Elon Musk faz novos ataques a Moraes: 'vergonha para as vestes de juízes'

Política
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O bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) e da Starlink, voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta sexta-feira, 30. Por meio da rede social dele, Musk disse que o magistrado é "uma vergonha para as vestes de juízes" e tornou a comparar o ministro com o vilão Voldemort, da saga de livros britânica Harry Potter.

Os novos ataques de Musk a Moraes ocorre horas depois de o X descumprir o prazo determinado por Moraes, que exigiu que a plataforma indicasse um representante legal no País. Com a desobediência do empresário, a rede social pode ter as atividades interrompidas no território nacional a qualquer momento.

Pela manhã, Musk respondeu uma postagem do jornalista Gleen Greenwald, que criticou Moraes por "aplicar punições severas sem qualquer pretensão de devido processo legal". Segundo o bilionário, o ministro do STF é "uma vergonha para as vestes de juízes".

Musk também começou a se referir a Moraes como "ditador Voldemort", comparando o magistrado com o vilão de Harry Potter. Horas depois de o STF ter intimado o empresário mediante uma postagem no X, o bilionário também fez a associação para atacar o magistrado.

O dono do X também disparou uma artilharia de ofensas contra Moraes nesta quinta-feira, 29, chamando o magistrado de "ditador e tirano". Ele também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva era um "cão de colo" do magistrado.

Nesta sexta, o empresário alegou, sem provas, que Moraes faz parte de um escândalo de intervenções ilegais no País. "O ditador Voldemort está envolvido em interferência eleitoral ilegal no Brasil", escreveu Musk no X.

O dono do X também referendou uma postagem de um internauta da rede social dele, que publicou fotos de Moraes e Voldemort para reforçar a narrativa de Musk.

Assim como na quinta, Musk também chamou Moraes de "ditador tirano". O bilionário afirmou ainda que o ministro do STF controla o País e se "disfarça de juiz". "É verdade. O Brasil é controlado por um ditador tirânico disfarçado de juiz", disse Musk.

Em outro ataque ao ministro, o empresário classificou Moraes como um "criminoso" que usa trajes como uma "fantasia de Halloween".

Entenda o embate entre Moraes e Musk

Essa não é a primeira vez que Musk e Moraes trocam farpas públicas nas redes sociais. Desde abril, quando Moraes começou a investigar possíveis propagações de fake news pelo X, o empresário afirma que o magistrado infringe os princípios da liberdade de expressão e o compara a um ditador.

Musk é alvo da investigação nº 4.957, que apura supostos crime de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime. O bilionário foi incluído no inquérito das milícias digitais após o X se negar a cumprir ordens de Moraes referentes a suspensão de perfis.

A intimação de Moraes a Musk foi enviada em uma publicação do perfil institucional do STF nesta quarta-feira, 28. O ministro determinou que o empresário indicasse um responsável para atender às exigências judiciais no País, além de quitar multas já aplicadas pelo magistrado.

Moraes estipulou que Musk teria um prazo de 24 horas para atender as exigências e, caso contrário, as atividades do X seriam suspensas. Como as determinações não foram atendidas, Moraes deve oficiar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para dar prosseguimento à derrubada da rede social.

Nesta quarta-feira, Moraes decidiu bloquear as contas da empresa Starlink, que tem Musk como acionista majoritário, mas não pertence ao mesmo grupo empresarial do X. A entidade, que fornece internet via satélite, tem uma base de 215 mil clientes no País, incluindo Forças Armadas e escolas públicas.

Em uma nota divulgada nas redes sociais, a Starlink afirma que o bloqueio das contas se deu de forma inconstitucional. De acordo com juristas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, a medida adotada por Moraes é excepcional, sendo necessária a justificativa de uma fraude para poder valer.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite deste domingo, 20, esperar que Rússia e Ucrânia farão um acordo "nesta semana". "Ambos começarão a fazer grandes negócios com os Estados Unidos, que está prosperando, e farão uma fortuna", escreveu na rede social Truth Social.

A declaração foi feita em meio a um cessar-fogo de Páscoa marcado por acusações de violação de ambos os lados.

Ainda na rede social, o republicano citou o "Dia da Libertação", como batizou 2 de abril que foi a data em que anunciou uma série de tarifas.

Segundo ele, muitos líderes mundiais e executivos de empresas pediram alívio das imposições tarifárias desde a ocasião. "É bom ver que o mundo sabe que estamos falando sério, porque ESTAMOS! Eles devem corrigir os erros de décadas de abuso, mas isso não será fácil para eles", reforçou ao chamar quem quiser "o caminho mais fácil" para "construir na América".

Ele classificou como "traição não tarifária" questões que chamou de "manipulação cambial", subsídios para exportação, padrões agrícolas protecionista citando como exemplo a proibição de milho geneticamente modificado na União Europeia, entre outros.

Trump também voltou a criticar a discussão a respeito da deportação de Kilmar Armando Abrego Garcia, que foi deportado por engano para uma prisão em El Salvador.

Embora o governo do republicano tenha admitido um "erro administrativo", o republicano disse que Garcia está sendo tratado como uma "pessoa muito doce e inocente, o que é uma mentira total, flagrante e perigosa", voltando a citar sua ligação com a gangue MS-13. Os advogados de Garcia negam.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.