Macaé Evaristo renovará esperança na união e reconstrução pelos direitos humanos, diz Janja

Política
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A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, publicou, nesta terça-feira, 10, no seu perfil no Instagram, uma foto com a nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, e disse que o sorriso da nova chefe da pasta vai "renovar nossa esperança na união e reconstrução pelos direitos humanos no Brasil".

Janja ainda brincou, pedindo para a mineira levar pão de queijo para Brasília. A ministra comentou a publicação, agradeceu a mensagem da primeira-dama e disse ser uma alegria estar ao lado de Janja.

O nome da petista foi anunciado nesta segunda-feira, 9, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a demissão do advogado Silvio Almeida, na semana passada, por acusações de assédio sexual.

Macaé Evaristo também fez uma publicação na rede social sobre sua indicação à pasta. Ao compartilhar a postagem de Lula sobre a nomeação dela, disse ser uma honra assumir o Ministério dos Diretos Humanos. "Nosso País tem grandes desafios e esse é um chamado de muita responsabilidade. Temos muito trabalho pela frente e sigo esperançosa, com o compromisso de uma vida na luta por direitos", escreveu.

Em um comentário na publicação, Mariana Evaristo, filha de Macaé, disse que Minas Gerais e o Brasil ganham com a indicação.

Macaé Evaristo é natural de São Gonçalo do Pará, em Minas Gerais, e tem 59 anos. É formada em Serviço Social pela PUC-Minas e mestre em Educação pela UFMG. Ela cumpria seu primeiro mandato como deputada estadual, após ter sido vereadora em Belo Horizonte por dois anos. Além disso, liderou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC entre 2013 e 2014, no governo de Dilma Rousseff (PT).

A nova ministra é ré por suposto superfaturamento na aquisição de kits de uniformes escolares durante sua gestão como secretária de Educação em Belo Horizonte e, posteriormente, como secretária de Educação em Minas Gerais. Macaé afirmou ao Estadão que contestou judicialmente as alegações e enfatizou sua tranquilidade e seu compromisso com a transparência e a gestão adequada dos recursos públicos. Ela destacou que o processo licitatório foi conduzido por uma comissão independente de sua secretaria e teve a validação da Procuradoria do município.

Janja postou foto com Anielle Franco

Logo após virem à tona as acusações de assédio que levaram à demissão de Silvio Almeida da pasta dos Direitos Humanos, Janja também fez uma publicação na rede social. A primeira-dama postou na madrugada da última sexta-feira, 6, uma foto onde aparece dando um beijo na testa da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Não houve legenda.

Anielle estaria entre as vítimas dos assédios de Silvio Almeida. O Estadão apurou que membros da equipe de Lula já estavam cientes, há três meses, das acusações da ministra sobre os episódios. Silvio Almeida nega ter cometido crimes.

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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, alertou que se o instável cessar-fogo com o Hezbollah entrar em colapso, o exército israelense ampliará seus ataques e mirará no próprio estado libanês. Os comentários de Katz ocorrem no dia seguinte a uma onda de ataques aéreos de Israel que mataram quase uma dúzia de pessoas no Líbano.

Esses ataques ocorreram depois que o grupo militante libanês disparou uma saraivada de projéteis como um aviso contra violações israelenses anteriores ao cessar-fogo.

Falando com tropas na fronteira norte nesta terça-feira, 3, Katz disse que quaisquer violações do acordo seriam recebidas com "uma resposta máxima e tolerância zero".

O ministro afirmou que, se a guerra recomeçar, Israel ampliará seus ataques além das áreas onde as atividades do Hezbollah estão concentradas e "não haverá mais uma exceção para o estado do Líbano". Fonte: Associated Press

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta terça-feira, 3, que o país não tem intenção de desafiar ou substituir os Estados Unidos, ressaltando que o desenvolvimento chinês tem uma "lógica história clara" e é uma tendência que "não pode ser interrompida". "Os EUA não devem cair no mito de 'competir para vencer' a China", reiterou a autoridade, segundo comunicado divulgado pelo ministério.

Wang disse também que a direção futura das relações sino-americanas dependerá das "escolhas dos EUA" e de esforços de ambos os lados. De acordo com ele, a China pretende estabilizar as relações bilaterais e estabelecer diálogo aberto para promover a cooperação entre ambos os países.

Entretanto, o ministro chinês alertou que existem "linhas vermelhas" que não devem ser ultrapassadas pela parte americana, como interferências no estreito de Taiwan.

"A China se opõe a iniciativas dos EUA de vendas repetidas de armamento para Taiwan e a expansão de sanções unilaterais ilegais durante o período de transição", afirmou Wang, em referência às recentes tarifas anunciadas pelos EUA, incluindo pelo presidente eleito, Donald Trump. "Pedimos que o lado americano faça mais para estabilizar as relações bilaterais e esperamos que o novo governo dê o primeiro passo nos próximos quatro anos de interação entre China e EUA", disse o ministro.

Os comentários ocorreram em uma reunião entre Wang Yi e a CEO do Comitê Nacional da Política Externa Americana, Susan Elliott, em Pequim.

Representando o lado norte-americano, Elliot disse que espera manutenção de uma comunicação efetiva entre ambos os países durante a mudança de governo nos EUA e que o comitê está disposta a atuar "como uma ponte" para melhorar as relações bilaterais.

O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, preparava-se para um voto de desconfiança esta semana, em um acerto de contas político que quase certamente derrubará o seu fragilizado governo e enviará ondas de choque por toda a zona euro.

Barnier invocou, na segunda-feira, um mecanismo constitucional, raramente, utilizado para aprovar o controverso orçamento de 2025 sem aprovação parlamentar, argumentando que era essencial manter a "estabilidade" no meio de profundas divisões políticas.

A medida provocou imediatamente uma forte reação, com o partido de extrema direita Reunião Nacional, de Marine Le Pen, e a legenda de esquerda Nova Frente Popular apresentando moções de censura em resposta, preparando o terreno para uma votação, provavelmente, na quarta-feira que poderia levar à destituição de Barnier.

O confronto iminente tem como pano de fundo uma Assembleia Nacional fragmentada depois que as eleições antecipadas de junho não resultaram em uma maioria clara.

O presidente da França, Emmanuel Macron, recorreu a Barnier em setembro para superar o impasse e resolver o crescente déficit. No entanto, o orçamento de austeridade proposto por Barnier - cortando 40 bilhões de euros (US$ 42 bilhões) em despesas e aumentando os impostos em 20 bilhões de euros - apenas aprofundou as divisões, inflamando as tensões na Câmara Baixa e desencadeando o dramático confronto político.

A utilização do instrumento constitucional, denominado Artigo 49.3, permite ao governo aprovar uma legislação sem votação parlamentar, mas o deixa exposto a moções de censura. Os líderes da oposição argumentam que as concessões de Barnier, incluindo a eliminação do aumento do imposto sobre a eletricidade, não são suficientes nem de longe para dar resposta à demanda. Le Pen acusou Barnier de ignorar as exigências do seu partido.