Flávio Bolsonaro pede votos para Fabrício Queiroz, pivô em suposto esquema de 'rachadinha'

Política
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apareceu pedindo votos para o candidato a vereador em Saquarema (RJ) Fabrício Queiroz (PL-RJ), em vídeo publicado no Instagram. Na postagem, Flávio diz que Queiroz foi vítima de perseguição e usado na intenção de "atingir" a família do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

O candidato a vereador foi o pivô de uma investigação por suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio, quando ele era deputado estadual do Rio de Janeiro. Na semana passada, o Ministério Público Eleitoral do Estado pediu à Justiça Eleitoral que o registro de candidatura dele fosse rejeitado.

"Todo mundo está vendo hoje as perseguições que nós sofremos com quem é de direita, e o Queiroz foi vítima disso lá atrás ainda. Tentaram usar o Queiroz para nos atingir e, graças a Deus, não conseguiram. E está aqui o Queiroz, de cabeça erguida e peito aberto, pedindo voto para vereador. E aqui eu estou pedindo para você também", disse Flávio no vídeo publicado pelo candidato a vereador na sexta-feira, 30.

Em outra publicação, o ex-assessor aparece em uma foto com o senador. Queiroz também se apresenta na redes como "soldado do Bolsonaro".

Queiroz é policial militar e possui histórico com o ex-presidente. O ex-assessor foi acusado de suposta participação em um esquema de "rachadinha" quando Flávio ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Ele chegou a ser preso em 2020, porém foi solto em 2021 e no ano seguinte o caso foi arquivado, sem julgamento do mérito.

Em 2022, o pré-candidato tentou ingressar na carreira política ao concorrer para o cargo de deputado estadual. Na época, ele afirmou que se eu tivesse o apoio da família Bolsonaro, com certeza seria o deputado mais votado do Rio de Janeiro. "Os Bolsonaro são do tipo que valorizam aqueles que os trai. Bolsonaro não me ajudou em nada na minha campanha a deputado estadual em 2022. Nem na urna em que ele vota eu tive voto. Se ele sinalizasse favoravelmente à minha candidatura, hoje eu seria deputado", disse, na época.

Neste ano, Queiroz se filiou ao PL para concorrer ao cargo de vereador.

MP Eleitoral pediu rejeição de registro de candidatura de Queiroz

O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro pediu à Justiça Eleitoral que o registro da candidatura de Fabrício Queiroz à Câmara Municipal de Saquarema seja rejeitado.

Em manifestação encaminhada no último dia 25, a 62ª Promotoria Eleitoral de Saquarema diz que Queiroz não apresentou a certidão sobre um processo a que o ex-assessor responde no Tribunal de Justiça do Rio.

A defesa do ex-assessor disse já ter pedido a certidão.

"Considerando que o requerente não apresentou a certidão de objeto e pé referente ao processo que tramita perante o 2º grau do TJRJ, a saber, processo nº 0044427-82.2020.8.19.0000, sendo certo que tinha ciência da existência do referido processo criminal e, mesmo assim, silenciou com relação a sua existência, sendo dever do candidato apresentar voluntariamente as certidões exigidas pela Justiça Eleitoral quando do seu requerimento de registro de candidatura, oficia o MPE pelo indeferimento do registro de candidatura de Fabricio Jose Carlos de Queiroz", diz o Ministério Público em manifestação.

Em entrevista concedida à revista Veja no ano passado, Queiroz disse que pretendia seguir um caminho político independentemente do ex-presidente e seus filhos.

O PM reformado afirmou que o clã o via como um "leproso" e que são "do tipo que valorizam aqueles que os trai". "Os Bolsonaro são do tipo que valorizam aqueles que os trai. Bolsonaro não me ajudou em nada na minha campanha a deputado estadual em 2022. Nem na urna em que ele vota eu tive voto. Se ele sinalizasse favoravelmente à minha candidatura, hoje eu seria deputado", reclamou.

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O Exército dos EUA confirmou nesta sexta-feira, 2, que haverá um desfile militar no aniversário do presidente Donald Trump em junho, como parte das comemorações do 250º aniversário do serviço.

Os planos para o desfile, conforme detalhado pela primeira vez pela The Associated Press na quinta-feira, preveem que cerca de 6.600 soldados marchem de Arlington, Virgínia, até o National Mall, juntamente com 150 veículos e 50 helicópteros. Até recentemente, os planos do festival de aniversário do Exército não incluíam um desfile maciço, que, segundo as autoridades, custará dezenas de milhões de dólares.

Trump há muito tempo deseja um desfile militar, e as discussões com o Pentágono sobre sua realização - em conjunto com o aniversário presidencial - começaram há menos de dois meses.

O desfile ocorre no momento em que o republicano e seu Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), dirigido por Elon Musk, cortaram departamentos, pessoal e programas do governo federal para economizar custos.

Na tarde de hoje, as autoridades do Exército comentaram que prosseguirão com o desfile, mas que ainda não há uma estimativa de custo.

Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.