Correção: Tarcísio diz que Marçal 'baixou muito o nível' das eleições na cidade de São Paulo

Política
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A primeira versão do texto, publicado em 17/08, continha informações extraídas de vídeo postado pelo jornalista Rodrigo Lima sem a devida citação da fonte. Segue texto corrigido:

Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou na sexta-feira, 16, que Pablo Marçal, candidato do PRTB, "baixou muito o nível" da corrida eleitoral pela Prefeitura da capital paulista. A fala do governador de São Paulo ocorreu durante agenda oficial em São José do Rio Preto, interior do Estado. O chefe do Executivo estadual afirmou ainda que o influenciador "não tem debate e propostas" e que "não adianta a gente transformar a eleição num circo".

"A gente não pode levar São Paulo para montanha para deixar ela morrer", continuou o governador em entrevista ao jornalista Rodrigo Lima. A afirmação é uma referência à expedição que o ex-coach guiou com mais 32 pessoas até o Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, em janeiro de 2022. O percurso, de 2.420 quilômetros, é considerado difícil, exige equipamentos específicos e preparo físico. Todos que acompanhavam Marçal e o próprio empresário precisaram ser resgatados por uma operação dos Bombeiros.

"São Paulo não merece isso. É uma cidade muito grande. Tem uma operação em curso entre governo do Estado e Prefeitura que está rendendo muitos frutos. Então, tem um lado que tem proposta". O Republicanos, no pleito deste ano, apoia o atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes, do MDB. Foi o próprio Tarcísio, inclusive, que oficializou o candidato a vice, coronel Ricardo de Mello Araújo (PL), na chapa do emedebista.

A indicação do militar foi feita por Jair Bolsonaro (PL) e a confirmação de um nome alinhado à direita no posto de vice selou de vez o apoio do ex-presidente ao antigo vice-prefeito da cidade. Mesmo assim, Nunes não é visto como um 'bolsonarista' por parte do eleitorado, e Marçal tenta apostar no bolsonarismo raiz para alavancar sua candidatura.

Em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal (RN), na quinta, 15, Bolsonaro disse que fechou "com o Nunes. Não é o meu candidato dos sonhos, mas eu tenho um compromisso. Vou ajudá-lo onde for possível. Lá tem a figura nova do Pablo Marçal, que fala muito bem. Uma pessoa inteligente. Tem suas virtudes. Não tem experiência, mas faz parte."

Marçal exalta relação com Bolsonaro em primeira agenda

Pablo Marçal exaltou, em seu primeiro ato de campanha, a relação com o ex-presidente. O empresário afirmou que conversou com Bolsonaro antes de lançar a candidatura e ouviu que ele já tinha dado sua palavra sobre apoio ao adversário. "Ele está apalavrado com Nunes", afirmou durante caminhada pela Cidade Tiradentes, na zona leste da capital, nesta sexta-feira, 16, em sua primeira agenda de campanha que iniciou depois de um atraso de três horas. Segundo o postulante, ele e o ex-mandatário conversam às vezes pelo WhatsApp.

Em entrevista a jornalistas, o candidato afirmou que não tem experiência, "mas tem geração de emprego e impostos", ao se referir sobre suas empresas, e ainda questionou a necessidade de já ter atuado em cargo público. "Experiência em usar o sistema para perseguir inimigos políticos?", completou. Sobre o apoio de Bolsonaro a Nunes, Marçal desejou "que Deus abençoe" e afirmou "eu escolhi o povo".

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O presidente da França, Emmanuel Macron, destacou a necessidade de aumentar os investimentos em defesa na Europa, em meio às ameaças russas e ao conflito na Ucrânia. Em pronunciamento, Macron afirmou que a segurança europeia está diretamente ameaçada pela guerra na Ucrânia, que se transformou em um "conflito global".

"A Rússia segue aumentando seu orçamento de armamento para a guerra, e a Europa precisa conseguir se defender sozinha, sem ajuda dos EUA", declarou. Ele ressaltou que a paz no continente só será possível com o fortalecimento da capacidade militar europeia. "Precisamos tomar decisões agora para a segurança da Ucrânia e da UE", afirmou.

Macron mencionou que a França dobrou seus gastos militares nos últimos dez anos e que está trabalhando para aumentar os investimentos em defesa na Europa. "Faremos uma reunião com chefes de defesa europeus em Paris na semana que vem", anunciou, reforçando a importância de uma estratégia conjunta. O líder francês também abordou a "dissuasão nuclear", afirmando que as armas nucleares são um pilar de proteção para a França. Ele ainda sugeriu um debate sobre a extensão do "guarda-chuva nuclear" francês a outros parceiros europeus. No entanto, ele deixou claro que a decisão final sobre o assunto caberá exclusivamente ao presidente da França.

Ele destacou que a guerra na Ucrânia não será decidida pela Rússia ou pelos EUA, mas sim por um esforço coletivo. "Precisamos de um acordo que garanta paz duradoura na Ucrânia", disse, acrescentando que "a paz não pode ser conquistada se abandonarmos a Ucrânia".

O francês ainda criticou as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, alertando para os impactos negativos que elas podem ter não apenas na Europa, mas em todo o mundo. "As tarifas de Trump vão impactar a economia americana e a economia europeia", disse, acrescentando que é preciso convencer o republicano de que essas medidas não são positivas.

A Suprema Corte dos Estados Unidos, de maioria conservadora, manteve nesta quarta-feira, 5, o bloqueio à ordem do presidente Donald Trump que congelava US$ 2 bilhões (R$ 11,6 bilhões) em pagamentos a organizações de ajuda internacional.

Dividida, a Suprema Corte formou a estreita maioria de 5-4 para manter a decisão da instância inferior, exigindo que o governo faça os pagamentos devidos. O resultado é uma derrota para o governo, que buscava repreender o juiz distrital Amir Ali por suspender o corte de gastos de Donald Trump.

Apesar da maioria conservadora na Corte, essa foi a segunda vez que o governo tentou, sem sucesso, persuadir o Supremo a intervir imediatamente contra um juiz de instância inferior em disputas legais envolvendo ações de Trump na Casa Branca.

A maioria dos juízes observou que o governo não contestou a ordem inicial de Ali, apenas o prazo imposto - que, de qualquer forma, já havia expirado na semana passada.

A votação dividiu a ala conservadora da Corte, composta por seis do total de nove juízes. O presidente do Supremo, John Roberts, e a juíza Amy Coney Barrett, indicada pelo próprio Donald Trump, votaram com os três progressistas para manter a ajuda internacional.

Na divergência, Samuel Alito questionou a autoridade de Amir Ali para ordenar a liberação dos recursos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Departamento de Estado.

"Um único juiz de distrito, que provavelmente não tem jurisdição, tem o poder de forçar o governo dos Estados Unidos a pagar (e provavelmente perder para sempre) US$ 2 bilhões dos contribuintes?", questionou.

"A resposta a essa pergunta deveria ser um sonoro 'Não', mas a maioria deste tribunal aparentemente pensa o contrário. Estou pasmo", disse Alito. Ele foi acompanhado na dissidência pelos conservadores Clarence Thomas, Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh.

O governo argumentou que a situação mudou porque substituiu o congelamento total decretado por Donald Trump por ordens individuais, resultando no cancelamento de 5,8 mil contratos da USAID e 4,1 mil concessões do Departamento de Estado, que totalizavam quase US$ 60 bilhões.

Na decisão, contudo, a Suprema Corte manteve a suspensão temporária de Amir Ali e instruiu o juiz a detalhar quais as obrigações devem ser cumpridas pelo governo. Na quinta-feira, Ali realizará uma audiência para decidir se mantém de forma mais duradoura o bloqueio ao decreto de Trump.

Entenda o caso

Logo após voltar à Casa Branca, Donald Trump ordenou o congelamento das contribuições da USAID e do Departamento de Estado a organizações de ajuda internacional. O decreto classificava os programas como desperdício de dinheiro e alegava que estariam desalinhados com os objetivos da política externa.

A ordem foi questionado na Justiça em ação que alertava contra a suspensão do financiamento de programas emergenciais em outros países.

O juiz Amir Ali, nomeado por Joe Biden, determinou no mês passado que o financiamento fosse restabelecido temporariamente. Passadas duas semanas, ele concluiu que o governo não demonstrava intenção de cumprir a ordem e estabeleceu o prazo para a liberação de pagamentos devidos.

O governo recorreu, classificando a ordem de Ali como "extremamente intrusiva e profundamente equivocada", além de protestar contra o prazo imposto para a liberação dos recursos.

O controvertido decreto é parte dos esforços de Donald Trump para cortar gastos do governo federal, em operação liderada pelo homem mais rico do mundo, o bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).

Um dos seus objetivos é cortar a ajuda da USAID, que tem programas de saúde e emergência em cerca de 120 países. Trump disse que a agência é "administrada por lunáticos radicais", enquanto seu novo braço direito a descreveu como uma "organização criminosa". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Em declaração conjunta publicada nesta quarta-feira, 5, os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido pediram que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas seja mantido, que todos os reféns sejam libertados e que o fluxo contínuo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza seja garantido.

"Solicitamos a todas as partes que se envolvam de forma construtiva na negociação das fases subsequentes do acordo para ajudar a garantir sua implementação total e o fim permanente das hostilidades. Saudamos os esforços do Egito, do Catar e dos EUA na mediação e na busca de um acordo para a extensão do cessar-fogo".

Os ministros ainda afirmaram que o Hamas deve pôr fim "a seu tratamento degradante e humilhante" e reiteraram a solidariedade com o povo israelense diante dos ataques terroristas cometidos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.