Esse é um chamado de muita responsabilidade, diz nova ministra dos Direitos Humanos

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu a deputada estadual do PT de Minas Gerais Macaé Evaristo para assumir o Ministério dos Direitos Humanos. Lula se reuniu nesta segunda-feira, 9, com a petista no Palácio do Planalto.

Macaé Evaristo entra para o governo após Lula demitir o advogado Silvio Almeida, envolvido em acusações de assédio sexual. O convite para a deputada foi confirmado pelo próprio presidente em sua rede social. "Hoje, convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho", disse Lula.

Após o anúncio de seu nome, Macaé Evaristo, afirmou que há muito trabalho pela frente para ser feito na pasta diante dos grandes desafios que têm no Brasil na área. Ela, porém, disse seguir com esperança, com compromisso de uma vida na luta por direitos.

"É com muita honra que aceitei, nesta segunda-feira, o convite do presidente Lula para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania", escreveu a nova ministra nesta segunda-feira, 9, em publicação no Instagram. "Nosso país tem grandes desafios e esse é um chamado de muita responsabilidade. Temos muito trabalho pela frente e sigo esperançosa, com o compromisso de uma vida na luta direitos."

O Ministério dos Direitos Humanos está hoje sob chefia interina de Esther Dweck, que acumula cargo também na liderança do Ministério da Gestão. Ela acumulou as duas funções depois de Silvio Almeida ser demitido na sexta-feira.

A escolha de Macaé foi uma forma de encerrar o assunto das acusações de assédio sexual contra o então ministro Silvio Almeida. Colocar uma mulher negra no cargo é uma resposta ao desgaste sofrido pela gestão Lula nos últimos dias por causa das acusações. Além disso, reduzem as cobranças sobre o petista por falta de mulheres no primeiro escalão.

Também foram especuladas para o posto dos Direitos Humanos a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e a ex-ministra Nilma Lino Gomes. Ao menos Benedita teria indicado não ter interesse no cargo.

Na sexta-feira, 6, após virem a público as denúncias contra Almeida, ele foi chamado ao Planalto para prestar esclarecimentos a outros ministros do governo. Entre as supostas vítimas de assédio estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A ministra não confirmou ter sofrido a violência.

Em reunião com Lula, o então ministro se recusou a pedir demissão do cargo e o presidente o exonerou. Após a demissão, Anielle Franco divulgou nota elogiando a decisão e informando que gostaria de ter o direito se preservar sua intimidade e não tratar do assunto publicamente. Ela também afirmou que pretende contribuir em investigações.

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A secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (28) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está "otimista, mas é realista e está cada vez mais frustrado" com os líderes da Rússia e da Ucrânia. Segundo a representante americana, o republicano quer um acordo permanente entre os dois países para que a guerra na Europa Oriental seja resolvida, mas é preciso "ir à mesa para negociação".

Em relação aos acordos comerciais, segundo Leavitt, toda a administração trumpista está se esforçando para alcançar as melhores negociações, "que devem beneficiar os americanos". "Não posso dar mais detalhes, mas vocês ouvirão mais sobre os acordos nesta semana", enfatizou.

Na ocasião, a porta-voz disse que Trump assinará ordens executivas sobre segurança de fronteira nesta segunda-feira e mencionou que cerca de 136 quilômetros de muro de fronteira estão em fase de construção. O "czar da fronteira" americano, Tom Homan, participou da coletiva e disse que "não é possível ter segurança nacional sem segurança na fronteira".

O presidente americano, Donald Trump, repetiu nesta segunda-feira, 28, a narrativa sobre transformar o Canadá no 51º estado dos EUA, ao comentar sobre as eleições canadenses, que acontecem nesta segunda-feira. "Não existirá a linha artificial traçada muitos anos atrás. Vejam quão bonita esta terra poderia ser. Livre acesso SEM FRONTEIRAS", escreveu o republicano na Truth Social, acrescentando que não haveria nenhum ponto negativo, apenas positivos, em algo que estava "predestinado a acontecer".

Trump afirmou ainda que a América "não irá mais subsidiar o Canadá com bilhões de dólares por ano", como fez no passado. O presidente americano frisou que "não faz sentido ajudar a menos que o Canadá seja um Estado". Em sua publicação, ele prometeu "zero impostos ou tarifas", se o país se tornar o "querido 51º" estado.

Sobre as eleições, Trump desejou "boa sorte" para que os canadenses elejam um "homem com força e sabedoria para cortar impostos pela metade, aumentar o poder militar, de graça, para o maior nível no mundo e quadruplicar o tamanho dos negócios de carros, aço, alumínio, madeira, energia e todos os outros".

A Coreia do Norte confirmou pela primeira vez, nesta segunda-feira, 28, que enviou tropas à Rússia para apoiar a guerra contra a Ucrânia, afirmando que o ato visava ajudar o Kremlin a recuperar a região de Kursk, tomada pelas forças ucranianas em uma incursão surpresa no ano passado. O número de soldados enviados não foi informado.

O presidente Vladimir Putin agradeceu ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, pelo "feito heroico" dos combatentes de seu país que lutaram pela Rússia contra as forças da Ucrânia na região russa de Kursk, que Moscou afirma ter retomado completamente - autoridades ucranianas negaram a alegação.

"Os amigos coreanos agiram por um sentimento de solidariedade, justiça e verdadeira camaradagem", destacou Putin em um comunicado divulgado pelo Kremlin. "Agradecemos muito e estamos sinceramente gratos, pessoalmente, ao camarada Kim Jong-un e ao povo norte-coreano", declarou.

Em janeiro, a Ucrânia informou a captura de dois soldados norte-coreanos e divulgou imagens.

A ajuda à Rússia obedece a um tratado de defesa mútua assinado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, e pelo presidente russo, Vladimir Putin, em junho de 2024, informou a Comissão Militar Central da Coreia do Norte em um comunicado divulgado pela mídia estatal.

O tratado - considerado o maior acordo de defesa entre os dois países desde o fim da Guerra Fria - exige que ambas as nações utilizem todos os meios disponíveis para fornecer assistência militar imediata caso qualquer uma delas seja atacada.

O envio tinha como objetivo "aniquilar e eliminar os ocupantes neonazistas ucranianos e libertar a região de Kursk em cooperação com as forças armadas russas", diz o comunicado citando Kim. "Aqueles que lutaram por justiça são todos heróis e representantes da honra da pátria", completou o líder supremo.

Jong-un afirmou que, em breve, um monumento será erguido em Pyongyang, capital do país, para marcar os feitos de batalha da Coreia do Norte. O governo também deve tomar medidas para tratar e cuidar preferencialmente das famílias dos soldados que participaram da guerra, informou.

A declaração norte-coreana não informou quantos soldados o país enviou nem quantos morreram. Oficiais de inteligência dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Ucrânia estimam que tenham sido enviados de 10 a 12 mil soldados para a Rússia no último outono, em sua primeira participação em um grande conflito armado desde o fim da Guerra das Coreias (1950 - 1953).

Em março, o exército sul-coreano afirmou que cerca de 4 mil soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos nas frentes de guerra entre Rússia e Ucrânia. O exército sul-coreano também avaliou, na época, que a Coreia do Norte enviou cerca de 3 mil soldados adicionais à Rússia no início deste ano.