Marçal nega impulsionamento de propaganda eleitoral e diz que viralizações são 'orgânicas'

Política
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Um dos candidatos à prefeitura de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), negou, nesta terça-feira, 20, que tenha feito impulsionamento ilegal de propagandas eleitorais nas redes sociais. Para ele, as denúncias de abuso de poder econômico feitas contra ele são parte de uma estratégia para impedir sua vitória.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu, no último sábado, 17, a suspensão da candidatura até que se apure se houve abuso de poder econômico durante o período de pré-campanha, que se encerrou na sexta-feira, dia 16.

A ação foi movida pelo PSB, partido da também candidata Tabata Amaral. Para Marçal, trata-se de um plano "desesperado" dos concorrentes. Além disso, ele afirma que todo seu engajamento on-line é orgânico e disse não poder "segurar as pessoas de as fazerem as coisas".

"Eu não estou remunerando ninguém. A própria plataforma, tipo TikTok, remunera, por isso eu tenho 3,5 bilhões de marcações lá", disse a jornalistas. A representação alega que Marçal passou a estimular o compartilhamento do conteúdo de seus perfis mediante "promessas de pagamentos" aos seguidores para driblar a vedação ao impulsionamento pago - contratado com as próprias Big Techs, e que são permitidos fora do período eleitoral.

A prática, segundo o MPE, configura um impulsionamento de conteúdo indireto e impossibilita a fiscalização dos gastos. De acordo com a legislação eleitoral, os gastos durante a chamada "pré-campanha" não podem ser excessivos. "Não envolvi nenhuma empresa, nem dinheiro meu para fazer isso", disse o candidato.

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Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.