Quando acaba o mandato de Alexandre de Moraes no STF?

Política
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Há sete anos como integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro de Alexandre de Moraes tem mais 19 anos pela frente na cadeira que ocupa na Suprema Corte.

Conforme o que estabelece a Constituição, o mandato pode durar até o aniversário de 75 anos de idade dos magistrados. A partir deste momento, eles precisam se aposentar compulsoriamente, ou seja, mesmo que estejam dispostos a continuar trabalhando, são legalmente impedidos.

Pela lei, portanto, o ministro de 55 anos precisa deixar o STF em dezembro de 2043, quando completa a idade limite para permanecer na Corte. Pela frente, Moraes ainda tem mais de 7 mil dias como magistrado do Supremo.

Moraes era ministro da Justiça do governo Michel Temer quando foi indicado pelo então presidente para a cadeira no Supremo, em 2017. A vaga no STF foi aberta com a morte de Teori Zavascki, em um acidente aéreo. Moraes tirou uma licença de 30 dias do ministério para passar pela sabatina do Senado e não misturar questões da pasta com as da indicação.

A escolha dos ministros do STF pelo presidente da República é uma prerrogativa prevista na Constituição de 1988. Quem mais fez indicações, considerando os atuais ministros para a Corte, totalizando quatro, foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante seus dois mandatos, entre 2011 e 2016.

Flávio Dino também deve se aposentar em 2043, mas no mês de abril, quando completa 75 anos. Depois dele, ainda deixam a Corte os ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça, em 2047, e Cristiano Zanin, em novembro 2050. A partir de agora, o próximo a sair será o ministro Luiz Fux, em abril de 2028.

Embate Moraes x Elon Musk

Nesta quarta-feira, 28, a disputa pública entre o ministro Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), atingiu o seu ápice. O embate provocou críticas a Moraes, principalmente entre aliados e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de inquéritos conduzidos pelo magistrado no STF.

O magistrado ordenou que Musk informe, em até 24 horas, o novo representante da plataforma no Brasil, sob pena de suspender a rede social em caso de descumprimento do prazo. No último dia 17, Musk anunciou a decisão de fechar o escritório da rede social no Brasil alegando perseguição e censura. No outro lado, o magistrado da Suprema Corte argumenta que tomou medidas duras contra a plataforma após sucessivos descumprimentos de decisões judiciais.

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Os Estados Unidos votaram junto com a Rússia, Coreia do Norte, Belarus e outros 14 países próximos a Moscou nesta segunda-feira, 24, contra uma resolução que condena a agressão russa na Ucrânia e pede a devolução do território ocupado. Apesar da rara aliança entre Washington e Moscou, o documento, apresentado pelos ucranianos, foi aprovado por ampla maioria na Assembleia-Geral da ONU.

A delegação americana tentou aprovar uma resolução alternativa, de autoria própria, que foi votada em separado e pedia o fim negociado para a guerra. Após países europeus incluírem emendas no texto, os próprios americanos desistiram de apoiá-lo e se abstiveram. Este texto, no entanto, foi aprovado pela maioria dos membros da Assembleia-Geral.

Ao contrário das resoluções aprovadas no Conselho de Segurança, as da Assembleia-Geral têm caráter simbólico e servem como termômetro do sentimento dos países-membros sobre determinado tema. A aproximação entre EUA e Rússia, no entanto, é rara, assim como o afastamento entre europeus e americanos.

Desde que chegou ao cargo, o presidente Donald Trump tem se aproximado de Vladimir Putin e indicado que pretende negociar um fim da Guerra na Ucrânia em termos que beneficiam Moscou. O alinhamento tem preocupado países da Europa Ocidental.

Uma autoridade do Departamento de Estado, falando sob condição de anonimato sobre as negociações, disse que os Estados Unidos apresentariam sua resolução em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, composto por 15 membros, na segunda-feira, e vetariam quaisquer emendas.

"Embora nossos parceiros no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral queiram debater toda a situação agora, estamos muito mais concentrados em levar as partes à mesa de negociações para que o próximo passo possa ser dado", disse o funcionário.

Richard Gowan, especialista em ONU do International Crisis Group, disse que a divisão entre os Estados Unidos e a Europa marcou "a maior divisão entre as potências ocidentais na ONU desde a Guerra do Iraque - e provavelmente ainda mais fundamental". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente da França, Emmanuel Macron, na Casa Branca, nesta segunda-feira, e disse que o país está "muito perto" de alcançar um acordo de paz para a guerra entre Ucrânia e Rússia. Na ocasião, o republicano afirmou que países europeus estarão envolvidos nas negociações para o conflito.

"Meu trabalho é fazer com que a guerra seja resolvida", defendeu Trump, que disse que a Europa garantirá a segurança dos ucranianos. "Ainda não sei quando encontrarei Putin, mas isso vai acontecer", ressaltou o líder americano ao falar sobre uma visita à Moscou "quando for apropriado".

Macron disse que os dois países têm o mesmo objetivo, que é alcançar a paz do conflito no Leste da Europa e que os ativos congelados da Rússia farão parte das negociações. "O envolvimento dos EUA através de um acordo sobre minerais críticos é algo positivo", disse ao mencionar que "tudo está na mesa".

Trump ressaltou que os Estados Unidos e a França possuem "uma relação especial" e indicou que pretende mantê-la. Ao ser questionado sobre tarifas recíprocas, ele disse que é como "uma troca". "Quem nos taxa, será taxado", explicou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda, 24, que as conversas sobre paz na Ucrânia "estão indo bem", em publicação na Truth Social, após o término da reunião do G7. O encontro marcou o aniversário de três anos da invasão da Rússia em território ucraniano.

"Todos expressaram o desejo de ver a guerra terminar e enfatizei a importância vital do acordo de minerais críticos e terras raras entre EUA e Ucrânia, que esperamos que seja assinado em breve!", escreveu o republicano. Segundo ele, o acordo garantirá que os EUA recuperem "bilhões de dólares e equipamento militar" enviado para a Ucrânia, enquanto também contribuí para o crescimento da economia ucraniana.

O presidente americano também comentou que está em "discussões sérias" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o término da guerra e sobre o desenvolvimento de "grandes transações econômicas" bilaterais com os Estados Unidos.

Trump participou da reunião do G7 ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, no Salão Oval da Casa Branca. Os líderes se reuniram novamente nesta tarde para uma reunião bilateral, que será seguida por coletiva de imprensa conjunta.

Reino Unido

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que o G7 deve estar pronto para "assumir mais riscos" na guerra entre Ucrânia e Rússia, o que sanções contra gigantes do petróleo da Rússia. Em discurso realizado nesta segunda-feira, ele ressaltou a importância de aumentar a pressão econômica, para que o presidente russo, Vladimir Putin, "faça concessões".

"Hoje estamos anunciando o maior pacote de sanções do Reino Unido desde os primeiros dias da guerra. Estamos indo atrás da frota fantasma da Rússia e das empresas na China e em outros lugares que estão enviando componentes militares", disse.

Starmer defendeu uma "força coletiva para o esforço de paz" e disse que é preciso "acertar os fundamentos" criados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Se quisermos que a paz dure, a Ucrânia deve ter um assento à mesa. Um apoio dos EUA será vital para impedir a Rússia de lançar outra invasão em apenas alguns anos", explicou.