Zé Aníbal, vice de Datena, nega desistência dele da corrida à Prefeitura de SP

Política
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O cancelamento de uma visita ao Centro de São Paulo, nesta terça-feira, 03, em razão de exames de rotina no Hospital Sírio-Libanês foi o estopim para a disseminação de informações de que o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, poderia anunciar sua desistência da corrida eleitoral. Sobre esses rumores, o ex-senador tucano José Aníbal, vice na chapa de Datena, negou ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que ele vá desistir da campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo.

Aníbal confirmou que o jornalista foi realizar exames de saúde de rotina porque tem problemas com diabete e stents no coração (dispositivo de metal colocado no interior de artérias obstruídas). E a cada período de meses, ele precisa passar por novos exames.

O jornalista enfrenta um momento difícil na campanha, sem conseguir decolar nas pesquisas e num duro embate com os concorrentes, sobretudo Paulo Marçal do PRTB. E, como seu histórico em quatro eleições passadas teve como pano de fundo a desistência - antes de registrar sua candidatura, como agora neste pleito - os boatos de uma eventual saída da corrida ganharam força, sobretudo junto a ex-correligionários tucanos que decidiram tentar vetar sua indicação.

E foi um dos ex-integrantes do PSDB, do grupo que apoia o atual prefeito e candidato à reeleição pelo MDB, Ricardo Nunes, o ex-presidente do diretório paulistano tucano Fernando Alfredo - que foi expulso do posto e do partido - quem ajudou a disseminar nesta tarde a eventual desistência de Datena da corrida à Prefeitura de São Paulo.

Segundo informações do UOL, Alfredo gravou um vídeo nesta terça-feira dizendo que o jornalista vai desistir da disputa "daqui a pouco, no mais tardar amanhã, ou nos próximos dias, mas ainda essa semana", e ironiza o candidato, chamando-o ironicamente de "Salomé" (que segundo a Bíblia pediu a cabeça do profeta João Batista) e destacando que ele usará o 'mote da saúde' para desistir da campanha. Além disso, lembra que foi por conta de questionar essa candidatura que foi expulso dos quadros do partido.

Indagado sobre as afirmações de Alfredo no vídeo, José Aníbal - que assumiu o diretório municipal tucano depois de sua expulsão - não poupou críticas ao ex-correligionário: "A fonte da informação é um bandido, corrupto, delinquente. O prefeito (Ricardo Nunes) paga para ele provocar o PSDB e falar mal do Datena."

Zé Aníbal afirmou ainda que Datena vai até o fim da campanha eleitoral e que "irá ganhar as eleições".

A assessoria de imprensa do candidato também negou que ele vá desistir da corrida eleitoral de outubro deste ano.

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Os Estados Unidos votaram junto com a Rússia, Coreia do Norte, Belarus e outros 14 países próximos a Moscou nesta segunda-feira, 24, contra uma resolução que condena a agressão russa na Ucrânia e pede a devolução do território ocupado. Apesar da rara aliança entre Washington e Moscou, o documento, apresentado pelos ucranianos, foi aprovado por ampla maioria na Assembleia-Geral da ONU.

A delegação americana tentou aprovar uma resolução alternativa, de autoria própria, que foi votada em separado e pedia o fim negociado para a guerra. Após países europeus incluírem emendas no texto, os próprios americanos desistiram de apoiá-lo e se abstiveram. Este texto, no entanto, foi aprovado pela maioria dos membros da Assembleia-Geral.

Ao contrário das resoluções aprovadas no Conselho de Segurança, as da Assembleia-Geral têm caráter simbólico e servem como termômetro do sentimento dos países-membros sobre determinado tema. A aproximação entre EUA e Rússia, no entanto, é rara, assim como o afastamento entre europeus e americanos.

Desde que chegou ao cargo, o presidente Donald Trump tem se aproximado de Vladimir Putin e indicado que pretende negociar um fim da Guerra na Ucrânia em termos que beneficiam Moscou. O alinhamento tem preocupado países da Europa Ocidental.

Uma autoridade do Departamento de Estado, falando sob condição de anonimato sobre as negociações, disse que os Estados Unidos apresentariam sua resolução em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, composto por 15 membros, na segunda-feira, e vetariam quaisquer emendas.

"Embora nossos parceiros no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral queiram debater toda a situação agora, estamos muito mais concentrados em levar as partes à mesa de negociações para que o próximo passo possa ser dado", disse o funcionário.

Richard Gowan, especialista em ONU do International Crisis Group, disse que a divisão entre os Estados Unidos e a Europa marcou "a maior divisão entre as potências ocidentais na ONU desde a Guerra do Iraque - e provavelmente ainda mais fundamental". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente da França, Emmanuel Macron, na Casa Branca, nesta segunda-feira, e disse que o país está "muito perto" de alcançar um acordo de paz para a guerra entre Ucrânia e Rússia. Na ocasião, o republicano afirmou que países europeus estarão envolvidos nas negociações para o conflito.

"Meu trabalho é fazer com que a guerra seja resolvida", defendeu Trump, que disse que a Europa garantirá a segurança dos ucranianos. "Ainda não sei quando encontrarei Putin, mas isso vai acontecer", ressaltou o líder americano ao falar sobre uma visita à Moscou "quando for apropriado".

Macron disse que os dois países têm o mesmo objetivo, que é alcançar a paz do conflito no Leste da Europa e que os ativos congelados da Rússia farão parte das negociações. "O envolvimento dos EUA através de um acordo sobre minerais críticos é algo positivo", disse ao mencionar que "tudo está na mesa".

Trump ressaltou que os Estados Unidos e a França possuem "uma relação especial" e indicou que pretende mantê-la. Ao ser questionado sobre tarifas recíprocas, ele disse que é como "uma troca". "Quem nos taxa, será taxado", explicou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda, 24, que as conversas sobre paz na Ucrânia "estão indo bem", em publicação na Truth Social, após o término da reunião do G7. O encontro marcou o aniversário de três anos da invasão da Rússia em território ucraniano.

"Todos expressaram o desejo de ver a guerra terminar e enfatizei a importância vital do acordo de minerais críticos e terras raras entre EUA e Ucrânia, que esperamos que seja assinado em breve!", escreveu o republicano. Segundo ele, o acordo garantirá que os EUA recuperem "bilhões de dólares e equipamento militar" enviado para a Ucrânia, enquanto também contribuí para o crescimento da economia ucraniana.

O presidente americano também comentou que está em "discussões sérias" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o término da guerra e sobre o desenvolvimento de "grandes transações econômicas" bilaterais com os Estados Unidos.

Trump participou da reunião do G7 ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, no Salão Oval da Casa Branca. Os líderes se reuniram novamente nesta tarde para uma reunião bilateral, que será seguida por coletiva de imprensa conjunta.

Reino Unido

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que o G7 deve estar pronto para "assumir mais riscos" na guerra entre Ucrânia e Rússia, o que sanções contra gigantes do petróleo da Rússia. Em discurso realizado nesta segunda-feira, ele ressaltou a importância de aumentar a pressão econômica, para que o presidente russo, Vladimir Putin, "faça concessões".

"Hoje estamos anunciando o maior pacote de sanções do Reino Unido desde os primeiros dias da guerra. Estamos indo atrás da frota fantasma da Rússia e das empresas na China e em outros lugares que estão enviando componentes militares", disse.

Starmer defendeu uma "força coletiva para o esforço de paz" e disse que é preciso "acertar os fundamentos" criados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Se quisermos que a paz dure, a Ucrânia deve ter um assento à mesa. Um apoio dos EUA será vital para impedir a Rússia de lançar outra invasão em apenas alguns anos", explicou.