sobre o apoio dos EUA à ofensiva de Israel em Gaza e sua invasão ao Líbano. Aliados de Trump mantiveram reuniões por meses com líderes comunitários em Michigan, que é um estado decisivo na eleição de novembro e tem uma significativa população de árabes americanos.

Do lado democrata, Harris disse nesta semana que a morte do líder do Hamas Yahya Sinwar é uma oportunidade para terminar a guerra em Gaza.

Michigan é um dos três estados do "muro azul" que, junto com Pensilvânia e Wisconsin, ajudará a decidir a eleição presidencial.

O ex-presidente americano e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, comemorou, nesta sexta-feira, 18, a morte do líder do grupo terrorista Hamas, Yahya Sinwar, afirmando que sua morte aumentou a probabilidade de uma solução pacífica para a guerra em Gaza.

Perguntado se a morte de Sinwar tinha tornado a paz mais fácil ou mais difícil, Trump respondeu: "Penso que a torna mais fácil. Estou contente de que Bibi (o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu) tenha decidido fazer o que tinha que fazer".

Trump disse que planejava conversar hoje com Netanyahu, depois que o primeiro-ministro israelense ligou para ele após a morte do líder do Hamas. Trump revelou que planejava retornar a ligação de Netanyahu.

O republicano ainda afirmou que o presidente dos EUA, Joe Biden, tem "tentado impedi-lo", referindo-se a Netanyahu. Biden e a vice-presidente Kamala Harris, que disputa a Casa Branca com Trump, estão equilibrando-se em uma corda bamba para manter apoio ao seu aliado Israel, ao mesmo tempo que tentam reduzir as mortes de civis na guerra.

Trump vem tentando capitalizar a frustração com Kamala sobre o apoio dos EUA à ofensiva de Israel em Gaza e sua invasão do Líbano, após o ataque de 7 de outubro de 2023 pelo Hamas a Israel. Seus aliados têm se reunido há meses com líderes comunitários em Michigan, que tem uma população considerável de árabes-americanos, particularmente em Detroit e arredores. Ele disse que não achava que a comunidade árabe-americana votaria em Kamala "porque ela não sabe o que está fazendo."

Biden disse na quinta-feira que era um "dia bom" para Israel, EUA e resto do mundo. Já Kamala afirmou que a morte do chefe do Hamas é uma "oportunidade para acabar" com a guerra em Gaza.

Israel anunciou na quinta-feira, 17, a morte de Sinwar, morto no dia anterior em uma operação de seus soldados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Yahya Sinwar era considerado o idealizador do ataque sem precedentes de 7 de outubro de 2023 em território israelense, que desencadeou a guerra em Gaza.

O Hamas confirmou nesta sexta-feira a morte de seu líder e alertou que não libertará os reféns até que Israel termine a guerra em Gaza, afirmando que a luta seguirá até a "libertação da Palestina". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)