Aras envia ao 'Conselhão' pedido de investigação contra procuradores da Lava Jato

Política
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O procurador-geral da República Augusto Aras encaminhou à Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pedido de investigação contra procuradores da Lava Jato. A solicitação partiu do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, que pediu apuração sobre suposta intenção da força-tarefa de Curitiba em conduzir uma investigação ilegal contra ministros da Corte.

Em ofício enviado a Aras na sexta-feira passada, Martins pedia a Aras que o CNMP investigasse a conduta do ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e o procurador Diogo Castor de Mattos após conversas da dupla serem divulgadas pela emissora CNN Brasil.

As conversas mostram suposta intenção dos procuradores de investigar, sem autorização, a movimentação patrimonial de ministros do STJ. A conversa faz parte do pacote de mensagens apreendidas na Operação Spoofing, e cujo acesso foi autorizado à defesa do ex-presidente Lula (PT) pelo Supremo Tribunal Federal.

Na conversa, Deltan escreve: "A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial, que tal? Basta estar em EPROC [processo judicial eletrônico] público. Combinamos com a RF", escreveu Deltan para, em seguida, emendar: "Furacão 2". O procurador Diogo Castor de Mattos, que integrava a força-tarefa na ocasião, respondeu Deltan: "Felix Fischer eu duvido. Eh um cara serio (sic)".

'Furacão 2' seria uma referência à operação Furacão, deflagrada em abril de 2007 e que atingiu o então ministro do STJ Paulo Medina, denunciado por integrar um esquema de venda de sentenças judiciais.

O pedido de investigação de Humberto Martins foi recebido por Aras, que encaminhou a solicitação ao corregedor do CNMP, Rinaldo Reis, a quem caberá avaliar se há elementos suficientes no caso para justificar a abertura de um procedimento interno contra Deltan e Castor de Mattos.

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, em encontro com jornalistas nesta terça, 15, em Brasília. Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR

Em nota, a Corregedoria Nacional do Ministério Público afirmou que está analisando a representação movida por Humberto Martins e que ainda não há manifestação sobre o caso.

Na segunda, 8, os procuradores da Lava Jato enviaram ofício ao STJ informando que as mensagens não seriam autênticas e que a divulgação delas busca 'criar factóides' para 'criar artificialmente um ambiente de irregularidades e ilegalidades' com fim 'sensacionalista'. Uma cópia do documento também foi enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Corregedoria Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público.

"Se fossem verdadeiras as alegações de supostas ilegalidades, seriam facilmente constatáveis nos respectivos autos", argumentam.

No entanto, a denúncia diz que a operação ocorreu de forma extrajudicial, sem a comunicação com as instâncias superiores. Sobre isso, os procuradores dizem que uma investigação nesses termos seria 'ilógica': "pois esvazia a justiça que se busca, além de inútil, pois constituiria um mau emprego de tempo e recursos investigativos escassos. Além, claro, de sujeitar os seus autores às consequências legais".

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Um terremoto de magnitude 7,4 atingiu a Argentina e o Chile nesta sexta-feira, 2, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos. As autoridades chilenas citaram a possibilidade de tsunami e emitiram um alerta de deslocamento para a população na região costeira do Estreito de Magalhães, extremo sul do país. Também foi solicitado que as pessoas deixassem todas as áreas de praia no território antártico chileno.

O Serviço Geológico dos EUA afirmou que o epicentro do terremoto foi sob o oceano, 219 quilômetros ao sul da cidade argentina de Ushuaia.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, usou sua conta no X, antigo Twitter, para dizer que "todos os recursos estão disponíveis" para responder a possíveis emergências. "Neste momento, nosso dever é nos prevenirmos e ouvir as autoridades", disse o presidente.

O terremoto ocorreu às 8h58, horário local (9h58 de Brasília), e as cidades mais próximas são Ushuaia, na Argentina, a 219 quilômetros do epicentro, e, no lado do Chile, a cidade portuária de Punta Arenas, a cerca de 440 quilômetros de distância.

O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile informou que enviou pessoal à área para avaliar os danos, embora até o momento não tenha havido relatos de vítimas ou danos materiais, disse Miguel Ortiz, vice-diretor de gestão da agência na região, em uma entrevista coletiva. "Pedimos à população de Magalhães que permaneça em áreas seguras", pois "são esperados tremores secundários", disse ele. (Com informações da Associated Press).

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.